Arraial do Cabo

Como uma leitora me pediu, eu peguei algumas imagens no Pinterest para mostrar como imagino os personagens:

Breno:

Túlio:

Vinícius:

Túlio era o tipo de homem desejado e isso era mais que evidente ainda mais vendo sua vizinha saindo de sua casa de banho tomado pelos fundos — não me senti bem vendo-a saindo naquele horário dali assim — parece que Existem lacunas a serem preenchidas e logo me senti rejeitado, acho que nada daquilo que falam dele é verdade, ele só teve uma recaída com um homem devido a doença de sua mulher que aliás não cheguei a ver nenhum foto dela.

- Não sabe dirigir Vick? Quer aprender? Está tão distante!

Queria muito ter tempo para analisar meus sentimentos que me parecem um pouco confuso, ouvi as palavras de Breno e respondi.

- Breno, não sei dirigir e estou lendo.

- Que livro é esse?

- O poder da autorresponsabilidade de Paulo Vieira.

- Livro de autoajuda, sério isso?

Olhei Breno com minha insensibilidade matutina e continuei olhando aquele livro dessa vez sem ler e pensando no caso de Túlio e Cleonice, aquela sebosa casada que come fora de casa e ainda tem a audácia de sair pelos fundos molhada. Fiquei muito incomodado com isso a ponto de passar uma parte da noite conversando com Beth que me contou que ela sempre esteve com ele, ajudou com as crianças dele assim que a tal Solange morreu. Não abri o jogo sobre as evidências que aquela sebosa era sua amante, mas estava na cara que era e como Beth disse, o Rubens Fegnani, era um ótimo advogado e um dos líderes do condomínio, já que o mesmo era administrado por uma imobiliária.

- Quer tomar café, aqui tem um ótimo restaurante de estrada, vinha com meus pais quando era mais novo. Quer ir lá!

- Pode ser?

- Está acontecendo alguma coisa?

- Breno, você me acordou às quatro e estou desde as cinco dentro desse carro. São sete horas, vamos parar.

- Está bem. Seu cabelo está bonito e gostei do seu casaco.

- Breno para de elogiar, está bem. A gente vai se divertir, certo! Mas não espere bom humor logo cedo!

Paramos e ele bancou tudo. Eu pedi um café e croissant de queijo e presunto enquanto ele pediu uma vitamina com Way Protein.

- Zero carboidrato, isso mesmo?

- Eu gosto de ser regrado, a noite eu como o que eu quero e de manhã tomo isso. Ele mesmo trouxe seu potinho com aqueles suplementos e tomou umas cinco cápsulas de vitaminas e sei lá mais o que; Breno era aquele marombado perfeito, ninguém desconfiaria que ele estava na verdade me querendo ali, eu sempre dei pinta do que sou, mas ele passa batido, tipo Túlio. As garotas deram em cima da gente, ou melhor dele e ele todo galante investia seu charme para as desavisadas do quão problemático ele era ainda mais dirigindo um Toyota RAV4 de pneus cromados e pneus super caros, bem eu não então muito de carro, mas sei que ele anda para no mínimo chamar atenção com seus acessórios de capa de revista.

- Quer mais alguma coisa?

- Não, estou de boa!

Fiz umas comprinhas de energéticos e biscoitos e barras de cereais e saímos como se fossemos irmão, sem demonstrar nenhum tipo de afeto e isso era típico de quando fazia programa. Até nisso estava também confuso, Breno acreditava que ficaria ali para ele o tempo que ele quisesse em troca de, digamos, proteção e segurança, mas já vi esse filme antes e as coisas saem do controle assim que ele se acomodar e acreditar que dependo emocionalmente e financeiramente dele.

- Chegamos. Aqui é meu refúgio.

Era uma pequena vila de casas, pelo menos era isso que entendi e seu chalé era de frente para Paris encima de um morro, era bem arborizado, cheio de infantis e o local estava praticamente vazio, algumas crianças e suas mãe brincavam do outro lado numa praça e fui recepcionado logo por um cachorro vira-lata assim que do carro.

- Esse é o Tião. Deve ter uns dez anos ou mais

Ele latia para mim e eu tentei brincar com ele e ele não foi com a minha cara.

- Tião, cadê seus modos? — Breno saiu em minha defesa até o encontrar a dona dele, uma senhora que veio assim que escutou Breno falar.

- Dona Bibi, como a senhora está?

- Estou bem meu filho!

- Esse é meu amigo, Vinícius!

- Prazer!

Bibi retribuiu o sorriso e foi abrindo o pequeno portão do chalé.

- Arrumei como você mandou, os dois quartos estão com as roupas de cama limpas.

- Valeu!

Segundo portão a dentro e enquanto ela seguia para a outra casa mais humilde nos fundos, pegando uma crianças no colo. Olhei para Breno e queria entender como ficaríamos a vontade ali, mas a casa era bem privativa no andar de cima exceto pela incrível varanda de frente para mar.

- Escolhe um quarto!

- Qualquer um?

- Sim. Tanto faz.

- Aqui é frio, né!

- É meia estação, mas vamos curtir melhor a praia amanhã e a noite a gente sai.

Me deparei com Breno na porta enquanto checava qual ficaria e ele jogou seu olhar contra mim de tal forma que sorri maldosamente, o ignorando, ele entrou e sentou na cama me vendo admirado naquela varanda, quando voltei para a porta de vidro ele sorriu com a cara de cachorro pidão que tinha quando ele queria meu corpo.

- Realmente vamos dormir separados?

- O lance do quadro é só para não assustar a Senhora Bibi. Ela vem limpar e toma conta disso aqui quando estou fora.

- Entendi.

- Vem cá.

- Quer começar cedo! — sentei em seu colo e ele me ofereceu sua língua para mim e eu tasquei aquele beijo que ele tanto almejava, mas não poderia dar pinta de seu desejo por mim e ele mentia muito bem quando queria.

Ficamos ali naquela cama, no maior amasso e quando percebi ele já estava encima de mim querendo muito tira minha bermuda e eu sua calça. Cheguei a fechar os olhos imaginando Túlio no lugar dele e logo me retratei na intenção de não esfriar com meus sentimentos de rejeição que me consumia com o que presenciai ontem.

- Posso continuar?

- Não só pode como deve!

Tirei a blusa e fiz questão de apreciar Breno nu com seu corpo impecável me chamando para cima dele.

- Esse seu cabelo nos ombros, dá um tesão do caralho!

- Eu já percebi que você se amarra nele.

- Como o passivo da relação me restou apenas aceitar submeter aquele cavalo de homem. Isso me fez pensar que pelo menos ele tinha tesão por mim — um tanto cruel pensar — meu ego estava satisfeito em ser usado por um cara como ele, mesmo querendo outra realidade futuramente e Túlio.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***