Vou cuidar de você

Desde pequeno fui treinado para esconder meus sentimentos, meu pai não permitia que seus filhos parecessem fracos perante a famiglia, eu seria seu sucessor como chefe da Máfia e tinha que ser temido, meu treinamento foi duro, meu pai torturava Giovanni e eu até não aguentamos mais, nos tornamos máquinas de matar, fui ensinado que sentimentos nos deixam fracos e que eu tinha que me manter frio, mas tinha uma pessoa que nos ensinou a amar. Nossa mãe foi nossa luz no meio lama, a Máfia é cruel, principalmente pras mulheres, elas não tem voz e são tratadas como parte de negócios, minha mãe morreu pelas mãos do meu pai Salvatore Ranieri, ela nos defendeu de um de seus castigos e foi castigada no nosso lugar, depois disso eu e meu irmão passamos a treinar como loucos e nos tornamos o que Salvatore tanto queria: assassinos. Matei o meu primeiro homem aos 12 anos, um traidor que estava vendendo nossas armas por fora. Hoje com 29 anos nem tenho mais como contar quantas vidas já tirei, mesmo tendo cuidado de não ferir inocentes, quando meu pai era chefe se torturava até mesmo as crianças pra receber uma dívida ou pagar por uma traição , eu não aceito isso, prefiro me acertar com o filho da put@ que me desafia.

Hoje farei isso, tenho uma dívida pra cobrar um imbecil que me deve muito dinheiro que perdeu em um de meus casinos.

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Minha vida nunca foi simples, minha mãe não se importava com nada e vivia drogada pelos cantos, meu pai eu não conheci, minha mãe disse que ele nunca me quis, vivi com ela e seu rodízio de namorados, há um ano ela teve uma overdose e eu fiquei sozinha, o último namorado que ela teve mora com a gente já faz 8 anos,eu sempre me esquivei de ter contato com ele, ele me olha estranho e não gosto disso, Larry está sempre bêbado e depois que minha mãe morreu piorou, ainda bem que eu consegui trabalho em uma lanchonete ou não teríamos nem o que comer, ele sai cedo e volta tarde da noite bêbado. Eu tenho 24 anos não pude fazer faculdade não tinha dinheiro pra isso.

Chego do trabalho e vou pro meu quarto acaba está silenciosa o que não é estranho já que ele nunca está em casa. Vou pro meu quarto e fecho a porta quando estou tirando a roupa pra tomar banho sinto mãos me prenderem, tento me soltar e me viro pro meu agressor, é Larry.

- Você vai fazer o que eu mandar garota! ele fala passando as mãos no meu corpo rasgando minha blusa.

- Aquela vadia da sua mãe nunca me deixou te tocar, mas agora ela não está mais aqui, passou da hora de receber meu pagamento por te sustentar todos esses anos. ele continua e eu grito.

- Para Larry, eu não vou fazer nada, eu não quero, me solta. grito entre lágrimas e ele sorri.

- Cala a boca garota idiota! ele grita e abaixa as calças, me derruba na cama. Tudo acontece muito rápido, ouço um barulho alto e sinto um peso em cima de mim, Larry para de falar. Abro os olhos e Larry está caído com os olhos abertos sem vida, tento tirar ele de cima de mim mas não consigo sinto alguém puxar seu corpo e jogar no chão.

Um homem lindo num terno caro está na minha frente com a arma na mão ele me olha e coloca a arma na mesinha de cabeceira, tira seu paletó e me cobre.

- Não precisa ter medo, eu não vou te fazer mal. o homem fala

Eu só saio dali e vou pro banheiro preciso de um banho, como não vou ter medo. Quase fui violentada e um cara que eu nunca vi na vida me salvou. Entrando na minha casa armado. Nem sei quanto tempo fico na banheira me esfregando tentando tirar a sensação que as mãos de Larry causaram no meu corpo, me esfrego até doer e mesmo assim meu estômago ainda embrulha e eu choro. Ouço alguns barulhos no quarto e uma batida na porta do banheiro, mas não respondo, deixo meu corpo afundar na banheira querendo que a sensação de vazio vá embora. Sinto mãos fortes me tirar da banheira e me enrolar em um roupão.

- Ei, calma! Vou cuidar de você pequena! Nunca mais lhe farão mal. Escuto aquela voz grave sussurrar no meu ouvido.

Acordo assustada e meu quarto parece que não aco!nteceu nada, está limpo arrumado e com cheiro de limpeza,será que foi um pesadelo?

Olho pro meu corpo e vejo que estou com roupão, e nós meus braços vejo marcas roxas, foi real!

Ouço a porta abrir e cubro meu corpo, o homem que atirou em Larry vem até mim com uma bandeja.

- Coma! ele ordena.

Eu começo a comer e vejo ele olhar para as marcas nos meus braços, vejo sua mandíbula endurecer, mas só por alguns segundos, logo ele se recupera e me olha frio.

- O Larry onde está?

pergunto

- Onde nunca mais poderá tocar em ninguém! ele fala.

- Obrigada! agradeço a ele.

- Não precisa agradecer! ele fala

- Qual o seu nome? pergunta.

-Olivia, e o seu?Respondo

-Ettore.

Nos olhamos por um tempo e eu desvio o olhar voltando a comer.

- Olivia eu preciso saber se você está bem? Ettore quebra o silêncio

- Estou sim. Só não acredito que ele tentou fazer aquilo comigo. falo e uma lágrima cai do meu olho, ettore me abraça e eu não sinto vontade de afasta-lo nem medo.

- O que ele era seu? Ettore pergunta

- Meu padrasto. respondo

- Nojento filho da put@. Onde está sua mãe? Ettore xinga

- Morreu a um ano. Eu não tenho ninguém.

falo aos soluços.

- Você tem a mim! ele fala e eu arregalo os olhos em surpresa.

- Como? Você nem me conhece. falo

- Podemos nos conhecer, você é minha agora Olivia , vou cuidar de você! Ettore fala olhando nos meus olhos. Fico hipnotizada e ele me beija, um beijo calmo que eu retribui

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