capítulo 1

Aqui estou eu, na mão uma cesta com balas dentro desejando que alguém tenha a boa vontade de me ajudar, uma barriga grande de quatro meses e muita fome.

Fui demitida do meu antigo emprego por estar grávida, tentei encontrar outro, mas não consegui, o que me restou foi vender doces.

Hoje o movimento está fraco, passei o dia no trânsito, mas sem sucesso, já estava fraca, infelizmente tive que usar o dinheiro que tava guardando para comprar comida, comprei uma marmita e comi na praça.

Voltei ao trabalho, mas sem sucesso, ouvi falar que pode estar movimentado no shopping, com o resto do dinheiro que eu tinha eu comprei algumas coisas para vender, inclusive um carrinho de pipoca.

No dia seguinte, eu fui até o shopping, como não podia entrar para vender lá dentro então eu fiquei na calçada do lado de fora.

Para a minha alegria, parece que o carrinho de pipoca fez sucesso, pois algumas crianças compraram pipocas e eu consegui um bom dinheiro ao longo do dia.

Quem me ver se pergunta, como uma mulher nova ficou grávida e tá vivendo a vender doces e pipoca? Simples, eu fui enganada, largada, o pai não sabe do bebê e eu fugi.

Eu morava nos EUA, mas nasci no Brasil e aqui estou novamente. Fui morar nos EUA devido a trabalho, pois lá é melhor.

Trabalhei num banco, fui secretária do CEO, ficamos juntos por um ano, mas nunca chegamos assumir, era uma amizade colorida com benefícios prazerosos. Há quatro meses descobri que estou grávida, foi um susto pra mim pois eu usava o Diu, depois de alguns dias eu aceitei, fiquei feliz. Quando resolvi finalmente falar pra ele, ouvi boatos de que ele iria se casar, pois, sua noiva está de volta, noiva aquela que pra mim não existia.

Ela estava em Paris, é modelo, eles estavam noivos há quatro anos, eu fiquei chocada, engoli sexo, ele então chamou-me na sua sala e simplesmente falou calmamente.

-Nosso caso encerrou aqui, irei me casar, pois minha voltou.

Ainda ouço essas palavras ao fechar os olhos, eu não respondi nada, sai da sala dele e fui até o banheiro segurando as lágrimas.

Ok, eram só algumas noites juntos, algumas não, um ano. Sou humana, tenho sentimentos, por mais que tenhamos prometidos um para o outro não envolver sentimentos, mas eu não consegui evitar, fui tratada como princesa. Ele foi o meu primeiro homem, desde então eu não me relacionei com nenhum outro.

No dia do casamento dele eu fugi praticamente, voltei para o Brasil, o meu dinheiro acabou e não consegui continuar a pagar o aluguel. Fui morar em uma kitnet, era mais barato, não consegui emprego devido à gravidez e o que me restou foi ir às ruas.

Sou órfã, a minha avó quem me criou, mas ela morreu a um ano, estou sozinha, só tenho o meu bebê, mas ele precisa mais de mim no momento.

Sara, 23 anos.

Adrian, 27 anos

Eu e a minha esposa viemos para o Brasil, nos casamos à quatro meses e já estamos em crise. Saímos um pouco para aproveitar a companhia um do outro. Brianna é muito ciumenta, não está dando certo, essa viagem nos fez bem, pois estamos aproveitando muito.

Brianna, 24 anos

Brianna insistiu para fazer compras, ela quer levar presentes para todos. Minha mãe, meu pai, minha irmã, minha sobrinha e a família dela.

Fomos até o shopping então, estávamos a entrar quando vi uma grande movimentação perto da entrada, várias crianças pulando animadas, uma mulher estava rodeada de crianças e entregou pipocas para eles.

Entramos no shopping, a Brianna ficou fazendo compras enquanto eu fui ao banheiro, ao sair, um dos meus seguranças veio até mim.

Segurança:Senhor, a mulher com quem teve um caso está aqui nesse shopping.

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