Angelina Bianchi
- esse sem dúvida foi o pior dia da minha vida....
Falo pensando alto...
- aquele arrogante, metido a besta pensa que com dinheiro pode se comprar qualquer coisa....nem se eu estivesse sobre tortura aceitaria ficar com alguém por dinheiro...
Falo entrando em casa com meus pés latejando de tanto andar e com cuidado para não acordar ninguém.
Acendo a lanterna do meu celular e vou em direção ao meu quarto, abro silenciosamente a porta, coisa que é quase impossível de evitar e entro. Me jogo em cima da cama e lembro da discussão que tive com minha mãe um pouco antes de sair...
-SUA INGRATA... VOCÊ DEVERIA SUMIR IGUAL SEU PAI FEZ...NEM UM DOS DOIS VALEM UM CENTAVO VIVOS... ESPERO QUE ELE NAO VOLTE PARA CASA!
Ela gritava aos quatro ventos. Como ela disse meu papai não havia retornado para casa no fim de semana, não que isso fosse novidade, mas na maioria das vezes ele sempre retornava no domingo à noite ou na segunda de manhã, e até agora nada e como sempre sobrou para mim.
Fui no quarto dos meus pais abrir a porta devagar e ele ainda não havia chegado. As lágrimas começaram a cair, eu poderia realmente sentir que algo havia acontecido. Fui no quarto da Sarah e a mesma dormia pesadamente. Voltei para a cama, mas o sono demorou a aparecer. Quando estou quase pegando no sono meu celular toca, um calafrio invade meu corpo.
- alô
Falo com a voz trêmula.
- alô, por favor, um dos familiares do senhor Alberto Bianchi!!!
Minhas pernas tremem....
- sim, sou a filha dele.
-o senhor Alberto deu entrada aqui no hospital nessa madrugada, ele precisa urgentemente fazer uma cirurgia pois ele sofreu um traumatismo craniano e algumas lesões graves.
As lágrimas rolam sem cessar...
- precisamos de uma autorização da família e o valor para a cirurgia, desculpa a indelicadeza, mas o caso do seu pai é muito grave....
- sim moça, pode fazer...chego aí em alguns minutos qual é o hospital?
Ela fala o endereço, pego minha bolsa e vou avisar a minha mãe, no início ela pareceu meio frustada, mas logo em seguida se mostrou preocupada. Avisei Sarah o que havia acontecido e saímos. Chegamos uns 40 min depois. O hospital se localizava no lado nobre da cidade uns dos maiores de NY . A recepcionista nos disse que a cirurgia duraria em torno de umas quatro horas e que enquanto isso poderíamos aguardar na sala de espera.
Andava de um lado para o outro, aflita e com medo, já sem passaram seis horas e nada de notícias. Meu rosto estava vermelho inchado já não havia mais lágrimas, minhas mãos suavam, vários calafrios passavam pelo meu corpo.
- Senhora Bianchi?
O doutor aparece cansado!
-sim, sou eu !
Minha mãe fala se levantado da cadeira onde dormia.
- prazer sou o doutro Reinaldo Albuquerque, a cirurgia demorou mais que o esperado, mas no fim deu tudo certo, fizemos uma craniotomia para drenagem da contusão e correção das fraturas e afundamentos. Foi preciso induzi- lo ao coma e por isso ele não vai acordar tão cedo, ele vai ficar assim até acharmos conveniente.
Levo as mãos na cabeça e vou descendo até sentar no chão não sentindo as pernas, fico ali imóvel.
- e o que aconteceu para ele ter chegado a esse estado?
Minha mãe pergunta fria.
- pelo que os paramédicos falaram, eles o encontraram em um lugar distante da cidade, pelo que parece ele se envolveu em um briga, mas só o laudo irá disser ao certo o que realmente aconteceu. Com licença.
Ele sai nos deixando sozinhas.
- com licença
Uma moça muito elegante aparece .
- sou do departamento do RH, gostaria de me acompanhar para falarmos dos custos da cirurgia e do tratamento.
Minha mãe me olha. eu levanto devagar tentando adquirir forças e sigo a tão simpática senhorita, que poderia ter esperado ao menos o choque passar para falar de dinheiro.
- bom senhorita esse é o valor da cirurgia e esse é o valor do tratamento que seu pai precisará enquanto estiver aos nossos cuidados..
São tantos zeros nunca antes visto na minha vida!
- mas senhorita eu não tenho como pagar esse valor, é é...
Começo a chorar novamente ...
- infelizmente é esse o valor....
Ela fala indiferente.
- Tudo bem...tenho que sair, mas volto em alguns minutos ...
Penso rápido na proposta do senhor Christian Hofmann... Terá que ser isso...Oh senhor, me ajude que ele ainda me queira! Saio rapidamente sem falar com ninguém e vou em direção a empresa.
Chego alguns minutos depois. Ainda é cedo e os funcionários não havia chegado, mas tinha quase certeza que ele já estava lá. Aperto para o último andar e lá vou eu, respiro fundo e bato na porta!
- entra!
Ele parecia que já me esperava. De costas para mim e em frente para a enorme janela de vidro ele admirava a paisagem estava ainda mais formal e com a voz gélida. Poderia sentir que a empatia aqui passaria longe!
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Crystal Crys
NINGUÉM Merece ...
Agora é "Embrulhar e Guardar" o danado do "Orgulho" e ver se a proposta do chefe ainda esta de PÉ...
Pobre SÓ se Lasca!!!
2022-05-19
239
Edmea De Paula
Sabia q algo ia acontece rsrsrrs
2023-10-24
7
Ana Carla Bertolino
não tem imagens
2023-09-19
0