Capítulo 8

Nos afastamos quando o garçom chegou e fizemos nosso pedido, ficamos tocando carinhos e beijos até nosso pedido chegar, depois que lanchamos saímos e fomos para uma pracinha que tinha na frente da lanchonete, nos sentamos em um banco perto de uma arvore e ficamos abraçados vendo as crianças brincando nos brinquedos 

-Princesa quero te apresentar a minha mãe – eu olhei para ele 

-John vamos com calma, você tem que conhecer meus pais primeiro – ele sorriu 

-E se a gente fizer um almoço lá em casa? Você leva seus pais e minha mãe vai estar lá, assim todo mundo se conhece junto – eu sorri 

-Isso seria ótimo, mas meu pai vai querer que você vá lá em casa primeiro, ele vai fazer um interrogatório da sua vida e só depois podemos marcar esse almoço – ele arregalou os olhos 

-Um interrogatório? Vai pedir meus antecedentes criminais também? – eu dei uma gargalhada 

-Está com medo? Não precisa ter medo, só se tiver passagem pela polícia – ele riu 

-Não tenho passagem não, fica tranquila – eu ri e ele me olhou sério – Que tipo de interrogatório ele vai fazer? 

-Ele só vai querer saber sobre você, sua idade, se você trabalha, essas coisas – ele respirou aliviado

-Então está tranquilo, só espero que ele goste de mim, odiaria ter que te namorar escondido – eu ri e deitei a cabeça no seu ombro

-Eu adoraria te namorar escondido, seria emocionante – ele riu 

-Você gosta de uma emoção princesa? – ele passou a mão no meu rosto e me fez ficar cara a cara com ele, seu olhar estava intenso 

-Gosto sim, ainda mais quando é proibido – vi a luxuria em seus olhos quando escutou o que eu falei e senti meu corpo esquentar com o seu olhar 

-Luna eu estou louco para te dar toda emoção que você quiser sentir – sua voz estava intensa e meu corpo parecia pegar fogo

Ele me beijou intensamente, sua mão foi descendo pela lateral do meu corpo e parou na minha bunda, ele deu um pequeno aperto e eu soltei um gemido abafado pelo beijo, me afastei do seu beijo e olhei em seus olhos 

-John estamos em uma praça cheia de crianças, precisamos nos controlar – ele me soltou e se afastou 

-Luna eu estou tentando me controlar ao máximo, mas essas suas roupas mexem ainda mais com a minha cabeça – eu senti meu rosto esquentar com um misto de vergonha e fogo

-Qual o problema das minhas roupas? Eu estou normal – ele riu e seus olhos brilhavam de desejo 

-Luna você é muito gostosa e essas roupas acentuam ainda mais suas curvas, você fica ainda mais gostosa cada vez que te vejo – senti ainda mais vergonha pelo jeito que ele falou e eu abaixei a cabeça 

-Não fala assim, parece que eu sou um pedaço de carne desse jeito – eu me abracei na intenção de tampar um pouco meu corpo e ele levantou meu rosto, só então vi que o desejo não estava mais em seus olhos e ele parecia arrependido 

-Me desculpa Luna, eu não queria me referir a você desse jeito – ele passou a mão no meu rosto – Eu sinto muito, eu falei sem pensar e não quis te magoar – ele me abraçou e eu encostei a cabeça no seu peito – Eu prometo que não vou mais te tratar assim – eu olhei para ele

-Não fala mais assim comigo, você realmente me magoou, mas se você promete que não vai repetir isso tudo bem – ele sorriu e me beijou, desse jeito foi um beijo suave, um beijo de desculpas, fomos afastados pelo meu celular tocando e era a minha mãe

-Oi mãe, aconteceu alguma coisa?

-Luna seu pai chegou em casa agora e mandou você voltar para casa – sua voz estava seria e eu sabia que era problema

-O que aconteceu mãe?

-Seu pai falou que passou em frente uma praça e viu você agarrada com um cara, ele só não parou porque estava com passageiro no carro, vem pra casa e quando chegar manda o John entrar, é melhor resolver logo isso – pela voz da minha mãe meu pai estava muito revoltado

-Esta bom mãe, estamos indo – ela desligou a ligação e eu olhei pro John preocupada

-Oque aconteceu? – ele falou e eu respirei fundo

-Meu pai viu nosso beijo e agora está em casa mandando eu voltar para casa – ele arregalou os olhos

-Merda, seu pai é muito ciumento? – eu assenti a cabeça e ele respirou fundo – Não queria conhecer ele assim – ele passou a mão nos cabelos e se levantou – Vamos, vou te levar em casa – eu me levantei e fomos para o carro, quando ele deu partida no carro eu falei

-John minha mãe mandou você entrar junto comigo, melhor você se preparar porque meu pai com ciúmes é terrível – eu terminei de falar e ele só assentiu com a cabeça, eu olhei pra rua pela janela e fiquei pensando que eu estava em uma enrascada

Chegamos na minha casa e ele estacionou o carro, descemos e eu peguei no sua mão, dava para ver que ele estava nervoso, suas mãos estavam suando, entramos em casa e dei de cara com o meu pai sentado no sofá com uma garrafa de cerveja na mão e minha mãe estava do seu lado com uma expressão de raiva no rosto, meu pai com certeza já deve ter brigado muito com ela

-Sentem – meu pai falou e apontou para o sofá que estava na sua frente, apenas sentamos sem falar nada – Qual é o seu nome e sua idade rapaz? – ele olhava para o John com os olhos cuspindo fogo, John respirou fundo

-Meu nome é John senhor – ele estava gelado e eu dei um leve aperto na sua mão em sinal que eu estava do seu lado – Eu tenho 25 anos – meu pai bebeu um gole da sua cerveja sem tirar os olhos do John

-Bom John você sabe que a minha filha ainda é uma menor de idade, até porque você eu me lembro de você no aniversário dela – eu engoli seco – A cena que eu vi naquela praça não é uma cena que eu queria ver a minha filha, a minha filha é uma moça de família John e não uma qualquer que você pega na rua para satisfazer seus desejos – John respirou fundo

-Me desculpa senhor, mas nunca tratei sua filha como uma qualquer, eu realmente gosto da Luna e quero muito namorar serio sua filha, eu apenas estava respeitando o tempo dela porque por mim eu já teria vindo aqui antes – nesse momento meu pai me deu uma olhada

-Isso é verdade Luna? Você que preferiu ficar se agarrando na rua do que trazer ele para a família, que seria o correto a ser feito – eu abaixei a cabeça

-Pai eu só queria ir com calma – ele bebeu todo o restante do liquido que estava na garrafa

-Ir com calma e ficar se agarrando no meio de uma praça? Eu não criei filha para isso Luna, estou muito decepcionado com a sua atitude, sempre achei que com a liberdade que te damos você teria a decência de pelo menos não me esconder nada – suas palavras vieram diretamente como um tapa na cara, eu não sabia o que fazer então apenas me encolhi no sofá e dessa vez foi o John que apertou a minha mão

-Jorge – minha mãe falou e tocou no seu braço, ele olhou para ela e respirou fundo, ela olhou para o John – Rapaz você trabalha? – minha mãe parecia mais tranquila

-Trabalho sim, eu sou assistente em um escritório de advocacia e quase terminando minha faculdade, em breve eu serei um advogado formado – ele falou com orgulho e minha mãe sorriu

-Pelo menos não é um vagabundo – meu pai falou e eu olhei pra ele sem acreditar no que ele falou, sabia que ele estava comparando com o meu ex

-Pai por favor – falei em repreensão e ele riu

-Por favor o que? Não falei nenhuma mentira, pelo menos ele tem algum futuro – deu para perceber que ele já havia bebido demais então nem quis falar mais nada, minha mãe olhou para ele de cara feia e se virou para o John

-John o pouco que a Luna me falou sobre você me parece que você é um rapaz descente, espero que eu não me arrependa dessa decisão, mas não vamos impedir esse namoro, só peço que vocês não fiquem se agarrando na rua e por favor se protejam – eu arregalei os olhos e o John prendeu a respiração, nós dois fomos pegos de surpresa com essa declaração dela

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