Capítulo 2

...MAITÊ ...

As férias passaram voando, foi incrível passar mais uma vez com a família do Douglas, não tinha tempo ruim ao seu lado, a forma que ele tenta me fazer sorrir, sua preocupação comigo, é fofa demais, eu amo meu melhor amigo, meu irmão. A vida pode ter me tirado o meu pai, não me importo, a própria tratou de me dar alguém ainda melhor, que tenho certeza, que cuidará de mim pra sempre.

Hoje era o primeiro dia na universidade, tive uma noite agitada, estava ansiosa. Me levantei cedinho, tomei um banho e me arrumei, logo Douglas passará pra me buscar.

Mamãe nem havia dormido em casa essa noite, teve que ficar pra fazer um jantar especial na casa da família onde trabalhava. Fiz meu café e fiquei ali, viajando em meus pensamento, apenas com a xícara de café, meu estômago estava embrulhado por conta do nervosismo, não conseguirá comer nada.

Não demorou pra surgir a buzina do carro de Douglas, me levantei em um pulo, peguei minha bolsa e sai. Ao entrar dentro do carro, ele me deu um sorriso, me cumprimentou com um beijo na bochecha;

Douglas: Bom dia princesa! Nossa, você vai parar a universidade linda desse jeito. Já vai chegar, chegando!

Gargalhei enquanto colocava o cinto, Douglas sorriu e logo deu partida.

Maitê: Esta exagerado?

Douglas: Não princesa! Você está linda, pronta pra fisgar o coração por onde passa.

O encarei, enquanto ele mantinha a atenção na estrada.

Maitê: O garanhão aqui é você, não eu.

Ele riu e me deu uma olhada, dando de ombros.

Douglas: Você que não sabe se divertir gata! Acha que pra beijar precisa ter sentimentos.

Abri minha boca em um perfeito *O*, ele voltou sua atenção para a estrada, o trânsito já estava a todo vapor.

Maitê: Não é bem assim, eu não acredito no amor, não é que tive uma experiência boa e nem vendo meus pais apaixonados e bobos por ter sua filhinha em seus braços.

Douglas: Ai! Desculpa eu não quis te fazer ficar triste.

Maitê: Eu não estou, só me privo de me apaixonar e um dia se machucar.

Douglas: Aquele otario, não sabe o que perdeu, e seu pai com certeza deve ser doente, se soubesse a filha incrível que tem.

Acabei rindo, balancei com a cabeça.

Maitê: Chega disso, vida nova e pessoas novas!

Douglas: É isso aí garota! - Vibrou Douglas me fazendo rir.

Eu tivera uma única paixão na escola, ele era amigo do Dodô, me tratava bem, me fazia se sentir bem, ficamos sério por quase um ano escolar inteiro, mas foi só conseguir me levar para a cama, que ele nunca mais olhou para minha cara.  Os dois tiveram uma briga feia entre si, me senti mal, cai feito uma boba na sua lábia, me senti usada, mas como eu poderia imaginar que era somente isso que ele queria? Até meu melhor amigo acreditava que ele estava apaixonado por mim e tudo não passou de uma aposta da roda de amigos deles.

  Então pra mim amor não existe, primeiro por causa da minha mãe e depois por eu ter sido usada dessa forma, o meu foco é me formar, ser uma profissional na medicina e dar uma vida melhor para minha mãe, apenas isso.

Douglas: Bem-vinda vida nova!

Douglas parou o carro no estacionamento da universidade, meus olhos brilharam e senti meu coração acelerando. Olhei pra ele, que me encarava com um sorriso enorme no rosto, respirei fundo.

Douglas: Está pronta?

Maitê: Acho que sim.

Douglas: Vamos! Precisamos achar nossas salas, na verdade, primeiro a sua.

Maitê: Dodô não precisa.

Douglas: É claro que precisa, não vou deixar você sozinha! Vamos!

Sorri, peguei minha bolsa e descemos do carro. As vezes meu amigo me tratava com uma criança pequena.

Maitê: Você me trata como se eu tivesse cinco anos de idade.

Ele ri, se aproxima de mim e passa o braço em volta dos meus ombros.

Douglas: É que você pra mim, é a minha irmãzinha, nossas salas são a caminho, acredito que a área de medicina não ficará muito longe de odontologia.

Não disse mais nada, entraria em uma discussão por bobagem com ele, sei que seria impossível contraria-lo. Caminhamos até a universidade, observei alguns alunos, haviam pessoas de todos os tipos, alguns grupinhos de amigos se abraçando, fazendo a festa de se rever depois de umas férias, e outros tão perdidos quantos nós.

Douglas: Tem muita gente bonita, esse ano promete princesa.

Olhei pra Douglas e sorri, aquele lugar era enorme, ainda bem que chegamos cedo para procurar a nossa sala. Caminhamos por aqueles corredores, se não fosse pelo meu amigo, eu com toda certeza me perderia aqui. Me despedi dele e entrei na sala, havia alguns alunos já por ali, uma moça de cabelos loiros, olhos azuis, me deu um sorriso simpático, retribui, observei o lugar ao seu lado vazio e então me aproximei;

Maitê: Oi, eu posso me sentar aqui?

Aline: Oi, por favor!

Ela tirou sua bolsa, agradeci e me acomodei na cadeira, o seu sotaque não era daqui, curioso. Estiquei meu braço a ela;

Maitê: Prazer Maitê.

Aline: Aline!

Ela pegou na minha mão, estava sendo gentil comigo, não sei se nos tornaríamos amigas, pelas roupas que ela estava usando, deveria ter muito dinheiro e eu bom, sou apenas uma garota qualquer.

Maitê: Você não é daqui do Rio.

Ela sorriu ainda mais;

Aline: Não! Sou do sul, vim das cidades gaúchas, mais específico Porto Alegre.

Maitê: Caramba! E porque escolheu estudar aqui?

Ela deu de ombros e desviou o olhar, talvez eu esteja sendo intrometida demais com uma pessoa que acabei de conhecer.

Aline: Uma longa história, chata na verdade, cheio de problemas.

Maitê: Ah!

Aline: Você é daqui?

Maitê: Sim, desde que me conheço por gente.

Ela sorriu, não prolongamos mais a conversa, a sala já estava cheia, uma outra menina sentou perto de nós duas e nos ofereceu um sorriso tímido. Eu estava me sentindo um peixe fora d'água, um homem alto, com mais ou menos uns cinquenta anos entrou na sala, se apresentou como professor Willians, que nos daria aula de Anatomia. Ele começou a falar e explicar a importância da sua aula, aprestei atenção, em cada palavrinha, estava sentindo um friozinho na barriga, ainda pra mim é um sonho em estar aqui.

Quando fomos liberados para o intervalo, Aline pediu pra mim esperar, sorri, ou talvez eu estivesse enganada, poderia nos tornarmos grandes amigas. Assim que ela pegou sua bolsa, seguimos juntos aos outros, um rapaz se aproximou de nós duas, com um sorriso enorme no rosto, olhei pra Aline e ela sorria também, franzi as sobrancelhas mas logo atendi;

Bruno: Oi minha gata, já fez amizades?

Aline: Sim amor, essa é Maitê. Maitê meu namorado, Bruno.

Ele abriu um sorriso perfeito, com dentes brancos e retinhos, meu Deus! Eles formavam um casal e tanto; mas Bruno não tinha sotaque gaúcho;

Bruno: É prazer conhecê-la Maitê.

Bruno estendeu sua mão, fiz o mesmo pegando e apertando.

Maitê: O prazer é meu.

Sorri, em seguida Aline foi para seus braços, os dois selaram os lábios e olharam para mim;

Aline: Se ajunta com nós, aposto que também é nova e não vai querer ficar sozinha.

Maitê: Ah na verdade...

Douglas: Ai está você! Meu Deus, não faça mais isso princesa!

Douglas chegou falando num tom preocupado, olhei pra ele e segurei a minha risada, ele deveria ter passado na minha sala e quando não me viu, me procurou feito um louco. Olhei para os dois que sorriam, esperando ser apresentados.

Maitê: É Dodô, essa é Aline, estamos na mesma sala e esse seu namorado Bruno e esse, é Douglas, meu melhor amigo.

Douglas: Irmão!

Os dois arquearam a sobrancelha e o cumprimentaram.

Aline: São irmãos ou amigos?

Douglas: Bom, a gente cresceu juntos, se conhecemos desde que somos gentes então; irmãos! De onde você vem? Que sotaque é esse?

Disse Douglas passando um braço pelo meu ombro.

Aline: Sou gaúcha.

Douglas: uow!

Bruno: Ok, acho que nós deveríamos comer alguma coisa antes que nosso intervalo termine.

Douglas: Esse é dos meus, por favor! E que esse dia acabe, começou agora mas todos os dias são chatos assim? Porque eles tem que ficar explicando a importância do curso que escolhemos? Nós sabemos disso não sabemos? Se não porque escolheríamos?

Todos nós começamos a rir da reclamação do Douglas, enquanto caminhávamos para o refeitório. Conhecemos um pouco mais de Aline e Bruno, eles se conheceram em uma palestra que o mesmo foi participar em Porto Alegre, trocaram mensagens e decidiram namorar a distância por um ano. Os pais dela, não aceitaram muito bem e ela está aqui hoje, contra a vontade deles. Bruno também estuda medicina porém está no último ano, parecem ser pessoas incríveis e já vejo uma amizade legal se transformando aqui.

Bruno: Ei, um amigo meu fará uma festa para dar bem-vindos aos calouros, vocês deveriam ir, são calouros não são?

Maitê: Hum! Sei não..

Douglas: Ah qual é princesa, vamos!

Olhei para Douglas e em seguida para os dois.

Maitê: Essas festas não tem trotes com os calouros não?

Bruno ri, Aline olha para ele seria;

Aline: Porque você está rindo? Você iria deixar eles trolarem com a sua namorada?

Ele a abraçou e beijou seu ombro.

Bruno: Claro que não gata, deixamos o trote acontecer, depois aparecemos, relaxa! Não vou deixar acontecer nada com você e não será nada demais, eles só irão jogar tintas.

Aline: Ah nada demais, só iríamos ficar com a roupa pesada e o cabelo cheio de tinta. - Disse ela revirando os olhos.

Bruno: Relaxa que irei salvar vocês disso.

Maitê: Se for assim, eu aceito!

Bruno: É isso aí, a vida é uma só, temos que aproveitar!

Passamos o resto do intervalo rindo, rindo muito, Bruno era outro palhaço, aí já viram; ajuntou o útil com o agradável, Douglas achou um amigo certo para fazer suas idiotices juntos.

...\~\~...

...GUILHERME ...

Eu aproveitei minhas férias, viajei para Cancún, eu amava aquele lugar, ainda mais que estava apenas com um primo meu sem Bianca para infernizar minha vida.

Guilherme: Fala rapaziada!

Bruno: Caramba Guilherme , lembrou que tem amigos agora?

Gargalhei e cumprimentei meus dois únicos amigo, Bruno e João.

João: Curtiu suas férias em grande estilo irmão!

Guilherme : Você não tem ideia João! E Aline, você realmente veio.

Aline: Bom, contra a vontade dos meus pais mas estou nem aí.

Ela me abraçou, dei um sorriso abobalhado pro meu amigo.

Guilherme: É cara, isso é amor mesmo!

Bruno: Seu idiota!

Gargalhamos, ficamos um tempo matando a saudade e já avisei para não contarem comigo pro intervalo, que tinha umas coisas a resolver. João apenas me recordou da festa que fará em sua casa com os trotes dos calouros, disse que não perderia por nada, ainda mais que esse era nosso último ano, finalmente chegando na reta final, sei que ainda terei dois anos fazendo residência, mas enfim, essa tortura está acabando.

O dia foi corrido, exaustivo demais, cheguei no meu apartamento e fui direto relaxar debaixo do chuveiro. Quando sai, meu celular estava tocando, atendi sem ver quem era, mas quando ouvi sua voz, revirei os olhos;

Bianca: Você demorou atender Guilherme, quem está aí?

Eu estava sem paciências com seu jeito de querer controlar tudo o que eu faço.

Guilherme: Bianca vai direto no assunto, o que você quer? Estou sem tempo para seus dramas hoje.

Bianca: Nossa bebê, não está com saudades de mim?

Guilherme: Sinceramente? Não!

Ouvi ela xingando do outro lado do telefone, dei de ombros, não me importava, realmente não ligava.

Bianca: Eu só liguei pra saber como foi suas voltas as aulas.

Guilherme: Foram ótimas, se foi só isso, agora eu preciso ir.

Bianca: GUILHERME ESPERA!

Guilherme: Anda logo, o que você quer?

Bianca: Eu estou com saudades, será que não teria como você vir até aqui um final de semana?

Soltei uma risada sem acreditar naquilo.

Guilherme: Não Bianca, não vou gastar meu tempo e nem dinheiro indo até aí.

Bianca: Nossa você uma vez não era assim.

Guilherme: Eu era um idiota, apaixonado, até descobrir uma traição, uma que eu fiquei sabendo né, fora as outras.

Bianca: Você está me ofendendo de novo, na cama você não pensa nisso.

Guilherme: Ótimo! Agora eu preciso ir.

Desliguei sem esperar por outra resposta, ela insistiu em ligar novamente, larguei meu celular e fui me arrumar, eu era um babaca! Um idiota. Amo meus pais, os respeito muito mas isso não dá, não aguento mais essa mulher, eu terei que dar um jeito de acabar com esse noivado, por bem ou por mal.

Quando terminei de me arrumar, sai em direção a casa de João, já haviam carros ocupando a vizinhança inteira, o som alto dava pra ouvir a quarteirões. Entrei e alguns olhares famintos se digeriram a mim, apenas dei uma piscadela vendo as mesmas se desmancharem, comecei a rir, essas garotas. Fui pro acesso de trás da casa, onde já tinha gente pulando na piscina, encontrei com meus amigos, havia mais duas pessoas junto, uma garota linda por sinal, cabelos pretos.

João: Só faltava você irmão! Demorou!

Guilherme : Tive um pequeno probleminha.

João: Vamos começar, acho que já chegou uma galera, tem muito novatos por aqui.

Guilherme: Eu percebi.

Voltei a olhar para os dois ali, que estavam conversando com Aline animadamente, a garota me olhou, ofereceu um sorriso tímido, senti meu coração acelerar.

João: Vamos, vou avisar o pessoal!

Quando vi Aline e os dois nos acompanhando, arqueei a sobrancelha pra Bruno.

Bruno: Cara não vem! Ninguém precisa saber.

Apenas assenti, eu estava nem ai, não fazia parte desses trotes, achava uma besteira. Os novatos foram chamados para a parte de trás, aquilo daria um trabalho para limpar, mas João se importava? É claro que não, seu pai era o juiz mais conhecido do mundo inteiro, ele cagava pro dinheiro. Ficamos na sacada na parte de cima, logo foi dada a largada e baldes de tintas caíram sobre os calouros, o pessoal começou a zoar, uns se jogaram na piscina e daí, só pra pior.

João voltou entregando uma cerveja de cada, mas me chamou a atenção quando ouvi sua voz doce pela primeira vez;

Maitê: Ah eu nunca bebi!

João: O que?

Bruno: Espera ai, como assim?

O rapaz se aproximou dela, deu um sorrisinho.

Douglas: Princesa vida nova, lembra? Beber não é ruim, apenas tem que conhecer seus limites.

Arqueei a sobrancelha, princesa? Era o namorado? Ok desencana Gabriel. Virei as costas e sai, não sei porque estava incomodado com aquela garota, ela parecia certa demais. Cumprimentei uns colegas do curso, algumas garotas passavam e se esfregavam de alguma forma, se esbarrando em mim, aquilo me incomodava porque sabia que era apenas interesse, é a consequência de ter poder.

Meus amigos desceram e logo se enturmaram, vi Aline de longe com a garota dançando, seu corpo se movimentava de um lado para o outro, com tanta leveza, foi impossível não admira-la. Alguns caras tentavam se aproximar mas Bruno foi como um prendedor e agarrou a sua namorada. Acabei dando um sorrisinho, eles tinham mantido um relacionamento a distância por um ano e agora a garota está aqui, é loucura, mas ele parece completamente apaixonado e feliz.

Quando vi a garota saindo, eu a segui, não sei por qual razão, mas a segui, ela parecia perdida e o tal cara que a chamou de princesa, não estava por perto, qual o idiota deixaria uma mulher dessas sozinha? A solta num lugar cheio de caras tarados e sem noção? Quando subiu as escadas, achei que deveria parar mas não consegui, vi um rapaz que a observou dos pés a cabeça, então continuei, quando a mesma entrou em uma das portas, o cara olhou ao redor e entrou também.

Maitê: ME SOLTA!

Corri e abri a porta na mesma hora que ouvi seu grito, o cara se afastou imediatamente, os olhos dela estavam arregalados. Fui pra cima do garoto, segurei em sua gola;

Guilherme; Se manda embora daqui agora se não quiser morrer!

O joguei e o rapaz caiu no chão, com seus olhos arregalados, tive vontade de rir quando tentou se levantar e sair correndo, atropelando seus próprios pés, babaca! Olhei para a garota, ela continuava com um olhar assustado, me aproximei e toquei em seus braços, sentindo uma sensação estranha percorrer pelo meu corpo, a mesma se esquivou e olho pro lugar onde toquei, parecendo ter sentido a mesma coisa que eu.

Guilherme: Você está bem? Ele tocou em você?

Seu peito subia e descia descontrolado, os seus olhos estavam fixos em mim, estalei os dedos em sua frente, quando a mesma piscou e desviou o olhar;

Maitê: É estou bem.

Guilherme; Ele tocou em você?

Maitê: Não, ele tentou me puxar pra beijar eu acho, mas gritei assim que senti sua mão em meu braço e você... apareceu!

Guilherme: Cadê seu namorado?

Ela voltou a me encarar, franzindo a testa.

Maitê: Eu não tenho namorado. Você é o amigo do Bruno não é?

Passei as mãos pelo meu cabelo, então não tinha namorado, dei um sorrisinho de canto.

Guilherme; Desculpa! Que grosseria a minha, sou Guilherme.

Ofereci minha mão, ela olhou de relance e em seguida esticou a sua.

Maitê: Maitê.

Aquela mesma sensação apareceu, tive a certeza que ela também sentiu quando ia puxar sua mão de volta, mas segurei com firmeza e trouxe pros meus lábios, depositando um beijo nos nós dos seus dedos, fixando meu olhar ao dela.

Guilherme: Maitê! Um nome bonito e você faz jus dele.

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Comments

Elza Teodoro

Elza Teodoro

parece ser uma história linda más tem que ter correção antes de postar

2024-07-24

0

leda martin

leda martin

correcao: NOS CONHECEMOS

2023-06-13

0

Valda Martins

Valda Martins

Muito bom

2023-01-20

0

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