Os dias passaram muito rápido. Na quarta-feira os pais de Henrique chegaram. O senhor Alberto Zanetti era um homem sério de figura imponente. Sua esposa Sofia era elegante e muito simpática.
Ambos me trataram muito bem, pareciam felizes porque na visão deles Henrique finalmente tomaria jeito.
Pelo que ouvi o senhor Alfredo sempre foi um homem decente, honesto. Não entendi bem porque Henrique resolveu se meter com essa coisa de cassinos clandestinos.
Alfredo é dono de uma série de restaurantes e cafés, no Brasil, Estados Unidos e alguns países da Europa.
Henrique comanda os negócios aqui no Brasil, apesar de ter carta branca do pai para comandar, tudo continua no nome do senhor Alfredo.
Com a repercussão do comportamento do filho o sr Alfredo deixou bem claro que se Henrique não se casasse para apagar essa má fama ele o tiraria do comando.
Por isso a pressa em conseguir uma pessoa que aceitasse esse papel.
Bom parece que eu caí do céu pra ele. Já eu me sinto num inferno constante, tendo que mentir e fingir, coisas que eu odeio.
Deixarei minha casa, vou ficar longe do meu irmão que amo tanto. Só peço a Deus força para suportar esse um ano e me ver livre disso tudo.
Segundo Henrique nesse um ano ele próprio já terá dinheiro suficiente para caminhar sozinho sem precisar do pai, então montará sua própria empresa e devolverá o controle de tudo ao pai.
Não me importo com o que ele fará, por mais que sinta pena dos pais de Henrique não tenho nada a ver com tudo isso, não me deixarei envolver.
Na quinta-feira fiquei o dia todo em casa, queria curtir ao máximo minha família. Lucas era o único que não deu conta da situação.
Com a inocência dos seus cinco aninhos ele só pediu que eu não esquecesse dele.
Lucas: Elis você vai casar?
Eu: Sim meu amor eu vou me casar.
A frase soava extremamente estranha dita em voz alta.
Lucas: E vai ter neném?
Eu: Claro que não Lucas. De onde você tirou isso?
Lucas: A prima do Mateus lá da escolinha casou e teve neném.
Ele correu e me abraçou
Lucas: Não quero que você casa Elis nem tem neném você vai esquecer eu.
Abraço ele e coloco no meu colo.
Eu: Olha só, não vou ter nenhum neném Lucas. Você é meu irmãozinho querido e vai ser pra sempre. Eu amo muito você.
Lucas: Também amo muito você Elis.
O dia passou muito rápido. Suzane veio ficar comigo também, ela dormiu aqui em casa e ficamos conversando até tarde.
De madrugada fomos na cozinha assaltar a geladeira. Pegamos o resto de pavê que mamãe havia feito no almoço, um pote de sorvete que estava pela metade e alguns bombons que estavam no armário.
Subimos correndo pro quarto antes que alguém nos visse.
Suzane: Amiga que vida louca né hoje estamos aqui conversando como duas jovens comuns de classe média, amanhã você estará casada com um milionário.
Senti meu estômago retorcer com esse pensamento.
Suzane: Amanhã essa hora será sua noite de núpcias amiga.
Bati com o travesseiro nela
Eu: Tá louca? Não tem núpcias nenhuma já falei pra você que é um casamento falso.
Suzane deu seu sorriso mais cínico
Suzane: Eu sei amiga mas que ele é um gato aaah isso é.
Eu: Mas não presta! E quanto mais longe eu puder ficar dele melhor.
Dormimos quando o dia já estava quase amanhecendo. Acordamos com mamãe abrindo as cortinas.
Eu: Mãe o que houve? Porque tá abrindo as cortinas?
Suzane: Dona Amanda ainda é madrugada.
Ela puxa nossas cobertas e bate palmas falando:
Levantem já as duas tem umas moças lá embaixo. Vieram a mando do seu noivo. - ela fez uma careta.
Eu: Que moças mãe? Não estou sabendo de nada.
Amanda: Elas disseram que são manicure e cabeleireira. Também entregaram o vestido de noiva, está numa caixa lá na sala. E não é madrugada já é meio dia e já estou com almoço pronto.
Bom parece que ele está cumprindo com sua parte no acordo. Henrique disse que todos os gastos pro casamento seriam por sua conta.
Descemos e fomos revezando, enquanto uma almoçava outra fazia o cabelo e as unhas. Ainda viria a maquiadora.
Experimentei o vestido e caiu como uma luva. Fiquei intrigada como ele conseguiu comprar o vestido no tamanho certo se mal nos vimos.
Aceitei o vestido até achei bonito, era um vestido simples pq o casamento era só civil, deixei arrumarem meu cabelo e pintei as unhas com esmalte clarinho. Mas não quis maquiagem, deixei passar o mínimo possivel.
Suzane aproveitou as maquiadoras e manicure, até mamãe se empolgou.
Meus pais estavam se esforçando ao máximo pra encarar a situação de forma tranquila por minha causa e também do Lucas que não sabia de nada.
A noite chegou e todos estávamos arrumados. Minha mãe mantinha sua postura firme. Meu pai ainda estava muito abatido e sentia muita culpa.
Lucas estava alheio a tudo, lindo e todo eufórico com a festa.
Eu não queria nenhuma festa mas Henrique disse que se não tivesse festa a imprensa não faria alarde. Mas concordamos que seria um casamento civil e uma festa com poucos convidados.
A cerimônia foi tranquila, tudo correu bem na medida do possível, os pais de Henrique não suspeitaram de nada.
A imprensa estava presente mas Henrique fez questão de escolher a dedo quais seriam os jornalistas e fotógrafos que estariam presentes.
Só fiquei nervosa com os flashs, odeio tirar fotos que não sejam em família.
Numa das fotos Henrique segura minha mão e está gelada, suando.
Henrique: Sua mão está gelada, relaxe, você agora é uma Zanetti, acostume-se com os flashs.
Nessa hora ele me puxa pela cintura e me abraça pra foto. Sinto meu coração acelerar, me convenço que não tem nada a ver com o fato dele estar lindo e cheiroso, muito menos porque sua barba roça meu rosto na pose pra foto. Com certeza só estou nervosa por causa dos fotógrafos.
Depois da festa todos foram embora. Henrique convenceu seus pais que nossa "lua de mel" aconteceria em breve porque ele tinha coisas pra resolver e mais um restaurante pra inaugurar. E também alegou que meu pai estava meio doente.
Os pais dele foram embora porque tinham deixado negócios pendentes.
Meus pais foram embora e ficamos só nós dois e a Rita. De manhã Rita também iria sair pois estava de folga.
Rita: Vocês desejam mais alguma coisa?
Respondemos que não e ela se retira.
Henrique: Elis fique a vontade pra ir pro seu quarto se quiser. Vou tomar uma bebida e dormir.
Elis: Vou pro meu quarto então. Boa noite.
Henrique: Boa noite.
Subo pro quarto, tranco a porta e tiro a roupa, vou pro banheiro tomo um banho, visto minha roupa de dormir. Nunca goatei de camisolas, sempre dormi com uma camiseta branca e short de malha.
Deito e fico rolando na cama. Olho no celular já é uma da madrugada, abro o Whatsapp mas meus pais não estão online, nem mesmo Suzane.
Coloco os fones e escolho uma playlist pra ouvir. Coloco no último volume e deixo a música invadir meu cérebro. Mais uma hora se passou, já são duas da manhã e não consigo dormir.
Está calor e por causa da minha asma não posso aumentar muito o ar condicionado. Resolvo descer até a cozinha pra beber um copo d'água.
Desço as escadas descalço para não acordar ninguém, estou com os fones no ouvido ainda e o celular na mão.
Atravesso a sala e vou direto pra cozinha.
Quando chego na porta meu coração congela, por causa do fone no ouvido não escutei nada. Desligo a música e não consigo sair do lugar.
Na bancada da cozinha vejo uma mulher sentada só de calcinha e sutiã. Ela está de frente pra porta e no meio de suas pernas agarrado beijando seu pescoço está Henrique sem camisa, ainda com a calça que usou no casamento.
Lucas
Suzane
Alfredo
Sofia
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Adriana Mentoring de Mulheres
Escroto 🤮🤮🤮
2024-12-09
0
julih
Que lindo esse Lucas .
2024-09-14
0
MRSLinsprincesadoReiJesus
Ela não pode, mas ele pode trair esse escroto e lixoooo asquerosooo podreeeeee 😡🤮
2023-09-27
4