Já Chega! Não Te Quero Mais
...Atenção, queridos leitores:...
...Antes de embarcarem nessa história, tenho que lhes avisar que pode ter um conteúdo que talvez não lhes agrade....
...Sim, trata-se de uma história de amor, porém pode conter palavras chulas e descrição de sexo explícito....
...Não recomendo a menores de idade e nem a leitores sensíveis....
...Me sinto compelida a dizer que, se você não tem senso de humor, não consegue rir de coisas simples, só gosta de ler sobre as mesmas coisas e não aceita nada diferente, pare por aqui! Esse livro não é para você!...
...Dado o aviso, já podemos começar!...
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Carol
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" Para mim já chega! Não te quero mais!
Estou indo embora e não vou ser a madura daqui, não vou te desejar felicidades. Eu espero que sofra!
Eu espero que morra de saudades do café da manhã saudável que faço para você todos os dias e que tenha uma gastrite se empanturrando de doces.
Espero que todos esses doces e refrigerantes, que você costuma se empanturrar, façam efeito e você perca esse seu abdômen tanquinho e fique cheio de espinhas.
Espero que quando você trouxer a sua "Paola" para minha casa, sinta o meu cheiro em todo canto e "broche" com ela! Como eu sei que vai sentir? Sei porque eu borrifei meu perfume em tudo!
E se mesmo sentindo o meu cheiro, você ainda conseguir foder com ela, espero que perceba que eu sou muito mais gostosa e você fez um mau negócio me trocando.
Fê, quando eu sair daqui, pretendo responder as mensagens que seus amigos me mandam no privado e aceitar sair com eles. Só para você ficar com cara de pateta.
É isso mesmo que eu disse! Aqueles amigos que você tanto valoriza, na verdade estão doidos para furar o seu olho.
Já chega! Não te quero mais!
Eu vou embora e nunca voltar. Se quiser pode chamar a polícia para mim, prefiro a prisão do que passar a vida ao lado de um homem como você!
Carol"
Termino de ler mais uma vez o bilhete que escrevi, amasso e jogo no lixo. Quer saber? Eu não preciso dar explicações. Eu não quero nada mais relacionado ao Fê. Que se fodam ele, seus amigos e a sua "Paola Bracho".
Eu nem quero me encontrar com os amigos dele. Eles são horríveis assim como o Fê.
Aliás, uma coisa que aprendi é que ser rico é estar no meio da podridão. Nesses dois anos de casamento não conheci uma pessoa que prestava.
Quando eu sair daqui não quero mais um marido rico, quero um que seja pobre, muito pobre. Nós vamos ter uma vida simples, porém feliz.
Vocês devem estar se perguntando, o porquê da minha revolta? Bem vou contar.
Acontece que hoje é o meu aniversário de dois anos de casamento. Eu fiz um jantar todo especial, coloquei um vestido vermelho do jeito que ele gosta e fiquei o esperando. E ele apareceu? Não! Sabe onde ele está? Está jantando com a amante.
Já tem moscas voando sobre o jantar, a minha maquiagem está borrada de tanto chorar e agora acho que são umas três da manhã e ele ainda não apareceu. Acho que poucos restaurantes ficam abertos a essa hora, então ele deve estar fodendo com outra mulher no dia do aniversário do nosso casamento.
Sabe gente, Fernando, o meu Fê, nunca me prometeu amor, mas eu como sou idiota me apaixonei por ele. Achei que com o tempo ele também se apaixonaria, mas hoje cheguei na terrível conclusão que isso nunca vai acontecer.
Para entender a nossa história, vou ter que começar do início. Eu cresci em um lugar muito pobre em uma comunidade do Rio de Janeiro. Eu era tão pobre quanto a "Maria do Bairro", só não catávamos lixo porque meus pais eram muito orgulhosos.
Meu pai trabalhava vendendo pipoca na praia e o carrinho nem era dele, ele trabalhava para outra pessoa. Minha mãe dependia de conseguir alguns bicos como faxineira.
Quando eles saiam, me deixavam com a vizinha, que era uma cadeirante aposentada e também a minha madrinha. Ela cuidava de mim em troca de eu cuidar dela. Como não costumava sair, ela passava o dia todo assistindo a novelas e eu acabava assistindo também.
Comecei a amar as novelas e sonhava em um dia ser como a "Marimar". Sonhava que um dia iria aparecer um jovem bonito e rico que se apaixonaria por mim e me tiraria da pobreza.
Acabei crescendo com esse sonho, porém percebi que nenhum jovem rico iria entrar na favela em que eu morava.
Eu não sou feia, na verdade sou bem bonita. Tenho a pele morena, uso os cabelos alisados, que são compridos até a metade das minhas costas. Meus olhos são castanhos escuros e meus lábios carnudos. Sou do tipo que chamam de morena tentação, com o corpo curvilíneo com seios e bumbum redondinhos. Não seria difícil de um jovem rico se apaixonar por mim, pelo menos era o que eu pensava.
Apesar da minha boa aparência, quase ninguém me notava, pois meus pais sempre me vestiam com roupas largas e compridas. A minha madrinha me dizia que eles faziam isso por ter medo de algum traficante se apaixonar por mim.
Eu ficava em dúvida se era por isso, ou era porque minha mãe frequentava a igreja. Apesar que ela não era nada religiosa. Ia para o culto e dormia durante toda a pregação. Acho que só frequentava por causa dos almoços que ofereciam aos domingos, ao qual ela levava várias vasilhas plásticas e enchia com comida para levar para casa.
…
Depois que fiquei maior de idade, comecei a trabalhar para ajudar em casa. Arranjei um emprego na Gávea, que é um bairro em uma área elitizada da zona sul do Rio de Janeiro.
Lá eu trabalhava de garçonete em um restaurante que ficava em frente a PUC (Pontifica Universidade Católica). Nessa universidade só estuda gente rica e eu achava que com certeza, trabalhando ali, seria notada por um jovem rico. Bem… isso nunca aconteceu. Para pessoas ricas, pessoas com uniforme não tem rosto ou personalidade, são apenas prestadores de serviço.
Depois de um tempo, acabou que uma pessoa me notou e não foi um homem rico e sim uma garota, Nathalia.
Nath, que era como eu a chamava, tinha acabado de se mudar de Minas Gerais e estava tentando se enturmar, mas ainda não tinha conseguido. Ela frequentava o restaurante e por termos a mesma idade, 21 anos, ela acabou se aproximando fazendo amizade comigo, para ter com quem conversar.
Eu adorei, é claro! Ter uma amiga rica também é muito bom, pensei que depois de um tempo ela poderia me apresentar os amigos ricos quando se enturmasse.
Nath era bem patricinha, com os cabelos castanhos escuros, tinha a minha altura 1,65M, os olhos claros e a pele bem branquinha e delicada.
Depois do expediente ela me levava ao apartamento dela, geralmente conversávamos mas na maioria das vezes me pedia favores. Naquela época eu achava que isso era amizade, mas depois descobri que ela me tratava como se fosse sua serviçal.
Ficava me pedindo para fazer seus cabelos e suas unhas, lhe trazer água, lhe fazer um sanduíche… coisas assim. Quando começou a se enturmar com o pessoal da universidade, fazia questão de dizer a todos que eu era pobre e trabalhava de garçonete quando eu estava por perto.
Ela me chamava para sair com ela e me emprestava suas roupas, mas quando alguém se aproximavam de mim, ela fazia algum comentário deixando a entender que eu não fazia parte do grupo dos ricos. Era muita humilhação, mas eu aguentei porque ainda achava que um dia viveria um romance como das novelas.
Foi aí que Nath me fez a proposta.
Sabendo do meu sonho, ela me contou que iria se casar com um cara rico por um acordo que suas famílias tinham. Eu não sabia que em pleno século 21 ainda existia isso, mas pelo jeito, na alta sociedade ainda existe.
Disse que não queria, pois só viu o cara quando eles eram crianças. Me disse que ele era muito rico, porém era muito fechado e reservado. Não tinha nem redes sociais. Ela tinha medo de dar de cara com um homem muito feio e ter que casar com ele. Me disse que ele não sabia como ela era também e ia armar tudo para que eu me casasse com ele em seu lugar.
Aceitei, pois mesmo sendo feio ele poderia ser carinhoso e romântico e ainda assim eu viveria o meu romance. Além de tudo ele era rico. O que eu tinha a perder?
Ficamos planejando tudo por um tempo e eu acabei descobrindo que ela tinha um namorado gringo e que estava pensando em ir morar com ele na Suécia. Comecei a desconfiar que estava mentindo para mim, mas ainda assim continuei com o plano.
Chegou o dia do casamento e ela conseguiu alterar toda a documentação. Se o noivo assinasse aqueles papéis sem ler estaria se casando comigo e não com ela. Desconfiei, mas ela me garantiu que ele não leria.
No mesmo dia do meu casamento, ela foi embora para Suécia, me deixando sozinha com todo o plano. Me desesperei, isso estava me cheirando a coisa errada.
Vesti um vestido que cobria todo o meu corpo e fui conduzida até o altar. Chegando lá o noivo queria retirar o meu véu. Eu lhe dei um tapa na mão e todos olharam perplexos.
Ele me olhou fechando a cara e veio em minha direção, eu saí correndo. Percebi tarde demais que aquilo era uma armadilha. Porém, acabei tropeçando na saia do meu vestido e caí. Ele me alcançou e me puxou pelo braço. Quando me levantou, descobriu o meu véu e todos ficaram perplexos. Percebi que eles conheciam sim, a noiva.
.........
Pessoal, eu escrevi essa história com tanto carinho!
Por favor, me ajudem curtindo e comentando o capítulo!
Se tiver como deixar um voto ou um presente, ficarei muito grata!
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Atualizado até capítulo 49
Comments
HENEMANN- MEDEIROS. Henemann
Adooooroo 👏👏 quando vc solta essas palavras 😃 histórias é oque não falta aqui no AP, Bora começar a lê mais uma obra sua 🤩
2024-11-03
0
Adrielly Silva
eu amo essa história, lendo pela segunda vez
2024-11-03
1
claudia da silva
Mas também gente. Que mulher essa? Enganou o cara, quer o quê?
2024-10-22
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