5. Mudando o rumo de sua vida

Numa manhã de sábado, Richard ligou com aquele ar de felicidade que havia em sua voz e disse para Dianna: “Estarei amanhã para jantar com você, temos muito que conversar.” Essa foi a notícia que recebeu assim que acordou.

- Bom dia dorminhoca. Junior falou sorrindo ao encontrá-la tomando café. Quase não te vi esta semana, como está se sentindo?

- Estou ótima.

- É, vejo que se recuperou rápido. Soube que meu pai vem jantar com você amanhã, Kevin também virá, sabia disso?

- Não, sei que seu pai estará aqui, como soube que Kevin também vem?

- Falei com meu pai ontem à noite, bem, ultimamente temos nos falado um pouco mais.

- Isso é bom.

- Você quer que eu fique para o jantar?

- Não precisa.

- Tem certeza, estou te achando muito distante, o que houve?

- Nada Junior, não houve nada. Ela levantou bruscamente e virou-se para sair.

- Espere. Ele pegou em seu braço fazendo-a ficar de frente para ele.

- Kevin viu você me beijando aquela noite e seu pai, bom, ele me pediu para ficar longe de você, só não sei se consigo. Parecia que os dois ficaram no piloto automático naquele momento, não haviam palavras ou motivações claras que definissem o que aconteceria em seguida. Ela saiu em passos largos para o quarto, evitando continuar aquela conversa, no entanto ele foi atrás dela.

- Espere Dianna. Mas ela continuou andando e entrou batendo a porta, ainda assim ele continuou seguindo-a, entrando no quarto também. - Espere, não fizemos nada de errado.

- Por favor Junior, não piore as coisas. Ele aproximou-se dela devagar, a cada passo que dava ela sentia seu cheiro embriagar seu corpo, sua mente, seus pensamentos. Ele acariciou o rosto dela com as costas da mão, sua respiração ficou pesada, ela sentiu os lábios dele roçarem nos dela suavemente, não queria interromper aquela tensão que crescia dentro dela enquanto o cheiro daquele homem a deixava louca.

Uma onda grande de excitação tomou conta dela quando ouviu ele sussurrar em seu ouvido:

- Sua pele é tão macia, tão sedosa, tão cheirosa. Quero passar minha língua em cada centímetro do seu corpo. Ele pressionou o corpo contra o dela, fazendo ela sentir o volume do seu membro intumescido. - Viu o efeito que você causa em mim. Ele falou sorrindo. Ferozmente envolveu sua boca com um beijo demorado, faminto, sedento de desejo, era quase impossível controlar. Sua calcinha estava completamente úmida e ele friccionava ainda mais seu membro contra ela suavemente, quando sentiu uma de suas mãos deslizar entre suas coxas, seus dedos pressionarem sua calcinha molhada ela parecia perder o controle. Fazia tanto tempo que ela não era tocada assim por um homem que nem lembrava mais como era e Junior despertava nela coisas que nunca havia sentido antes, estava com 26 anos e faziam quase 5 anos que não estivera com ninguém, ele era extremamente irresistível, mas alguém bateu na porta fazendo ela despertar do seu transe.

- Senhora, senhora Dianna, é o senhor Richard ao telefone. Naquele momento tão intenso Junior protestou.

- Não atende, fica aqui comigo. Ela respirou fundo e se afastou. Era bom estar com ele, era maravilhoso, essa emoção, essa paixão avassaladora, dominante e se fosse só isso, ela temia. Estava perdidamente apaixonada por aquele homem ali na sua frente, mas será que ele sentia o mesmo? Será que ele também estava apaixonado ou era só desejo, volúpia, prazer? Aqueles pensamentos confusos e aquela dúvida cruel não lhe deixou continuar.

- Não podemos continuar com isso Junior, eu... eu não posso continuar com isso. Ele pegou em sua mão carinhosamente, mas ela se afastou e saiu do quarto. Foi até a sala de estar e pegou o telefone.

- Senhor Richard, está tudo bem?

- Sim, desculpe por incomodá-la novamente, mas não poderei ir amanhã, podemos nos ver hoje, por volta das 15 horas eu mandarei um jatinho te pegar e você pode voltar amanhã.

- Está bem, eu irei. Quando desligou Junior estava parado na sua frente.

- Ele não vem, não é?

- Não, mas eu irei.

- Isso é típico do meu pai, quer que eu te acompanhe?

- Você pode parar um instante, deixa eu resolver as coisas do meu jeito.

- Só quero ajudá-la, sei como é o meu pai, como ele resolve as coisas e o poder que ele tem sobre as pessoas, além do mais Kevin estará lá.

- Não se preocupe tanto comigo.

- Eu não consigo, não posso e também não quero.

- Terei que me afastar de você por mais difícil que seja.

- Não pode fazer isso. Ela não ia suportar terminar aquela conversa, então simplesmente saiu dali, precisava respirar, respirar ar fresco, não podia cometer nenhuma loucura, não agora que as coisas pareciam que iam piorar.

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