Abri meus olhos com uma “puta” dor de cabeça, não lembrando com clareza o que aconteceu após Juan me salvar. Me vieram apenas alguns flashes, como nós dois caminhando de volta a pousada e ele me perguntando em qual número me hospedava.
Olhei a minha volta e percebi que não estava no meu quarto, virei para o lado e vi Juan deitado... Levei um susto do "caralho"! Meu coração quase saiu pela boca e, nada discreta, eu pulei da cama fazendo-o acordar.
Ele sentou na cama esfregando os olhos. Olhei para baixo e percebi que estava de roupão, passei a mão em meu cabelo e estava úmido, virei de costas para ele, abri o roupão e percebi que me encontrava nua... Dei um gritinho fechando rapidamente o roupão, virei-me para ele e perguntei:
– Você me viu pelada?
– Você parecia a garota do exorcista, vomitando para todo lado. Acha que eu iria te deixar dormir aqui fedendo? – falou isso dando um sorriso debochado. Que humilhação!
– Porque não me levou ao meu quarto? – perguntei desesperada.
– Eu tentei, mas você não falava nada com nada. Procurei a chave nos seus bolsos e não achei, então resolvi trazê-la para cá. Mas antes tive que lhe dar um banho. Estava péssima! Me agradeça! – falou presunçosamente!
– A gente não… Não… Não fez nada não é? – perguntei um pouco envergonhada. É claro que eu queria f*der com aquele gostoso, mas no mínimo eu deveria me lembrar.
– Bem que você queria! – disse rindo e eu arregalei os meus olhos – Ficou me chamando de gostoso e se esfregando em mim, – corei na hora – mas eu não faria isso, prefiro quando você estiver bem sóbria. – passou por mim indo em direção ao banheiro.
" Espera aí?! Ele disse que me preferia bem sóbria? Uffa! Ainda tenho chances!" Pensei.
Comecei a olhar para os lados tentando encontrar minhas coisas, mas como não consegui, perguntei:
– Onde estão minhas coisas? Minhas roupas e meu celular?
Juan veio até a porta do banheiro, com uma escova de dentes na mão, e me respondeu:
– As nossas roupas eu mandei para a lavanderia, além de você vomitar em si própria, acabou sobrando para mim! E seu celular está na primeira gaveta da mesinha ao lado da cama.
Abri a gaveta e lá estava meu celular. Tentei ligar, sem sucesso, descarregou totalmente. Eu tinha mania de guardar tudo na capinha, então tirei-a e lá estava a chave do meu quarto, minha identidade e algum dinheiro. Pois é, eu tenho essa mania nada segura, se eu perder meu celular, perco minha vida junto!
Juan me olhou, revirando os olhos e se antecipou:
– Eu nunca iria adivinhar que sua chave estava aí. Se eu soubesse você provavelmente teria acordado no seu quarto toda suja de vômito!
– Ok, já entendi que você foi o meu salvador e tal, mas como eu volto para o meu quarto? É perto daqui? – perguntei mostrando cartão com o número do quarto.
– Calma, deixa eu terminar de escovar os dentes que te levo lá. Ou você não quer que seus namoradinhos te vejam saindo do meu quarto, de roupão e com os cabelos molhados? Já sabe o que eles pensariam. – disse zombando.
– Eles não são meus namorados! – revirei meus olhos – São apenas uns garotos que eu tinha acabado de conhecer!
– Não parecia, você estava bem saidinha dando uns amassos nos dois.
– Olha eu estava bêbada, sem noção nenhuma! Se estivesse sóbria provavelmente não teria beijado ninguém! Espera aí, você estava me vigiando?
– Você não parece ser muito esperta, garota! Como sai pra beber com dois desconhecidos? Nunca te disseram pra não aceitar bebida de estranhos? Poderia ter acontecido algo pior! E você é uma convidada do meu amigo, se acontecesse alguma coisa a você poderia sobrar para ele, então eu realmente estava te vigiando. Vamos combinar uma coisa, não conta nada para ele ou para Paty, eles podem ficar preocupados. Não estrague as nossas férias!
Acenei com a cabeça concordando, ele colocou uma camisa abriu a porta e me esperou passar. Saí do quarto e fomos caminhando em direção ao meu sem dizer nada. Eu estava com muita vergonha, mas para a minha sorte parece que todo mundo estava de ressaca, não tinha ninguém nos corredores.
Chegamos ao meu quarto, nos despedimos e ele foi embora.
Entrei, deitei na cama e fechei meus olhos. Estava muito cansada, então acabei cochilando por um tempo até ser acordada por Paty:
– Levanta dessa cama, Selina! Vai passar as férias toda no quarto? Olha só o que eu ganhei?! – disse toda animada me mostrando um celular de última geração.
– Nossa, você se trancou com o Beto de ontem pra hoje e ganhou um celular caro. Volta pra lá e fica semana toda que eu acho que ganha um carro! – falei ironicamente.
– Ah sua engraçadinha, está com Inveja, é? Aprende a fazer um "belo boquete" que você ganha um também! E se eu prender aquele homem por uma semana, ele vai me dar uma mansão com três carros na garagem. – disse rindo presunçosamente. – Deixando a brincadeira de lado, nós estávamos só matando as saudades. O celular foi meu presente de formatura! Agora levanta daí que vamos curtir uma piscina!
– Tem piscina aqui? – perguntei surpresa, eu amo piscina.
– Claro que tem! Esse lugar é enorme!
Eu estava um caco, mas sabia que Paty não iria desistir de me tirar do quarto, então aceitei o seu convite. Até porque me dei conta que eu poderia tentar dormir lá na piscina.
Levantei me arrastando, fui até o banheiro, me olhei no espelho e eu estava péssima. Meu cabelo estava todo embaraçado e meus olhos com olheiras gigantes, parecia um Zumbi.
Tentei me animar e então me arrumei. Coloquei um biquíni preto, uma saída de praia branca, uns óculos escuros e peguei uma bolsa de praia de palha, coloquei nela protetor, canga e etc… Rápidamente já estava pronta.
Paty já estava arrumada, linda, como sempre! Vestia um maiô verde estampado e apenas uma canga laranja amarrada na cintura.
Saímos e fomos andando em direção a piscina. E em um certo ponto da caminhada, ouvimos uma voz me chamando. Olhei procurando e quando vi era o Rodrigo. Tentei disfarçar fingindo que não o conhecia, mas ele me alcançou:
– Selina! Selina, por favor, será que podemos conversar? Me desculpa por ontem? Eu estava fora de mim e realmente queria ser seu amigo. Por favor me perdoe!
Fiquei sem resposta e apenas continuei andando, fingindo "demência". Ele depois de perceber que eu não o daria atenção, desistiu de falar comigo e foi embora. Paty ficou me encarando:
– Parece que alguém andou aprontando. Desembucha Selina! Conte-me tudo e não esconda nada!
– Paty é só um garoto que eu conheci andando pela pousada. Nada demais! – menti.
– Hum hum… Tem coisa errada aí e você mente muito mal. Pode ir falando a verdade!
– Paty, eu não quero estragar as nossas férias com minhas bobagens!
– Ah então deve ser algo grave. Pode ir contando, mocinha!
Desde que começamos a morar juntas, Paty agia como uma irmã mais velha e eu não conseguia esconder nada. Então continuamos andando e eu fui contando dos garotos, da festa, do canto escuro, do Juan…
Chegamos na piscina, sentamos na espreguiçadeira e Paty se virou para mim e disse:
– Talvez não tenha sido uma boa idéia termos vindo. Eu sei que não sou uma boa influência e por isso você quase teve sua primeira vez de forma terrível… Eu não me perdoaria se alguma coisa acontecesse a você! – disse me olhando nos olhos.
– Ah Paty, não é pra tanto! Eu estou bem! Droga, eu só faço besteira! Juan mesmo me pediu pra não te contar nada e agora você vai querer ir embora!
– O quê? O Juan te disse pra esconder uma coisa grave como essa? Não gostei dele, pronto falei! Eu sei que você fica toda animadinha quando o vê e tá doida para sentar naquela "p#roca", eu te conheço! Mas a gente vai ter que achar outra opção para você, ele não merece tirar sua virgindade!
Bem nesse momento Juan e Beto apareceram do nada e eu não sabia se eles tinham ouvido a nossa conversa. Só de pensar que poderiam ter ouvido a Paty dizendo que eu queria sentar na "p*roca" do tal Juan, me deu vontade de me enterrar no chão, de tanta vergonha.
Paty percebendo desconversou e começou a falar umas coisas sem sentido e quase sempre lançava uns olhares de desaprovação para Juan.
Comecei a passar o protetor e Juan se ofereceu para ajudar, mas eu tive que recusar, não queria ver a ira de Paty sobre mim.
Deitei na espreguiçadeira fechei os olhos e acabei pegando no sono. Acho que dormi por umas três horas direto e quando acordei estava sozinha. Pois é, me abandonaram. Ainda bem que passei protetor antes, eu estava um pouco bronzeada, mas não estava vermelha.
Resolvi ir até a praia e ver um pouco o mar. Chegando lá, cobri a areia com a canga e me sentei contemplando a paisagem.
– Finalmente te achei! – disse Juan se aproximando e sentando ao meu lado – Isso é para você. – estendeu a mão com um copo com alguma bebida dentro.
Olhei para ele fazendo careta. Não queria ver bebidas alcoólicas na minha frente, nunca mais!
– Não tem álcool.– disse, percebendo o meu descontentamento. Aceitei o copo e dei um gole na bebida.
– Acho que nunca mais vou beber bebidas alcoólicas. Por duas vezes isso quase destruiu a minha vida.
– Já tinha acontecido antes?– me perguntou, olhando para o mar.
– Eu fiquei órfã, porque um idiota bêbado resolveu bater no carro dos meus pais. – nesse momento meus olhos ficaram marejados, falar sobre isso ainda mexia muito comigo. De repente eu me senti muito sozinha, abracei meus joelhos, tentando fazer aquele sentimento ir embora.
– Vem! – disse Juan, se levantando e estendendo a mão para mim. Eu não tinha nada a perder, então segurei em sua mão e o deixei me levar.
Ele parou na varanda da pousada, onde tinham várias redes, escolheu uma e se deitou. Segurou em minha mão me puxando para deitar junto com ele. Eu estava muito carente naquele momento, então me deitei.
Ele me abraçou e ficamos abraçados deitados na rede. Eu conseguia sentir o seu cheiro, a textura da sua pele, o calor do seu abraço e aquilo naquele momento estava me fazendo muito bem. Eu me sentia protegida em seus braços e era essa sensação que eu procurava desde a morte dos meus pais.
Se passou um tempo e eu não queria sair daquele abraço. Virei a minha cabeça para encontrar seus olhos, nos encaramos por um momento e nos beijamos. Eu nem me lembrava direito do meu, desastroso, primeiro beijo, mas aquele eu tinha certeza que iria lembrar para sempre. Juan era como um príncipe e seus beijos eram como se ele estivesse me salvando das garras da solidão.
Estava tudo bem romântico até que os beijos começaram a ficar quentes. Senti sua mão deslizando pelo meu corpo até que ele alcançou meu seio e apertou. Naquela hora eu confesso que fiquei com t*são, mas apesar de estar doida para perder a minha virgindade com ele, eu ainda tinha um pouco de receio. Então tirei a sua mão, olhei em seus olhos e disse:
– Sou virgem.
Ele deu um sorriso presunçoso e então me respondeu:
– Eu sei.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Deise diva
bem direta /Facepalm/
2024-10-24
0
Yamagutte Maria
Estou ansiosa 😓 para saber quem vai estupra ela
2024-10-14
0
Tânia Silva
O Ruan te salvou de ser violentada por 2 caras e a tua amiga ainda não gostou do que ele fez? Fala sério!
2024-10-05
4