Capítulo 11

Ele trancou-se em seu quarto por horas e meditou com seu lobo, advertiu-o de que, se não quisesse que chamasse a curandeira e aplicasse um feitiço de confinamento, ele devia se comportar, não assumiria o controle a menos que autorizado, eles chegaram a um acordo e ele prometeu que tudo ficaria bem.

Estava com fome, devido à ansiedade, pediu para Elsa preparar um pouco de tudo, não sabia o que queria comer, mas queria se alimentar.

Carne, frango, porco, batatas assadas, legumes verdes, pães, sobremesas e frutas... mal cabia na mesa.

Ray- Wauu!!! temos convidados?

Henry - Só você. Sente-se.

Ray - Tudo bem, como está se sentindo?

Henry - Estou bem, graças a você.

Ray - De nada.

Henry - É necessário. Sou consciente de que na última semana você foi mais alfa do que eu, estive ausente, confuso e desorganizado. Meu lobo já está sob controle, então estou focado no que precisa ser feito.

Ray - Enquanto eu como, você fala, eu escuto.

Henry - Você está certo, Sam tem hábitos humanos, preciso conquistá-la dessa forma, não posso me transformar para impressioná-la com meu pelo negro. Certo?

Ray assente com a boca cheia.

Henry - De acordo com o relatório de Leonard, ela mora sozinha, mas vive preocupada com os pais, carregando constantemente a culpa de que ele, tendo sido um grande guerreiro de sangue real, tenha uma vida como funcionário de uma loja de eletrônicos e viva em uma casa humilde.

Tenho que me concentrar em Marcus e trazê-lo para a matilha, dessa forma posso me aproximar dela de todos os lados, como o alfa de BlackWolf e como o dono das indústrias Wolf.

Por isso, quero que hoje você entre em contato com os pais de Sam, amanhã iremos vê-los.

Se eu tiver que mentir e exagerar para conquistá-lo, farei isso, a deusa lua me perdoará, não deixarei espaço para que ele recuse minha proposta, farei ele se sentir importante, necessário, farei ele se sentir como o maldito herdeiro da coroa britânica.

Ray - Adoro isso!!! O alfa voltou!!! Viva o alfa!!! uuuu...

Henry - Ainda há muito a ser feito, mas menos do que antes.

Ray - Vou cuidar disso, mandei as gravações das câmeras de segurança, já vou indo.

Henry foi para o escritório, serviu um uísque e ligou seu notebook. Ele colocou a gravação para tocar...

Lá estava ela, se no primeiro impacto ao vê-la ela parecia bonita, agora era mais do que isso, a deusa lua a fez perfeita em cada detalhe, a cada reprodução da gravação, mais ele gostava, estava excitado apenas em vê-la na tela, doía sua virilha só de pensar que queria estar em cima dela e beijar cada centímetro de sua pele, aspirar seu aroma até que estivesse tonto.

Mesmo a vendo a distância, ainda assim sentiu sua essência: uma mistura de flores com uma suave chuva da manhã.

Parecia que faltava uma eternidade.

Henry - Se aquele maldito do Greg não os tivesse expulsados, estaríamos juntos há anos, minha lua.

Eu mesmo cuidarei pessoalmente daquele bastardo, eu juro. Talvez já tivéssemos nossos filhotes. Focado no plano, subiu para descansar, levou o notebook para dormir vendo sua amada. Ray estava indo para o hospital enquanto ligava para a casa dos Marshall com as mãos livres. Ray - Olá, boa tarde. Kate - Boa tarde. Ray - A casa do senhor Marshall? Kate - Sim, sou sua esposa. Ray - Um prazer falar com você, minha senhora. Sou o beta da matilha Blackwolf, o alfa solicita uma reunião. Kate - Uma reunião? O alfa? Ray - Sim. Poderíamos nos encontrar em sua casa amanhã, se vocês concordarem, o alfa não quer incomodá-los. Kate - Não é nenhuma inconveniência, pelo contrário, é uma honra. Se eu devo dizer a você, nossa casa é muito humilde e simples. Ray - O alfa está apenas interessado em poder conversar com vocês. Kate - Bom, meu esposo sai de tarde do trabalho, fica conveniente para vocês amanhã à noite? Ray - Fica sim. Até amanhã. Kate - Marcus... Marcus... Ela vem correndo assustada. Marcus - O que aconteceu, mulher? Kate - Sente-se, esposo, você não vai acreditar. Marcus - Não me tortura, mulher. Kate - Acabei de atender o beta da matilha Blackwolf, que diz que o alfa quer nos visitar amanhã pessoalmente para conversarmos. Marcus - Ai...Não...Não posso acreditar. Será que eles nos indultarão? Kate - Eu não sei, meu marido, mas senti que era para algo bom, o beta foi extremamente amável, quase insistente que o alfa queria vir nos ver pessoalmente. Marcus - Eu pensei que Desmond estava do nosso lado.

Kate - Se o alfa está cuidando pessoalmente de nós, é porque deve ser algo bom, porque senão ele não se daria ao trabalho de vir até aqui.

Ray entra no hospital, vai até o quarto de Sam com um grande ramalhete de rosas e a encontra vestida e sentada na cama.

Ray - Oi, como vai?

Sam - Oi, Ray, estou bem. Ainda não encontraram a causa, então tenho que voltar para fazer alguns exames ambulatoriais.

Ray - É uma boa notícia que não seja nada grave...

Sam - Estou esperando meus pais, que virão me buscar. Acabei de ser liberada. Por insistência deles, vou ficar alguns dias na casa deles.

Ray (perfeito, melhor do que planejamos) - Acho ótimo. Tome com calma.

Bem, minha visita era para ser rápida. Vejo que você está bem. Henry enviou essas flores para você...

Sam - São lindas, obrigada. Não sei o que dizer. Espero poder retribuir toda a sua amabilidade.

Ray - Eu mal te falei sobre ele. Ele é um grande homem. Você o conhecerá em breve... bem... vou indo.

Ele faz uma careta e Sam ri.

Antes de seus pais chegarem, Emily entra.

Emily - Oi, amiga!

Sam - Oi, amiga! Haha

Emily - Pronta para partir?

Sam - Estou muito pronta.

Emily - Pare de coçar, você parece que tem pulgas.

Sam - Está coçando minha cicatriz. Já está doendo de tanto coçar.

Emily - Seu "hache" de Hermética está fedorento!

Sam - Chega, tonta.

Emily - Parece que você a tem mais definida agora.

Sam - Bem, é a primeira vez que a vejo com tanto relevo. Que estranho.

Emily: Emily-Ya para de coçar! Está me coçando também.

Sam: Ou pode ser alergia às rosas?

Emily: Falando em rosas... Quem é o apaixonado?

Sam: Nenhum apaixonado, elas foram mandadas pelo chefe de Ray.

Emily: Ohhh!!! (lendo o cartão) Melhore logo, com carinho, Henry...

Então, temos um pretendente, hein, poderíamos sair os quatro, já te avisei que Ray é meu, fique com o velhinho.

Sam: Hahaha obrigado, não quero que pensem que ele é meu pai, vão pensar que é meu avô hahaha. Mas vamos parar de rir do "velhinho", que foi muito gentil comigo.

Emily: Você está certa, temos que ser gratas.

Mas, quando casar com ele, lembre-se de levar uma mala com os comprimidos azuis para a lua de mel haha.

Sam: Já chega, cala a boca!

Os pais de Sam chegaram, sua mãe não parava de falar a boa nova, Sam estava feliz por eles, esperando que não fosse apenas uma ilusão e que seu pai não ficasse deprimido novamente.

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