Capítulo 4

Naquela noite estávamos em um bar bastante movimentado. Na saída do trabalho todas às terças fazíamos esse mesmo ritual, jogar conversa fora, rir um pouco com as piadas do Gael, e ouvir algumas histórias bizarras que ele sempre tinha a contar, e no final Janice sempre o desmentia falando que tudo não passava de sua fértil imaginação. Aquilo era divertido de mais, e deixava o clima para outro dia estressante de trabalho um tanto mais amistoso. Enquanto eu me entupia de pequenos pedaços de tira gosto, Gael quis saber se eu finalmente podia pagar a minha conta.

Gael é um dos melhores amigos da minha irmã Clarissa, ele trabalha no mesmo hospital que ela, ele atua como clínico geral. Janice e Gael são namorados, inclusive foi Gael que nos apresentou e desde então somos um quarteto fantástico.

Janice: Então Mariana você vai trabalhar para o meu ex chefe, tarefa difícil hein.

Janice trabalha como fotógrafa na redação de umas das revistas mais famosas do Brasil, a revista Marco por coincidência a mesma revista que é da família do Heitor.

Mariana: Nem me conte, hoje eu me senti uma derrotada ele é muito difícil de lhe dar, e tudo que eu o propus ele não dava ouvidos. Terminei o dia sendo expulsa do seu quarto pela deixa eu ver... Quadragésima vez eu acho... E pra passar o tempo eu fiquei organizando a prateleira de remédios.

Janice: Ihhh... Tá em mal lençóis Mari, olha que quando ele trabalhava na Marco já era um ser humano bem chato pra cassete, imagine agora que não pode mais usar seu brinquedo pra aliviar o estresse.

Gael começou a rir, e eu comecei a me sentir desconfortável em ficar falando dele. Aliás ele não merecia que outros rissem pela sua condição, ou que ficasse fazendo piadinhas desnecessárias.

Mariana: Acho melhor mudarmos de assunto.

Clarissa: Casal a Mari tem razão, viemos para nós divertir e não ficar desmoralizando a integridade do patrão dela. Mas não vou negar que foi engraçado quando você pensou que ia o ajudar a fazer as necessidades fisiológicas.

Clarissa começou a achar graça, logo em seguida parou quando olhou pras minhas costas. Eu ligeiramente virei-me e vi Joaquim me encarando com os braços cruzados.

Joaquim: Que história é essa de você levar um homem ao banheiro, Mariana?

Joaquim me encarou sério, e me parecia irritado. Eu levantei da cadeira e fui até ele que cruzou os braços um tanto carrancudo.

Mariana: Não é nada disso que você está pensando. Eu vou ser cuidadora de um homem, mas não nessa parte entendeu? Só vou ser a companhia dele.

Joaquim: Um homem?

Gael: Deixa de ser ciumento meu irmão não confia no seu taco?

Janice: Gael boca de nós todos, não tá vendo que só vai complicar a situação com a Mari.

Mariana: É um homem. Ele é o ex presidente da Marco, a revista que Janice trabalha, a mãe dele me contratou e paga super bem. Eu não podia recusar.

Joaquim: Mariana será que podemos conversar a sós?

Joaquim parecia irritado, eu fiz que sim com a cabeça, então ele saiu andando em direção uma mesa mais afastada.

Joaquim: Então minha namorada vai cuidar de um marmanjo?

Me fitou irritado.

Mariana: Joaquim deixa de ser ciumento não tem nada a ver uma coisa com a outra.

Joaquim: É claro que tem Mariana você vai passar mais tempo com ele que comigo. Minha namorada vai ficar mais tempo com um cara e eu vou ter que ficar vendo isso.

Mariana: Eu preciso do emprego você sabe.

Joaquim: E eu preciso de você, você não percebe?

[...]

Já passava das onze quando chegamos em casa, Clarissa um pouco mais alterada que eu precisou de minha ajuda para encontrar o caminho do próprio quarto.

Mariana: Acho que ela não acorda mais hoje.

Falei vendo seu estado na cama. Joaquim me abraçou pela cintura ao saímos do quatro de Clarissa.

Joaquim: Será que eu posso dormir aqui hoje? Eu estou com saudade da minha namorada.

Falou me beijando no pescoço e descendo os beijos até meu decote. Eu arfei fechando os olhos quando senti sua língua quente mordiscar minha orelha. Ele me colocou em seus braços, envolvi minhas pernas em sua cintura e saímos em direção ao meu quarto.

Joaquim me deitou na cama e ficou em cima de mim, eu já podia sentir sua ereção tocar no meu ponto sensível. Então ele tirou a blusa mostrando seus corpo definido pra mim, eu gemi quando ele sujou um mamilo. Acabamos jogando nossas roupas em qualquer lugar daquele quarto, nossos corpos nus enroscados um no outro, Joaquim me tomou em seus braços me fazia gemer a cada invertida.

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Já eram cerca de oito horas, e Heitor estava inquieto porque ela ainda não havia chegado. Olhou pela décima vez para o relógio de parede, e se questionava se ela tinha desistido?

Rafael: Heitor, dona Teodora está lhe chamando para tomar café na mesa.

Heitor: Eu não vou! Diz pra dona Teodora que eu estou bem aqui, e me pouparia o desprezar de ver a cara do meu pai se vangloriando dos feitos do Patrick logo pela manhã.

Rafael: Ok senhor.

Mariana: Desculpa o atraso, eu fiquei presa no trânsito.

Rafael deu um leve sorriso para Heitor como se dissesse chegou a razão do seu estresse, e cumprimentou Mariana com um aceno de cabeça, então saiu trancando a porta deixando os dois sozinhos.

Heitor: Babá, atrasada a quinze minutos!

Girou a cadeira motorizada para se aproximar dela que estava plantada ao lado do sofá.

Mariana: Eu juro que não vai mais se repetir senhor.

Heitor: Assim eu espero. Odeio a falta de pontualidade. Vamos me acompanhe.

Mariana: Vamos sair?

Heitor: Talvez você vai, se não acatar minhas ordens.

Mariana: C-como? Você vai me demitir?

Heitor: Bem que eu gostaria, mas você pode ser útil pra mim no momento.

Mariana: Então para onde você está me levando?

Heitor: Para que a pressa logo vai saber.

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