Capítulo II

Pichilemu-Chile

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Marco — Sim, Miranda. Estou providenciando tudo o que é necessário para tomar posse de tudo o que é meu! — Respondo a minha madrasta, enquanto analiso a algumas das inúmeras respostas ao meu anúncio. — Não permitirei que seu filhinho Sérgio, usurpe mais nada que me pertence! -Digo levantado os olhos dos papéis espalhados sobre a minha mesa com o semblante carregado.

📱Miranda — Já está mais que na hora de vocês dois deixarem o passado para trás, onde é o lugar dele, e se entenderem. — Diz com a voz cansada. — Agora que o seu pai se foi só me restam vocês dois... Somos uma família Marco, vocês não podem mais ficar com essas birrinhas bobas como se ainda fossem adolescentes! — Continua com a voz triste.

📱 Marco — Esquecer é algo que não posso! - Digo de maneira inflexível e a escuto suspirar do outro lado da linha.

— Bom, Miranda tenho assuntos a tratar no momento, há algo mais que você queira falar? — Digo de forma a encerrar o assunto logo de uma vez.

📱 Miranda — Não filho, no momento não tenho mais nada a dizer... Mas pense com carinho sobre o que falei, já está na hora de voltarmos a ser uma família. — Continua

— Se cuida tá?! Amo você!

— Aguardo ansiosa a sua vinda a *Santiago.

📱Marco — Também amo-te! Nos vemos em breve! — Encerro a ligação e jogo o celular sobre a pilha de papéis que antes eu estava examinando, apoio os meus cotovelos sobre a mesa e afundo minha cabeça entre as mãos...

As lembranças do que houve a anos atrás vieram a tona como numa avalanche, e não suportando mais a agonia que estava sentindo, gritei e arremessando ao chão tudo que estava sobre a mesa do meu escritório.

Atordoado com o misto de sentimentos que me afligia no momento, fui diretamente a bar e servi-me uma generosa dose de whisky estilo “cowboy” tomei de um só gole, depositei o copo sobre o balcão e fui em busca da minha prancha de surf.

Eu precisava extravasar!

...****************...

João Pessoa-PB

...20 de Março...

Aurora — Preciso de um pouco mais de tempo Sr. Pontes, um mês ao menos.

— Suplico ao proprietário do pequeno apartamento onde moro de aluguel.

Sr. Pontes — Infelizmente menina não tenho como aguardar além dos 14 dias que ainda lhe restam até o vencimento. Ou Renova o pagamento, ou desocupe o apartamento. Tenho outras pessoas interessadas, e não posso dar-me ao luxo de ficar sem essa mensalidade, as coisas não têm sido fáceis.

Ele diz cabisbaixo.

— Por que você não procura um emprego onde ofereçam moradia e onde a aceite com a criança? Talvez encontre algo como babá ou cuidadora, quem sabe?

Ele continua, dizendo:

— Tenho aqui alguns jornais desse mês, tem muitos classificados a procura de pessoas para trabalhar. Quem sabe você não dá sorte e encontra algo que sirva. Leve-os com você menina.

Diz estendendo-me uma pilha de jornais, que eu acabo aceitando.

Afinal, que outra alternativa eu tenho?

Aurora — Obrigada sr.Pontes. Me desculpe tê-lo feito perder seu tempo, mas eu precisava tentar.

Digo com um olhar triste lhe dando um meio sorriso.

— Vou olhar os classificados, e assim como o senhor falou, espero encontrar algo. - Digo me levantando pra sair de sua casa.

Sr. Pontes -Boa sorte menina! A vida tem sido muito dura com você.

Ele me olha e eu consigo constatar no fundo daqueles olhos negros o quanto o doía não poder ajudar-me.

Aurora — Obrigada! Sei o quanto as suas palavras estão sendo sinceras.

Mas agora eu preciso ir, pedi a vizinha que olhasse a Alice enquanto dormia, para que eu pudesse vir falar com o senhor. Até mais Sr. Pontes.

Digo enquanto saio de sua casa.

Ao chegar a calçada respiro profundamente e olho para os céus fazendo uma prece silenciosa.

...🙏 -Me ajuda Pai! Me mostra um caminho a seguir....

Me movo em direção a casa, são cerca de 20 minutos de caminhada até chegar lá. E vou caminhando sob o sol escaldante, É, não é brinquedo não!

Apesar do calor amo a minha cidade!

A minha cidade não é o Rio de Janeiro, mas é maravilhosa. Não é a toa chamada de Extremo oriental das Américas, o lugar onde o sol nasce primeiro...

......................

Vinte minutos depois estou entrado em casa.

Abro a porta e encontro a Milla em pé dando a mamadeira de Alice.

......................

...Camilla...

Camilla ou Milla, como eu a chamo é vizinha do bairro, nos conhecemos ano passado, no meu segundo ano na faculdade (Faço gastronomia, mas que tive que trancar há alguns meses atrás porque a grana tava curta).

Ela tem 19 anos e está cursando Turismo, o que combina perfeitamente com ela, pois ela é completamente alto astral. Ainda mora com os pais, e é uma pessoa bem "pra-frente".

Nos conhecemos quando demos um encontrão nos portões da FPB. Ela correndo toda estabanada por estar atrasada para a apresentação de um seminário, não me viu e fomos as duas ao chão ela caindo por cima de mim. Me pediu desculpas e rapidamente se levantou, catou as coisas dela e voltou a correr.

Eu fiquei ali sentada no chão tentando entender o que tinha acontecido enquanto a observava sumir do meu campo de visão.

No mesmo dia enquanto eu estava no refeitório, ela veio até a minha mesa e me pediu desculpas novamente, me contando o que aconteceu. Desde então, sempre que podíamos estávamos juntas. O que não era tão fácil de acontecer, já que ela não se dava bem com a Maya e tampouco simpatiza com o Rogér. E eu nunca conseguir entender o por quê.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

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Comments

Larissa Piedade

Larissa Piedade

oii

2022-07-30

3

Larissa Piedade

Larissa Piedade

oiiiiii

2022-07-30

2

Deizelucy Mesquita

Deizelucy Mesquita

ja favoritei... parece bom romance

2022-06-13

3

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