Capítulo 4

CHRISTOPHER

Até que em fim, fechei esse contrato, já não via a hora de fazer essa aliança, que há anos eu sonhava, será perfeito para os meu negócios, e é claro que pra eles tbm. As empresas Almond's tem contrato com os portos da Europa, e como isso eu também terei depois desse acordo.

Saio da minha sala, indo em direção elevador, e uma menina esbarra seu brinquedo na minha perna, e não sei porque de imediato vem aquela garota no meu pensamento. Aqueles olhos verdes não saiam da minha cabeça, quem será essa menina?

Entro no estacionamento, entro no meu carro, um Audi, um dos carro mais seguros do mundo, e vou em direção a minha casa, no meio do caminho, sinto um solavanco e percebo que o meu pneu furou.

Saio do carro e decido chamar um reboque, pq parece que o aro está amassado. Enquanto espero o reboque, entro em uma lanchonete e me sento. Não costumo entrar em lojas de conveniência, mesmo eu tendo todo um império eu não tenho problema em ir a lugares mais simples, mas eu vivia em uma correira, então, eu só ia onde me permitia completar meu trabalho, mas alguma coisa me fez entrar ali. E eu jamais imaginaria que entraria a mesma garota que pela manhã me esbarrou com a cadeira de rodas. Ela está servindo uma mesa.

Entro e me sento de costas pra ela, e ela vem em minha Direção, e me pergunta oq eu vou querer.

E sem saber o pq eu respondo Água!

ela se retira e logo em seguida me trás a água.

Mesmo de costas eu consigo vê-la pelo reflexão das portas de vidro. Ela parece um anjo, mas seu rosto esta abatido, ela se move com uma certa delicadeza, como quem estivesse com dor, e eu não sei o pq mas me sinto mal por imaginar que ela esteja sentindo dor.

Consigo ouvir sua conversa com seu chefe e me parece que algo a feriu mto, pq enquanto fala em seu olhar da pra vê dor e sofrimento. Ouvi ela dizendo que já está bem, e que ficará melhor longe dele. Isso me deixa em alerta. Será que é um ex namorado? Ele a batia? lhe machucava? Eu não entendo o pq mas meus punhos se fecham e sinto uma raiva arder em meu peito e eu não consigo entender oq está acontecendo comigo.

Logo depois ela se despede do seu chefe e sai com a amiga.

Enquanto eu ligo pro seguro eu tbm ligo pro meu motorista e vem me buscar. E saímos dali.

Fui direto pra minha cobertura. Moro em um dos prédios que tenho. São mais de 30 andares, e a cobertura tem uma garagem privativa e um elevador que me leva direto pra minha cobertura.

Entro e vou direto pro bar, me sirvo um copo de Whisky e fico lembrando do olhar daquela menina, isso me dá uma tristeza que logo se transforma em ódio. lanço o copo no canto e vou pro banheiro. Tiro minha roupa e me entro no chuveiro e me permito ficar uns minutos me recompondo e tentando entender esses sentimentos sem sentidos. Saio, visto um roupão e me jogo na cala me permitindo adormecer logo em seguida.

MELINDA

Enquanto falo com Erick, observo o homem engravatado que estava sentado na lanchonete, ele não me parece estranho. Saio do trabalho e vamos andando em direção a casa da Emily, que agora será a minha casa até que eu consiga me resolver.

Chegamos, e tia Maria está arrumando a mesa do jantar, e vamos tomar banho pra jantar. Jantamos e eu ajudo Emily a limpar a cozinha e depois sentamos no sofá pra assitir um filme e ficamos conversando, e quando dou por mim estamos todas cochilando. levanto chamado elas pra irem pros seus quarto e sigo pro meu.

Me permito dormir e tirar do meu corpo todo o peso que tenho carregado. E choro, com uma dor que eu nem sabia que sentia. Minha mãe morreu ao me dar a luz, todos diziam que ela era linda, e uma pessoa maravilhosa. Meu pai tbm não era essa pessoa que é hoje. Dizem que ficou assim depois que minha mãe morreu. Me lembro de uma vez ele me falar que minha mãe era de boa família, que largou tudo pra ficar com ele, algo sobre uma multinacional, não me lembro bem.

Mas a única coisa que sei, é que eu não tenho culpa na morte dela, e não sei pq ele me odeia tanto.

Estou decidida a recomeçar a minha vida, vou voltar pra faculdade que ele me fez largar, no 4° período de Direito, sonho em ser uma grande Advogada, e vou lutar pra me tornar.

Me mexo na cama e sinto uma dor nas costelas, me levanto com cuidado e vou tomar um remédio e novamente vem a minha mente aquele homem.

Volto a deitar e adormeço.

PASSADO UNS DIAS

Pela manhã levanto, faço minha higiene e tomo um banho, me arrumo e vou pra cozinha.

Tia Maria já está de pé, fazendo um café.

MELINDA- Bom dia tia! -falo dando um beijo na cabeça dela.

Maria- Bom dia minha filha, vc está bem?

MELINDA- Sim tia, estou melhor. Vou te ajudar a arrumar a mesa pro café

Maria- Pq acordou tão cedo menina, poderia ter descansado mais.

MELINDA- Ah não tia, eu vou sair antes de ir pra loja, preciso resolver uma coisa. Vou voltar pra faculdade, vou tentar novamente a minha bolsa, ou se não conseguir pelo menos um desconto. Agora que estou longe dele, quero recomeçar a minha vida.

Maria- Ah minha menina, que coisa boa, eu te dou todo o apoio e se precisar de ajudar pode contar comigo sempre. Eu sei que vc vai conseguir.

- fala colocando o restante das coisas na mesa e se sentando ao meu lado.

Tomamos café e vou limpar a cozinha. Volto ao quarto pego minha bolsa, tomos os remédios e vou em direção a porta até ouvir tia Maria.

Maria- Que Deus te abençoe e te guarde e te ajude!

MELINDA- Amém!

Saio e vou em direção ao ponto de ônibus, e vou pra universidade. Ao chegar lá converso com o reitor que prontamente entende o meu problema e me devolve a bolsa, por eu sempre ter tido ótimas notas. Saio de lá radiante e vou pro trabalho.

Chego no trabalho e o dia transcorre normalmente, atendo uns clientes, faço conferência de mercadoria e finalizo o caixa.

Vou pra casa sozinha, pq hoje era folga da Emily e amanhã será a minha, e vou aproveitar pra sair e comprar algumas coisas que vou precisar pra faculdade.

chego em casa e Emily está animada, dizendo que quer sair pra de divertir. Eu conto que consegui minha bolsa de volta, e ela ligo de anima.

EMILY- Amiga vamos, vai ter inauguração de uma boate hoje, e eu consegui duas entradas, vamos comemorar?

MELINDA- Ah não! tô cansada e amanhã tenho que acordar cedo pra resolver umas coisas.

Emily- Nada disso, vc vai sim, pode ir se arrumar.

Minha amiga é doidinha, eu digo que ela é a parte doida que me completa e eu sou a parte sã dela kkkk

ela me vence pelo cansaço sempre.

MELINDA- Tá bom, tá bom! vc venceu. Mas, eu não vou ficar até tarde.

Emily- Tá ótimo amiga, só de vc sair de casa já está ótimo. Vamos nos Arrumar.

MELINDA- Tá bom. calma.

Me arrumo, passo uma maquiagem de leve.

Melinda

Emily

Saímos do quarto ao mesmo tempo e fizemos juntas.

- NOSSA VC TA LINDA! - E caímos na risada.

Emily- Amiga os homens vão te comer com os olhos

MELINDA- Para de graça Emily, eles vão te comer isso sim. kkkk

Emily- Amiga é sério, vc tá linda, pode até arrumar um boy hoje se quiser.

MELINDA- Tá doida? E por acaso eu tô procurando homem ? Eu heim, vamos logo. RS

Emily- Procurando não tá, mas que vai achar, isso vai kkkkk

Elas vão rindo até a sala e Tia Maria estava sentada vendo tv,

Maria- Como vcs estão lindas, meninas cuidado heim, por favor. E se não forem voltar me avisem.

Emily- Claro tia kkkk

MELINDA- Que isso tia! Claro que vamos voltar- Falo beliscando Emily que faz cara de choro.

Maria- Tá Bon, se divirtam, eu na idade de vcs beijava mto, mas cuidado heim - fala dando uma risadinha.

MELINDA- Tia Maria, que isso?

Emily- Tá vendo, assanhadinha essa velha ai kkkkk

tá bom tia, benção.

MELINDA- Benção tia.

Maria- Deus abençoe vcs!

Vamos até a esquina e pegamos um táxi. E paramos na entrada da Boate, que já estava cheia, e os seguranças vendo nossas pulseiras nos deixam entrar logo de cara. Ainda não sei como Emily conseguiu essas pulseiras.

MELINDA- Amiga tá mto cheio, vamos até o bar?

Emily- Vamos sim.

Caminhamos até o bar e pedimos 2 drinks, um com e outro sem álcool. Pq eu não costumo beber. Não gosto, não sei, tenho medo de ficar igual ao meu pai. Pensar isso me dá um arrepio.

Emily- Que foi Amiga, tudo bem?

MELINDA- Claro, tudo bem! Vamos dançar ?

Emily- Claro, hoje vou me acabar kkkk

Vamos pra pista e começamos a dançar, e derrepente, sinto uma mão na minha cintura, olho pra trás e não reconheço quem é.

Homem- Oi princesa, tá sozinha?

A voz dele me dá arrepios, medo e calafrios.

MELINDA- Não, tô com uma amiga- Olho pro lado e Não vejo Emily.- Me solta por favor. Eu não quero mais dançar.

Homem- Ah quer sim, vamos, dança cmg. - Fala passando a mão nas minhas costas e segurando meu rosto.

MELINDA- Eu tento o empurrar, mas não consigo, e sinto ele falando no meu ouvido.

Homem - Vai dançar comigo sim, ou te arrasto daqui pelos cabelos e te faço minha lá fora.

MELINDA- Me solta eu não quero- Quando digo, sinto uma coisa pontuda, me fura na costela. Me levando pra fora da boate.

Eu já entro em desespero procurando Emily, que quando olho está beijando um carinha.

O homem Me leva pra fora da boate e me arrasta até um beco perto de uma outra entrada.

MELINDA- Por favor não me machuque. Eu não fiz nada, por favor. - Falo já entre lágrimas implorando.

Homem- Não fez? Tava a noite toda com esse vestido dançando sexy, provando todos e acha que não fez nada. Mas eu quero provar dessa delícia. - Fala levantando meu vestido e beijando meu pescoço,

Eu começo a me debater e chorar e gritar, e nada dele parar. Me sinto agoniada e tento empurrar ele, mas ele bate a minha cabeça na parede com força, e me manda calar a boca

Homem- Porra de mulher arredia, puta gostosa, vou te fazer minha. - E dá um tapa no meu rosto e sinto o sangue na boca.

Estou ficando tonta. E não tenho mais forças pra lutar, tenho a certeza que ali será meu fim. Achou eu vou desmaiar.

Homem- Não desmaia não sua puta, quero vc bem acordada e pedindo pra eu te fuder. Acorda sua puta- Um tapa no meu rosto.

Enfia a mão na minha intimidade e me penetra com um dedo. A essa altura, eu só sei pedir a Deus pra que acabe logo.

Ele rasga meu vestido e Morde meu peito. Eu me mexo com a dor e ele bate novamente minha cabeça na parede. E sinto que vou desmaiar, mas antes eu ouço uma voz.

Homem 2- Solta ela seu merda! - E apago, ali mesmo, sentindo meu corpo, perder as forças e ir caindo ao chão.

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