— Não sei o que pode estar passando na sua cabeça para acreditar que eu vou permitir esse contato. — Maria Fernanda estava muito alterada.
— Você pode até ter suas razões, mas eu tenho meus direitos e ninguém tira os meus direitos! — Ele gritou.
— Você continua o mesmo louco, possessivo. Nunca vai persuadi-la. O que você quer? Iludir a menina e depois abandoná-la? — A mãe se deu conta dos olhos curiosos voltados para ela, certamente tentando assimilar as palavras, então buscou um autocontrole. — Venha, Dudinha, vamos procurar um táxi e ligar para seu pai. — Maria Fernanda andou apressada sobre o salto quinze, a filha estava presa a sua mão.
— Ele não é o pai dela, isso que é iludir. — Eduardo caminhou atrás.
— Minha perna está doendo — Dudinha reclamou em uma pequena corrida.
Maria Fernanda parou e se abaixou para pegar a menina no colo, mas Eduardo deu a volta nas duas e a sustentou primeiro, depois saiu apressado, carregando a filha na direção da sua caminhonete de luxo.
Quando Maria Fernanda o alcançou, ele já estava encaixando o cinto em Dudinha, no banco traseiro de sua l200 Triton.
— Sai da minha frente! — Ela o empurrou e soltou o cinto de segurança da filha. Eduardo não se conformou e se emaranhou com ela na porta do carro. Ele tentou fechar o cinto novamente.
— Se afaste da minha filha! — O grito de desespero da mãe fez Dudinha se encolher no outro lado do banco. — Venha, Maria Eduarda! — A mãe estendeu a mão, Dudinha se achegou para perto da porta e Nanda a colocou no chão.
— Apenas ofereci uma carona, não pretendo roubar a menina hoje. — Maria Fernanda agarrou a filha e Eduardo se deu conta de ter falado demais. — Eu jamais faria isso, só quero conversar. — Ele sentiu o desejo de esmurrar o próprio rosto.
— Estão brigando por mim? — Dudinha perguntou.
— Sei suas artimanhas, elas não funcionam mais comigo. Vou à polícia, você não vai chegar perto da minha filha.
Maria Fernanda pegou a filha no colo e se afastou para o outro lado da rua.
Eduardo estava ciente da veracidade daquelas palavras, pois nunca a viu tão decidida e firme. Anos atrás ela o enfrentava, mas ele a desmanchava quando olhava dentro dos seus olhos e oferecia um beijo quente. A sua raiva era exatamente por aquele motivo. Agora ela tinha o controle dos próprios sentimentos, ele não conseguiria mais manipulá-la.
— Não pense que vou facilitar as coisas! — gritou do outro lado, entrou em sua caminhonete e saiu disparado. Na estrada, deu vários socos no volante para tentar de alguma maneira liberar a raiva que sentia.
***
O táxi parou frente ao salão da igreja, Maria Fernanda estava trêmula, Dudinha permanecia calada, mas sua mente de criança trabalhava para compreender tudo. Do outro lado da rua estava estacionada a caminhonete de luxo. Eduardo tinha parado em um lugar estratégico e seguido o táxi.
Assim que viu Thiago na roda de pessoas, Maria Fernanda apressou os passos e o abraçou. Lutou para ser forte, mas Thiago a conhecia o suficiente para saber que algo estava errado.
Eduardo sentiu sua raiva aumentar assim que viu a família entrar no salão. Ele saiu disparado na pista. O destino? Um famoso bar da alta sociedade. Iria tentar acalmar a raiva que sentia com bebida e mulheres.
***
— Como você está? — Suelen e Maria Fernanda sentaram no sofá assim que Dudinha dormiu.
— Ele disse que vai pegar minha filha. — Maria Fernanda não conseguia apagar as palavras de Eduardo dos pensamentos. — Amanhã vou à polícia.
— Dudinha viu tudo?
— Tudo. Ela já estava sorrindo. Ele tem um jeito próprio de persuadir. Quer iludir minha filha. Trouxe um urso. Ele acha que pode chegar depois de sete anos, dar um urso de pelúcia para a menina e apagar tudo o que ele me fez e que afetou ela?!
— E ela já está lá, dormindo abraçada ao urso. Disse que é o amigo do pimpão — completou Suelen.
— Eu sei as táticas que ele usa, Dudinha é prova disso. Ele vai encher o coração da minha filha de promessas vazias, para em seguida, fazer minha pequena sofrer com sua falta de amor.
— Ele está fazendo isso para se aproximar de você.
— É evidente, ele quer me atingir e está usando a Dudinha para isso.
— Ele também estar vendo a mulher que perdeu. Deve estar louco de desgosto.
— Isso não me interessa, Suelen. Ele pode tentar o que quiser e só vai ter o meu desprezo. Vou dormir. — Maria Fernanda levantou e seguiu em direção ao quarto.
***
Na segunda feira, Maria Fernanda foi visitar as obras de perto. Ela, Dudinha e Suelen estavam perto das vitrines, quando avistaram a irmã de Eduardo caminhando com o filho.
— Luíza! — Suelen gritou.
A loira procurou a dona da voz e quando encontrou de onde vinha, analisou bastante as mulheres, mas logo lembrou o sorriso contagiante de Suelen, que não tinha mudado em nada.
Luíza se aproximou com um sorriso estampado nos lábios. — Vocês estão ótimas. — Abraçou as duas.
— É um prazer revê-la, minha amiga. — Maria Fernanda segurou a mão da ex-cunhada.
— Por que não me avisaram que viriam? Como conseguiram ficar ainda mais bonitas?
— Estamos sob efeito de Paris! — Suelen sorriu. — Mas o coração, garanto que permanece o mesmo. Vamos abrir uma loja de moda feminina na rua principal do shopping.
— Que notícia maravilhosa, meninas. Fico feliz em vê-las tão bem-sucedidas e lindas. Quando voltaram? O Edu já sabe disso?
— Já, e começou a me confrontar. — Maria Fernanda fez uma careta descontente.
— Ele não aprende. — Luíza observou Dudinha e a semelhança familiar chamou sua atenção. Maria Fernanda acabou percebendo. — Por que ela parece tanto com o... — A mãe deu sinal para Luíza parar. Ela se calou e abaixou-se frente à menina, analisando o rostinho e finalizando suas conclusões. — Qual o seu nome princesinha? — Alisou o cabelo de Dudinha.
— Maria Eduarda, mas pode me chamar de Dudinha. — A voz infantil de criança saiu firme — Ela lembrava Eduardo até na maneira de gesticular.
— Vem dar um abraço na tia. — A mulher abriu os braços e Dudinha olhou para a mãe esperando uma permissão.
— Abraça, filha, é a tia Lú, ela é uma amiga da maman.
Dudinha abraçou o pescoço da mulher, que não desmanchou o contato por um longo período.
— A tia está muito feliz em te conhecer, meu amor. — Luíza alisou mais uma vez o rosto de Dudinha.
— Você é bonita, Tia Lu. Esse menino é seu filho? — Olhou a outra criança ao lado de Luíza.
— Esse é o Luiz Felipe. — Luíza enxugou as lágrimas que formou em seus olhos. — Olha como ele é lindo. Vocês dois se parecem muito.
— Oi! — O menino correu para uma vitrine da loja de brinquedos mais próxima.
— Meus olhos são mais azuis que os dele.
— Dudinha gesticulou balançando o pescoço.
— Meu amor, vamos ali tomar um sorvete.
— Suelen segurou a mão de Dudinha. Precisava dar espaço para as duas amigas conversarem. — Encontro vocês daqui a pouco. — A morena carregou Dudinha que não tirou os olhos das duas.
— Ele já sabe que tem uma filha? — perguntou Luíza.
— Sabe e já me confrontou. Seu irmão está ainda pior, Luíza. Não me arrependo de ter criado a Dudinha longe dele. Você viu como ela é pequena? Minha filha quase não sobreviveu, tive uma gestação difícil, não consegui segurar por nove meses. Se eu estivesse perto dele seria ainda pior.
— Eu não vou te acusar de nada, não se preocupe. Eu só gostaria de ter ajudado. Quanto ao Edu, talvez tenha sido melhor assim. Não o vejo na pele de um pai, apesar de amar o Lipe incondicionalmente, não é a mesma coisa de ter a responsabilidade de um filho.
— Ele vai querer usar a Dudinha para me
atingir de alguma maneira.
— Não se preocupe com isso. Eduardo está passando por uma turbulência com a empresa e acredito que ele não vá se importar com mais nada além disso.
— A empresa está em crise? — Maria
Fernanda sentiu sua curiosidade falar mais alto.
— Eduardo tem muitos inimigos, ele não me contou nada precisamente, mas disse que ia dar um jeito em tudo. Aquele jeito orgulhoso dele que nunca mudou.
— Ele deixou claro que não me dará o divórcio quando o contrato terminar e ameaçou pegar minha filha.
— Ele fez isso? — Luíza estranhou. — Será que o Edu ainda tem alguma esperança em você? Porque, não me parece uma coisa normal dele se preocupar com outra questão, tendo a empresa em crise.
— A esperança dele é atormentar minha vida. Fui a uma delegacia, pois não vou correr o risco de ele levar minha filha como ameaçou.
— Eu sinto muito, minha amiga. Desculpeme pelas grosserias do meu irmão. Mas quem sabe essa criança arranque o orgulho e o faça um homem mais amável? Talvez fosse o caso dele conviver em uma guarda...
— Não o quero próximo a ela. — Maria Fernanda a interrompeu.
— Vou conversar com ele. Eu ainda tenho fé e esperança, quem sabe a doçura da filha o mude. Uma guarda compartilhada, ou um acordo para os finais de semana...
— Não confio. — Maria Fernanda a interrompeu outra vez. — Estou presa, Luíza. Foi bom rever você. — Beijou a amiga no rosto e saiu em direção a praça de alimentação.
***
DIAS DEPOIS...
Eduardo estava andando de um lado a outro na sala de reuniões. Estava apavorado. Tinha acabado de perder outro grande cliente para a J.A Engenharia. A situação financeira de sua empresa estava crítica.
— Eu só quero saber o que está acontecendo dentro da minha empresa! Quando eu contratei incompetentes para minha equipe? Eu dei meu sangue para levantar esse patrimônio! Tenho um nome respeitado nesse país! Será que vai ser preciso eu demitir todos, para saber quem é o peixe podre da minha equipe?
Ele estava descontrolado, tentando encontrar o culpado pelo grande abalo. Os homens, sentados à mesa, tremiam a cada pancada que a madeira recebia.
— A Moedeiros Engenharia tem um nome. Eu sou o responsável por manter esse nome na praça! Quando eu encontrar esse peixe podre que está sentado aqui nessa mesa, recebendo o salário do meu bolso, eu vou acabar com ele com minhas próprias mãos. — Apertou os punhos. — Agora saiam! Acabou a reunião!
Os engenheiros, arquitetos e chefes de departamento, estavam apreensivos. Eduardo analisava a reação de todos em busca do responsável pelo desvio de informações para sua concorrente.
— Você precisa ter calma, amor. Foram dois clientes! O que são dois clientes para a Moedeiros Engenharia? — Viviane agarrou o pescoço de Eduardo.
— Dois clientes são números, são contados na praça, é a sobrevivência da Moedeiros, E SÃO ELES QUE PAGAM SEU SALÁRIO! — Gritou, afastando a amante do seu pescoço.
— Está desconfiado de alguém? — Sergio perguntou após uma pequena análise.
— De todos. Eu desconfio de todos!
— Eu nunca te trairia. Você sabe disso, não é? — Viviane perguntou com a voz mansa. Ela sabia que, para tirar Eduardo do sério, era preciso apenas uma estremecida na base dos seus negócios. Por isso mesmo estava sendo cautelosa ao falar.
— Você é muito inteligente para pensar duas vezes, antes de cogitar a possibilidade de me trair, Viviane.
— Apenas perguntei, amor. Lógico que nunca trairia você. — A loira voltou a se pendurar no pescoço dele, que se esquivou.
— Eu jamais faria isso, Edu. Somos irmãos; isso aqui também faz parte da minha vida. — Sergio se resguardou, explicando.
— Sergio, você é o último na minha lista de peixes podres.
— Então me colocou em sua lista? Desde quando me considera um traidor? Construímos isso aqui. Acha mesmo que eu te trairia? Em troca de que?
— Já estava esquecendo a minha hora no cabeleireiro. — Viviane deu um beijo curto em Eduardo.
— No meio do horário de trabalho, Viviane? — Eduardo arfou.
Ele levava o trabalho a sério e tomava medidas drásticas quando qualquer outra coisa paralela atrapalhava o bom funcionamento.
— Só encontrei horário agora, gato. Estou precisando de uma hidratação. Eu te recompenso mais tarde essa horinha. — A loira sorriu maliciosamente.
— Vai pagar uma hora a mais amanhã na
saída, para compensar a de hoje. — Eduardo devolveu. — Trabalho acima de tudo Viviane, nunca se esqueça disso.
— Não seja tão severo comigo, gato. Apenas vou ficar mais atraente para você. Estarei na sua casa às oito e vou dormir lá essa noite.
— Outro dia, Viviane. Hoje vou trabalhar em um projeto. Preciso dedicar total atenção a ele. Vá logo a seu cabeleireiro, ou vou arrumar alguma coisa pra você fazer. Amanhã vou olhar seu horário de saída.
Assim que Viviane saiu, Eduardo trancou a sala de reuniões e observou Sergio cabisbaixo, olhando fixamente para uma caneta sobre a mesa.
— Você sabe que nunca te trairia, estou contigo nessa empresa desde quando era apenas um projeto de vida. Somos parceiros desde o jardim de infância. Agora você desconfia assim de mim e me coloca em uma lista de filho da puta. — Sergio esclareceu o que estava em seus pensamentos.
— Seja mais homem, Sergio. Você está muito dramático ultimamente. É bom para você permanecer não sendo o culpado. Se for diferente, acabo com sua carreira profissional e não deixo um dente em sua boca. Desconfio de todos, menos de você. — Eduardo retirou o blazer e afrouxou o nó da gravata. — Temos que levantar um plano de ação e descobrir esse traidor ou traidora, se meu faro estiver correto.
— Está desconfiando da Vivi?
— Todos aqui nessa empresa são duvidosos. Mas ela parece uma boa suspeita. Quero que observe a vida de todos os estagiários desta empresa. Deixe o restante comigo.
— Isso vai passar, Edu, vamos sair dessa. — Sergio bateu no ombro do amigo em um conforto.
— Agora estou com uma ordem de restrição. Estou proibido de chegar perto de minha filha. Eu nem conheço a menina direito e já estou proibido de chegar perto dela. Estou cansado, Sergio. Muito cansado. Estou perdido no meio de tanto problema e agora tenho que enfrentar isso.
***
As obras da loja estavam adiantadas. Maria Fernanda era responsável por fiscalizar as obras, enquanto Suelen tomava conta do ateliê de costura em outro ponto da cidade.
Eduardo manteve distância por aqueles dias, mas quando terminava o expediente na empresa, ele sempre passava de carro frente ao condomínio na esperança de ver a filha. Ele sentia uma vontade louca de estar perto de Maria Fernanda, nem que fosse para acusá-la de algo. A medida preventiva não foi o motivo pra ele ter se afastado, eram as investigações da empresa que preenchia o seu tempo.
Ele, Sergio e Irene estavam virando as noites sobre os inúmeros relatórios. Além dos desvios de informações internas, também tinham descoberto um rombo no Patrimônio Líquido da empresa. Ele só iria descansar quando encontrasse o culpado e recuperasse suas finanças.
Na manhã de segunda feira, na hora do almoço, ele estava sentado juntamente com Irene e Sergio em uma das mesas da praça de alimentação.
Maria Fernanda tinha sentado com Dudinha devidamente uniformizada em sua roupinha colegial, em outra mesa da mesma praça de alimentação. Ela já tinha avistados os homens e a mulher desde que o almoço chegou na mesa. Como nunca tinha largado o faro para a curiosidade, procurava respostas para os três notebooks abertos sobre a mesa, enquanto as comidas estavam completamente intocáveis.
— Ela disse que eu posso escolher o ballet
ou o maytii, maman.
— Muay thai, petit. O nome certo é muay thai. O que você prefere? — A mãe estava com o olho na mesa do outro lado e os ouvidos presentes na conversa da filha sobre a escola nova.
— Sou uma menina. Eu gosto de ballet.
— Como foi o primeiro dia com as novas coleguinhas? Me conte tudo. — O olhar da mãe permanecia longe.
Dudinha olhou na mesma direção e avistou
Eduardo, vestido em um terno azul
— Está olhando o Dudu, maman?
— Não, claro que não. Onde ele está? — Maria Fernanda pegou o copo de suco.
— Na mesma direção onde você estava olhando. — A pequena cruzou os braços e arqueou uma das sobrancelhas.
— Ah, ele está ali mesmo. Deve estar trabalhando. Mas, por que trabalharia em uma praça de alimentação? Dudinha, você não quer ir até lá falar com ele? Eu fico próximo, você só o distrai enquanto eu olho o que ele está fazendo. — Dudinha olhou fixamente para a mesa de Eduardo e negou com um gesto de cabeça. — Vamos filha, a maman vai permitir. — Nanda acusou-se internamente, mas ela precisava saciar sua curiosidade.
— Você fica irritada quando o Dudu grita. — Maria Fernanda voltou sua atenção para a pequena, que mexia com uma batata frita dentro do copo de suco de laranja.
— Você tem razão meu amor. Vamos comer na loja. Pega sua mochila.
Maria Fernanda juntou rapidamente os lanches em uma sacola, pegou sua bolsa e seguiu em direção a sua loja.
Ambas passaram rente à mesa de Eduardo e não foram notadas pelo homem que estava concentrado em seu notebook.
Mas Dudinha estava ali, aquele encontro não seria tão simples.
— Dudu.
Ouvir a voz de Dudinha fez Eduardo rapidamente levantar as vistas da tela e, com os olhos ainda indecifráveis, analisar a pequena ao seu lado na mesa.
— Vamos, Dudinha! — Maria Fernanda passou a mão livre sobre o ombro da filha.
— De onde você saiu, pequena? — Eduardo levantou os olhos e deu uma analisada no corpo de Maria Fernanda. Ele não perdia a chance de fazer aquilo.
— Da barriga da minha maman.
Sergio e Irene levantaram os olhos e também deram atenção para as duas.
— Me dê um abraço, eu estava com saudades de você. — Eduardo abriu os braços e Dudinha não hesitou em aceitar o aconchego.
Era um laço forte existindo ali, uma ligação de sangue que os unia e revirava os sentimentos de Eduardo. Maria Fernanda observou a cena e não teve frieza para puxar a menina, embora sua mente falasse o contrário.
— Vamos Dudinha, temos que ir. Você ainda não almoçou. — Maria Fernanda fugiu do olhar de Eduardo, que voltou novamente a espiá-la.
— A maman também sentiu sua falta, Dudu. Ela queria vir te ver, mas eu não deixei. — Dudinha, sentada em uma das pernas de Eduardo, denunciou a mãe, que ficou levemente avermelhada.
Sergio gargalhou e fechou o seu notebook. Irene estava tentando compreender o assunto, mas manteve sua discrição.
Eduardo curvou o canto dos lábios em um sorriso sagaz.
— Isso não é verdade. Não da maneira que está interpretando — afirmou Maria Fernanda.
— Minha filha não mente! — Quando Eduardo percebeu, as palavras já tinham saído. Chamou Dudinha de filha sem antes ter tido uma conversa esclarecedora com ela.
A criança juntou as informações em sua cabeça esperta. Não demorou muito, levantou os olhos, até o rosto de Eduardo, que estava tenso. Ela analisou cuidadosamente os traços do homem, para em seguida descer do colo do pai com as lágrimas prestes a escorrer dos olhos azuis.
— Preciso do seu colo, maman. —
Ofereceu os braços para a mãe.
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Comments
Edna Mara Candida De Jesus
sei não!estou desconfiando dessa cobra da Viviane ,,aí tem 🤔🤔 ela tá com raiva porque Eduardo anda atrás de Maria Fernanda....
2023-09-03
8
Amanda
😭😭😭😭😭😭
2023-08-20
0
Socorrinha Lima
oh judiação gente
2023-07-25
0