Esperança( Revisão)

Esperança( Revisão)

Prólogo

...Seria o suficiente? Será que ele conseguiria se livrar desse sentimento pela mulher? A preocupação irracional com Marise, fazia com que ele não pensasse em nenhuma outra mulher....

...—...

   

     Os seus  pés martelam a esteira de maneira ritmada e confortável. O som de

“Believer”, do Imagine Dragons, não é sua música preferida, mas é a música que acredita que ela escute. Engraçado e assim que quer esquecê-la?!: Ri ele. 

 Seu iPhone é abafado pelo sangue latejando nos seus ouvidos. O pulsar do seu coração o lembra de que está vivo. Não que  precisa correr até não sentir mais suas pernas, porém ultimamente ele não se sentia bem, e nada melhor que fazer exercícios  para  dar conta disso.

Seu ritmo aumenta, a respiração começa a falhar e sua marcha ganha

velocidade. O suor escorre pelo seu peito nu enquanto olha para o relógio do

outro lado da academia e vê o ponteiro maior se mover lentamente no

mostrador. Mais dois minutos. Mantém  o ritmo por mais dois minutos.

Quando, no entanto, o seu treino termina e a velocidade da máquina

começa a diminuir, suas pernas não acompanham, seu raciocínio, seu coração se acelera com a lembrança da mulher. Não querendo pensar mais nela ele decide continuar com os exercícios até desmaiar. 

Aperta o botão para

aumentar o ritmo outra vez, seu ego relutante em não o deixar parar agora. Mais um quilômetro. Aumenta o volume e corre mais um pouco, inspirando

compassadamente pelo nariz e enxugando o suor que desce pela sua testa.

Olha para a tela da esteira e vê a distância percorrida: vinte e quatro

quilômetros. Pronto. Acredita que já foi o bastante. Para quem quase não exercita. 

Soca o botão com o punho cerrado e deixa a máquina o conduzir de volta

a uma marcha lenta, enquanto arranca os fones dos ouvidos e seca o rosto úmido

com a camiseta que estava pendurada ao lado.

Seus pés caminham até a esteira parar e se segurar nas barras laterais,

deixando a cabeça pender enquanto recupera a respiração. 

O sorriso triunfante dele logo se desfaz, aquele que mostra bem que sua missão não foi bem sucedida, o que  dá vontade de arrancá-lo no peito a tapa.

Ele solta uma gargalhada baixinha e vai ao banheiro jogar uma água no corpo, e logo enrola uma toalha no seu quadril.

Seu telefone toca ele rejeita naquele momento, depois um sinal de notificação de mensagem e sua curiosidade aguça.

" Ainda não fez as pazes com a ideia, não é"  

Ele enxuga seu rosto encharcado com a água que escorre dos cabelos molhados antes de atirar a toalha de volta ao cesto. 

Ele resolve responder a mensagem.

" Não sei do que está falando!" 

E ignora o celular no restante do dia precisa descansar para mais um plantão mais tarde.

Uma semana antes:

Ele procura através das pilhas e pilhas de parafernálias que estão espalhadas por todo o chão do seu quarto. Alguns resultados que levou para casa precisava estudar. Acabou dormindo mais do que gostaria.

— Eu vou chegar atrasado! — Em uma sexta-feira, depois de ser pontual durante toda a semana, ele iria  chegar atrasado. 

Ainda mais que ele morava mais lá no hospital do que em casa. 

— Kate! — Ele grita freneticamente. Porém se lembrou que dispensou a mulher. Por se intrometer demais na vida dele.

  — Onde estão aqueles exames? — Ele corre para a escada depois de trancar seu apartamento evitando o elevador. Iria procurar no hospital, com certeza estava por lá.

 Ele se joga por cima do corrimão, logo que vê a porta de saída.

No hospital ao chegar logo na entrada ele  ouve um som familiar. O som de ecos ecoando por todas as salas, o hospital estava lotado.  Iria ser um plantão corrido.  

Beatriz logo o vê entrando, ela olha para ele com uma expressão de cansaço. Mesmo assim não deixa de sorrir. Porém ele não retribui, na verdade ele nunca sorri. Ele simplesmente abana a mão indo se trocar. 

'E se um dia eu o pegar sorrindo é uma expressão nova que verei' pensa Beatriz.

Ela revira os olhos, mas não de um jeito desdém, um jeito que nunca verá um sorriso naquele rostinho bonito daquele médico. E volta para a enfermeira com sua mistura de remédios. 

O doutor pega seu cinto branco, coloca em volta da calça também branca, abotoa a calça e prende o cinto, pega o jaleco e joga por cima de sua roupa o ajeitando por último pega sua pasta com o laptop. Ele caminha determinado até sua sala.

Beatriz logo entra em sua sala com alguns medicamentos  colocando em cima do balcão perto de uma maca. 

— Você precisa arrumar mais essa sala. Está uma bagunça do ca##lho. — reclama ele.

Lamenta. 

— E você arrumar uma namorada para melhorar esse mau humor. — diz ela, também provocativa. Não tinha medo dele. Aliás, já estava acostumada com seu mau humor. E tinha idade suficiente para saber que um jovem  mau humorado assim era falta de um amor. 

Sim, as habilidades de organização pessoal do doutor ali eram bastante chocantes.

Porém graças as  enfermeiras do hospital que agiam como uma designer de interiores, que passa o dia 

todo coordenando e organizando a sala dele quando o plantão não tá corrido. Sua sala era organizada.

Seus nervos estão em pedaços. Não sabia bem o porquê. Imagina  que poderia ser o excesso de trabalho, horas e horas a fio naquele hospital, mas apesar do mau humor, ama sua profissão e faz com gosto sabe que está fazendo a coisa certa.

— Mas droga, eu estou com uma massa de nervos. Não seria nada mal dormir direito.

— Falando sozinho?! — perguntou um paciente.

— Vamos ver esse braço! — disse ele para disfarçar.

 O resto dos primeiros minutos, silencioso, momento de reflexão do dia, até agora e, 

provavelmente, o último. Ele estava esperando por este pequeno fragmento de tempo, implorando por ele, em meio ao caos ao seu redor.

 Ele precisava desse momento, só  consigo mesmo, absorvendo o enorme salto que deveria estar tomando, tentando  reunir a si mesmo. O amor precisava chegar diante de seus olhos, porém ele não quer.

 Ele sabe que esses momentos, provavelmente, serão preciosos, a partir deste dia em questão. O dia em que ele a ver  tudo vai mudar.

— Você foi mais rápido ontem! — avisou a Beatriz. — precisa descansar mais doutor. 

— A doença não descansa e principalmente a tragédia. — Beatriz deu de ombros.

Mas tarde quando estava tudo mais calmo, ele resolveu ir ao restaurante do hospital comer alguma coisa. 

E quando ia se sentando.

— Teimoso filho da… — Bianca sua irmã chega correndo o abraçando.

— Olha a boca Bianca! — diz, mas sem retribuir o abraço.

— Vá se f##er — pragueja,  porém logo ri.

— Você deveria tar descansado 

bufando e virando o rosto para encarar seu irmão depois de um abraço que deu nele.

— Você prometeu a mim que iria na nossa despedida. 

O Doutor continuou comendo indiferente olhando sua irmã.

— Não vai dizer que esqueceu que hoje a noite vamos na boate?! Poxa Lucas meu último dia na cidade. Depois para me ver só indo até frança. 

— Não esqueci Bianca, eu vou. Mesmo odiando boate eu vou. — falou sério. 

— Você veio aqui no hospital só para me lembrar? — perguntou ele. Ela pegou um pouco o refrigerante de coca dele e deu um gole antes de responder.

— Também, mas também para te ver. Vou sentir saudades. Você sabe que coca não e saudável né!? Anda se alimentando direito. Mamãe reclamou que você não aparece lá ah dias. 

— Ela sabe que estou trabalhando. — Bianca revira os olhos. 

— Ok senhor trabalho, agora já vou. Não esquece marquei com Marise as dez lá. — ela levantou da cadeira deu mais um gole na coca e deu um beijo no rosto do irmão.

— Você ouviu o doutor misterioso hoje vai para a balada. — disse uma mulher para a recepcionista.

— E, mas que adianta, ele não tem olhos para gente. — fez cara triste. E a outra suspirou, também se lamentando. Pois o doutor ali quando falava com elas era somente um cumprimento por educação. 

Seus amigos mais antigos, amigos não, colegas, Lucas nunca os considerou amigos, pois ele era muito reservado, sistemático e misterioso. Bem eles  viviam o convidando para as baladinhas as festas da faculdade, porém Lucas sempre rejeitava todas, e por fim esses colegas acabaram desistindo de convidá-lo mais vezes. Lucas quando saia era para um lugar mais reservado, calmo onde poderia escolher uma parceria por noite, com calma somente observando como um predador. 

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Comments

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Tentando conhecer o Dr. Lucas, o médico misterioso.🤔🤔🤔

2024-04-10

1

Titi!

Titi!

narração legal

2023-01-19

2

Aldenice Costa

Aldenice Costa

a história parece ótima ❤

2022-09-27

1

Ver todos

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