O Amor Que Você Desprezou

O Amor Que Você Desprezou

Capítulo 1

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⚠️Minhas histórias são sobre mocinhas frágeis e sonhadoras que esperam seu príncipe encantado. Se você gosta de histórias assim, fique à vontade!

Boa leitura!

Sinopse

Nina sempre foi desprezada pelo pai por ser filha da empregada. Um fazendeiro rico de família tradicional que não suportava a ideia de ter uma filha bastarda. Agora ele a obriga se casar com um estranho como pagamento de uma dívida. Só que esse estranho é apaixonado por sua irmã Catarina que é a filha legítima.

OTONIEL MONTENEGRO

LAURA MONTENEGRO

ROSA

TOBIAS

Capítulo 1

A OUTRA MÃE

O ano é 1993. Era noite. Por volta das 21 horas. Laura sacudia sua filha que chorava copiosamente. Ela já tinha tentado de tudo para fazê-la parar. Trocara a fralda, amamentara, até um remedinho para cólica a menina tinha tomado.

— O que você tem, meu amor?

A criança parecia estar sendo influenciada pelo estado emocional da mãe que esperava aflita a chegada do marido. Este tinha ido até a capital em companhia de Rosa, Tobias, o capataz e a filhinha recém-nascida de Rosa. Foram fazer um exame de DNA.

Rosa era a empregada da casa. Tinha passado toda a gravidez escondendo a identidade do pai da criança, mas pouco tempo depois do seu nascimento, revelou que o pai de sua filha era o patrão, o senhor Otoniel Montenegro. Este ficou furioso, quase matou a pobre mulher. Ela, porém, jurou à sua patroa, depois de muitas lágrimas e pedidos de perdão, que estava falando a verdade. Laura optou por esperar a confirmação do exame antes de tomar qualquer decisão sobre a criada. Rosa era filha da babá de Laura, Francisca - Tia Chica, como Laura a chamava, por quem ela tinha muito apreço. As duas, Laura e Rosa, cresceram praticamente juntas. Rosa era um pouco mais velha, mas as duas sempre se deram bem.

Sempre fora tomado o cuidado de manter certa distância, afinal, Rosa era filha da empregada, mas isso nunca foi impedimento para que as duas meninas se considerassem amigas. Quando Rosa estava mocinha, Dona Francisca, pouco antes de morrer, pedira que não deixassem a filha desamparada.

— Por favor, cuidem da minha menina por mim! Rosália não tem mais ninguém nesse mundo! — pediu ela com voz fraca já em seu leito de morte.

Dona Antonina, mãe de Laura, atendeu ao seu pedido com muita satisfação. Rosa passou a ver em Dona Antonina não somente uma tutora, mas uma verdadeira mãe. Laura incomodou-se com a aproximação das duas e, aos poucos, afastou-se de Rosa. Percebeu uma mudança muito grande nela, mas nunca sequer chegou a comentar sobre isso, guardando apenas para si, pois tinha receio de aborrecer sua mãe e também porque achava que se tratava apenas de um ciúme bobo.

Mas a admiração de Rosa pela mãe de Laura sempre fora muito evidente e recentemente ela surpreendera a todos anunciando que sua filha iria se chamar Antonina, em homenagem à sua protetora.

Laura, que também estava prestes a dar à luz, não gostou nada da escolha do nome, pois esse seria o nome de sua filha. Rosa sabia disso e Laura encarou o ocorrido como uma afronta, mas não quis se desgastar com isso. Acabou batizando sua filha de Catarina, o nome de sua outra avó, mãe de Otoniel.

Rosa era morena clara de cabelos ondulados meio ruivos, olhos grandes e curvas arredondadas. Até que era bonita, mas muito xucra. A ligação que havia entre elas desde sempre fazia toda a situação ficar pior. Era uma traição dupla. Seu marido envolvido com a empregada que ela julgava ser sua amiga!

“— Não pode ser verdade! Não pode ser verdade! ” — pensava Laura.

Ela tentava não transparecer, mas estava arrasada. Aquela revelação acabou por abalar ainda mais o seu casamento que já não estava muito bem. A única coisa que a mantinha com os pés no chão era a dedicação à sua filhinha Catarina. A alegria da casa. Ela tinha apenas três meses e era poucos dias mais nova que a filha de Rosa.

A menina finalmente parou de chorar e adormeceu. Laura ouviu o barulho do carro chegando. Seu coração disparou. Colocou a criança no berço e desceu as escadas do casarão muito ansiosa. Ela sempre andava bem vestida, mesmo dentro de casa. Os cabelos castanhos, quase loiros, sempre bem alinhados em um corte Chanel. Tinha o rosto delicado, a pele branca bem tratada e olhos castanhos vívidos. Era sempre muito ativa. Apenas a sua presença era capaz de alegrar a casa. Pouco mais de trinta anos. Sua postura elegante demonstrava que ela tinha sido educada com regras de etiqueta. Também se dedicou às lições de francês, inglês e piano, entre outros privilégios de famílias ricas. Qualquer que fosse o resultado do exame, ela reagiria com discrição.

Otoniel adentrou a casa com um envelope na mão. Pela sua expressão, não era necessário analisar o seu conteúdo. Laura o olhou com tristeza ainda do meio da escada.

Ele fechou os olhos lentamente em confirmação. A menina era mesmo sua filha. Rosa entrou com a criança no colo e de cabeça baixa. Não se atreveu a olhar para a patroa. Laura meneou a cabeça negativamente, lutou contra um choro que insistia em lhe dominar, deu meia volta e subiu as escadas apressadamente, enquanto Otoniel a chamava sem sucesso.

— Laura! Espera! Laura!

Ele virou-se para Rosa e ordenou: — Vá para o seu quarto!

Ela obedeceu prontamente.

— Sim, senhor!

Otoniel era o típico fazendeiro rico de quase quarenta anos. Novo ainda, mas já era cafeicultor, pecuarista, influente político, muito famoso naquela região. Trazia resquícios do coronelismo no trato com os empregados e na maior parte do tempo estava de mal humor. Trajava sempre roupas típicas de fazendeiro. Botas, chapéu, calça jeans, relógio de ouro e mantinha sempre um bigode imponente. Seus olhos negros lhe acentuavam seu ar autoritário. Era um homem bonito. Se apresentava como homem de conduta ilibada e exemplo de moral diante da sociedade. Um filho fora do casamento poderia acabar com sua reputação. Mas ele estava mais preocupado com Laura do que com sua reputação no momento. Apesar do problema recente Era algo que não se podia negar, ele amava sua esposa.

Laura jogou-se em sua cama e chorou tanto que quasese afogou em suas lágrimas.

“— Malditos! Como se atreveram? Debaixo do meu nariz! Na minha própria casa! ”

Otoniel abriu a porta devagar e ficou de coração partido de vê-la tão triste.

— Meu amor! — Chamou ele hesitante.

Ela sentou-se enxugando as lágrimas, mas não disse nada. Ele meio hesitante, propôs:

— Precisamos conversar...

— Agora não! Não consigo raciocinar direito! — falou ela entre soluços.

Ele tentou abraça-la, mas ela o rejeitou. Levantou-se e se recompôs.

— Laurinha, mas nós precisamos conversar! Não gosto de te ver assim!

— Otto, não quero ouvir suas desculpas! Nada do que você disser vai mudar o que aconteceu e... Eu não quero falar sobre isso agora!

— Mas...

— Otto, por favor!

Catarina acordou e começou a chorar.

— Eu tenho que cuidar da menina. Amanhã conversamos. Vou dormir no quarto dela. — avisou.

Otoniel não se opôs. Assistiu Laura deixar o quarto e jogou-se na cama exausto.

No outro dia a rotina da casa começou normalmente. Otoniel acordava muito cedo e fazia muitas coisas antes de tomar um café reforçado. A Fazenda Montenegro era bem movimentada. Muitos funcionários trabalhavam na produtividade da mesma. Desde o trato com os animais até ao plantio de café e milho, era tudo cuidado com muito esmero. Localizada no município de Jaguariúna. Era uma fazenda muito famosa naquela região.

O capataz, já estava a postos para mais um dia cheio de tarefas. Tobias era o braço direito do Sr. Otoniel. Ele era um homem novo ainda, mas muito simples. Tinha um sotaque carregado do interior e estava sempre sorrindo. Também era muito eficiente e prestativo. Era evidente que ele amava o seu trabalho. Mais do que isso. Ele amava a vida no campo.

Tobias passou as informações do dia para o patrão, que lhe deu algumas ordens, as quais ele se prontificou em cumprir o mais rápido possível. Depois de anotar algumas coisas no seu caderninho, Tobias franziu a testa e perguntou cautelosamente:

— Está tudo bem, Patrão?

Otoniel fez um cara meio desanimada.

— Por enquanto, sim! — respondeu aparentemente tranquilo, mas sem muita expectativa.

Tobias sabia de todo imbróglio em que seu patrão tinha se metido. Ele tinha o acompanhado até a capital juntamente

com Rosa. Fora seu motorista durante os dias em que ficaram por lá. O exame que ficaria pronto em dez dias acabou saindo em três.

— Se precisar de alguma coisa é só falar, patrão! Agora eu vou indo. O Camilo segurou as pontas nesses dias, mas tem muita coisa pra fazer!

— Sim, daqui a pouco eu desço lá!

Rosa acabara de colocar a mesa do café da manhã. Catarina já estava sob os cuidados da babá. Laura, depois de lhe passar as instruções do dia da menina, preparou-se para enfrentar os problemas. Desceu calada, mas agindo normalmente. Sentou-se à mesa em seu lugar de sempre e pediu à Rosa que a servisse.

— Sim, senhora! — disse ela indo até a cozinha lhe trazendo um bule de café quentinho.

A mesa estava farta como sempre. O cheiro dos quitutes próprios de fazenda invadiam toda casa. Rosa era uma boa cozinheira. Todos elogiavam sua comida. Estava sempre disposta e sorrindo, mas nesta manhã agia de forma diferente. Estava tensa e distraída. Deixara as broas passarem do ponto, queimou meia dúzia de ovos e esquecera de colocar fermento no bolo que não cresceu. Estava com muito medo de ser mandada embora. Seu semblante denunciava que passara a noite chorando.

— Onde está a sua filha, Rosa? — perguntou Laura. Rosa a olhou como se ela fosse a juíza de um tribunal.

— A... Ainda está dormindo, Se...senhora!— gaguejou ela muito tensa.

Laura a encarou curiosa e perguntou:

— Ela é saudável?

— Quem? A Nina? — Perguntou Rosa desconcertada.

Laura sorriu.

— Nina! Você a chama assim? – Observou ela.

— Si...sim! Eu gosto de chamar ela assim...

Rosa apertava um pano de prato entre suas mãos, muito nervosa. Laura percebendo o estado da moça a acalmou:

— Pode ficar tranquila, Rosa! Eu não vou fazer nada contra você. Vou manter a palavra da minha mãe e também te devo muito por ter me ajudado no parto da Catarina, não é mesmo?

Rosa respirou aliviada, mas não estava muito segura das intenções da patroa. Continuou a organizar a mesa desnecessariamente. Laura retomou a pergunta de antes:

– Então, a Nina é saudável?

— Bom, eu acho que sim! – Respondeu ela com receio de falar alguma bobagem.

Os conhecidos passos do Otoniel foram ouvidos. Ele chegou pigarreando, interrompendo a conversa. Ocupou a cabeceira da mesa, cumprimentou com um frio bom dia edesemborcou sua xícara. Rosa apressou-se em servi-lo também. Os três trocaram olhares desconcertados.

— Sente-se, Rosa! — ordenou Laura, apontando a cadeira lateral esquerda.

— O que? — perguntou ela surpresa.

— Disse para se sentar! — falou Laura calmamente.

— Mas senhora...

— Ainda não entendeu? — perguntou Laura aumentando o tom de voz.

— Laura... — protestou Otoniel.

Laura se apossou de um sorriso irônico.

— Quero falar com os dois! — disse ela intercalando o olhar entre um e outro.

Rosa se sentou devagar, mas permaneceu calada.

— O que vocês estão pensando em fazer para resolver essa situação? — perguntou Laura sem rodeios.

Rosa olhou para Otoniel com olhar enviesado, mas permaneceu calada. Ele encheu os pulmões e falou meio inseguro:

— Estou pensando em mandar a Rosa pra Minas Gerais. Eu tenho um amigo que tem uma fazenda de café bem produtiva. Ela vai ser bem útil por lá.

Rosa levantou o olhar assustado como se quisesse protestar, mas não disse nada. Laura franziu a testa.

— Ela poderia criar a menina lá e eu não deixaria faltar nada a elas! — completou ele.

— Fazenda de um amigo? — perguntou Laura com indignação.

— Isso! Bem longe da língua maldosa dessa gente! — acrescentou com voz pastosa por ter acabado de abocanhar um pedaço de bolo solado — Esse bolo está horrível!

— Desculpa, senhor! E que faltou fermento! — Justificou-se Rosa.

Laura colocou os cotovelos sobre a mesa e cruzou as mãos apoiando sua testa como se fizesse uma oração. E levantando o olhar em direção à Rosa, perguntou:

— E você, não diz nada?

Rosa não se atreveu a encarar a patroa, mas respondeu:

— Eu... Eu aceito o que vocês decidirem!

— Então está decidido! — decretou Otoniel.

— De jeito nenhum! Eu não vou permitir isso! — gritou Laura.

— Mas meu bem! Eu...

— Não me chame de meu bem! — ralhou ela com voz esganiçada.

Ela se recompôs e abaixou o tom da voz.

— Você vai assumir a filha da Rosa! A sua filha!

— De jeito nenhum! Eu não vou sair por aí mostrandoa todos que tenho uma filha bastarda! — irritou-se Otoniel.

Os dois começaram a discutir, enquanto Rosa permanecia calada apenas reagindo à discussão com expressões faciais. A filha de Rosa começou a chorar. Eles param de falar ao ouvir o choro da criança.

— Traga a menina aqui! — ordenou Laura.

— Sim, senhora! — respondeu Rosa levantando-se.

Ela voltou com a filha nos braços. A menina já tinha se acalmado e sugava uma chupeta. Laura estendeu os braços e pediu para segurar a criança. Ela olhou para a bebezinha e se compadeceu. Então disse com voz calma:

— De hoje em diante essa menina será minha! — declarou ela olhando para menina com encantamento.

— O quê? — perguntou Rosa.

— Que história é essa, Laura? — indignou-se Otoniel.

— Disse que de hoje em diante a Antonina também é minha filha! Nossa filha, pra ser mais exata! Vamos registra-la em nosso nome! E você vai assumi-la publicamente!

— Mas, senhora! — exclamou Rosa.

— Não se preocupe! Ela saberá que você é a verdadeira mãe e poderá até mesmo te chamar de mãe, Rosa! Mas só quando não estiver na minha presença, é claro. E na presença de estranhos também não. Pois, oficialmente, a mãe dela serei eu.... Eu sei que você ainda não a registrou por falta do nome do pai, então.... Vamos manter o nome: Antonina. Pra que fique claro que é pela memória dela, minha mãe, que eu estou fazendo isso!

— Eu não aceito essa decisão! — protestou o marido.

Ela o ignorou e continuou a falar:

— Ela vai crescer ao lado da irmã e nós vamos criar um ambiente saudável pras duas! Vão frequentar a mesma escola e serão ensinadas com princípios cristãos!

— Você deve estar louca! — gritou o Otoniel batendo o punho na mesa.

A menina se assustou. Laura balançou-a para que não chorasse dizendo palavrinhas de consolo. Em seguida falou:

— Essa é a minha condição pra perdoar o que vocês fizeram e passar uma borracha em tudo isso! Caso contrário, eu quero o divórcio!

— Laura, não seja dramática!

— Eu estou falando sério, Otto!

— Você sempre foi contra o divórcio. Nunca faria isso! — Quer pagar pra ver?

— Laura... Por favor!

— Essas são as minhas condições! Vocês entenderam? E vou repetir: Se não for assim, eu quero o divórcio! Um divórcio mancharia mais a sua reputação, não acha?

Otoniel mordeu a língua para não explodir de raiva. Em situações normais ele não deixaria ela falar com ele daquela forma, mas estava lhe dando um desconto devido às circunstâncias. Laura continuou:

— Você vai assumir essa criança, porque é isso que um homem honesto faz: Assume seus erros! E eu vou cria-la como minha filha, porque ficaria estranho ela te chamando pai e não me chamando de mãe na frente de estranhos. Imagine só! Começariam logo a fazer perguntas indesejadas e seria um constrangimento, principalmente para ela!

— Laura, você está se precipitando nessa decisão! Você vai se arrepender disso e acabar odiando essa menina! — aconselhou ele.

— De jeito nenhum! Eu vou cria-la com todo amor, como se fosse realmente minha! — declarou Laura e sorrindo para a menina, completou. — Afinal de contas, ela não tem culpa de nada. É tão vítima quanto eu nessa história! Nós vamos ser muito amigas! Eu tenho certeza! — e como se o bebê pudesse entender, perguntou: — Não é mesmo, Nina? Não é?

A bebê sorriu como se confirmasse.

— Mas senhora, isso seria estranho! — opinou Rosa finalmente. — não acho certo ela ser criada com os mesmos privilégios de sua filha! Se vocês nos derem um teto pra morar já tá bom. Ninguém precisa saber que ela é filha do... Do Sr. Otoniel. Eu posso falar a todos que ela é filha de meu ex noivo!

— Isso parece mais sensato! — concordou Otoniel.

— De jeito nenhum! — protestou Laura. — Ela tem direito de usufruir de tudo isso aqui tanto quanto a Catarina! Ela tem um pai e ninguém vai dizer que o pai dela é outro!

Rosa estava emocionada e agradeceu.

— A senhora é muito bondosa, dona Laura, mas eu tenho medo de perder minha filha! Tenho medo que se envergonhe de mim!

— Isso não vai acontecer. Vamos ensiná-la a ser uma boa cristã!

— Então eu poderei cuidar dela normalmente? — perguntou a moça com brilho nos olhos.

— Sim, Rosa! Ela é sua filha! Por Deus! Eu nunca a tiraria ela de você!

Rosa abriu um sorriso. Laura sorriu também e completou:

— Mas é como eu te disse: Ela saberá que você é sua mãe biológica e te respeitará por isso, mas a mãe oficial sou eu. Eu vou decidir tudo sobre a vida dela até ela ser maior de idade. Entendeu?

— Sim, senhora!

— Você não acha que está exagerando? — perguntou Otoniel impaciente.

— Você será o melhor pai que puder ser para ela! E ai de você se a tratar mal!

— Não conte comigo para paparicar essa bastardinha como você quer! Lhe darei comida e teto, mas nunca afeto!

— Que bom que você concordou! E não a chame de bastardinha! — Concluiu Laura.

E virando-se para Rosa disse:

— Então será assim: Ela terá um quarto só para ela que precisamos providenciar o mais rápido possível e também vamos comprar tudo que ela precisar. Roupinhas, fraldas, brinquedos... Ai, meu Deus! — Laura estava com lágrimas de felicidade— E pra começar, eu acho que ela fez xixi! Precisa tomar um banho, né, meu amor? — E entregando a menina para Rosa, disse: — Vai, meu bem, com sua outra mãe!

— Obrigada, Dona Laura! Muito obrigada! — Agradeceu Rosa meio constrangida estendendo os braços pra receber a menina.

Otoniel assistia tudo calado e meneando a cabeça negativamente, mas ao observar Laura tão empolgada e aparentemente feliz, concordou que talvez aquela seria a melhor solução, se resignou e desistiu de refutá-la. Ela que estava sorrindo, desfez o sorriso ao encará-lo.

— Você tem certeza que é isso que quer? — Perguntou ele.

— Sim! — respondeu ela secamente sentando-se para continuar o seu café, pois até então não tinha comido nada.

Otoniel respirou fundo e vendo que não iria ter sucesso em tentar uma conversa, informou quais seriam as atividades do seu dia, despediu-se e retirou-se.

Rosa foi para o seu quarto com Nina e depois de fechar a porta atrás de si, abriu um sorriso vitorioso.

— Ah, minha Nossa Senhora! — exclamou emocionada. — Minha filha vai ser criada como a princesa dessa casa! — e olhando para a menina — Parece até que é mentira, não é mesmo Nina? Eu nem acredito que eu consegui!

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Se quiser participar do grupo de leitura, mande um “Oi, quero participar do grupo!” para o número

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Comments

Cristina Santos

Cristina Santos

Otoniel é um infeliz abusador. 😡😡 iludiu e abusou da Rosa . Agora fica se fazendo de ofendido. Dada as circunstâncias nem podemos culpar a Rosa , pois à 31 anos atrás muitas mulheres eram abusadas pelos patrões.

2024-09-05

0

Hanah Oliveira

Hanah Oliveira

Dois sem vergonha isso sim!
Principalmente ele que é casado!

2024-07-05

2

Hanah Oliveira

Hanah Oliveira

pode ser!

2024-07-05

0

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Atualizado até capítulo 74

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