Capítulo 05

Narração: Leandra

Passamos uns bons dias no haras, deu para se divertir e se amar um pouco. Voltamos para São Paulo e de volta a rotina entediante da cidade grande, eu não via hora de ir morar no haras.  Eu secava o cabelo quando tive uma ideia, liguei para a Polaca e contei pra ela que iria até o apartamento dela.

M: Oi Preta!

L: Oi! Tu tá em casa?

M: Sim.

L: Só vou terminar de secar o cabelo e vou aí

M: Vem eu to entrando no banho, mas você é de casa.

L: Já já to aí.

M: Ok!

Terminei de secar o meu cabelo e peguei as chaves do apartamento da Polaca, na saída parei diante do espelho e acariciando a minha barriga falei.

— Meus amores, meus guris, prometo sempre fazer o melhor por vocês.

Cheguei ao apartamento da Polaca e segui direto para o banheiro, onde a encontrei depilando as pernas.

— Faxina.

Ela riu

— E aí como estão as coisas?

— Bem, os bebês estão bem.

Ela deu um sorriso aliviado, começamos a conversar e rir enquanto ela tomava banho.

— Você tá diferente. – Disse ela enrolando o cabelo com a toalha.

— Eu diferente? Justifique a sua resposta.

— Sei lá, eu vejo nos seus olhos que aquela Leandra bagunceira que adorava sair,

curtir se acalmou, tem uma nova Leandra aí, uma Leandra que eu não conhecia.

— Eu vou ser mãe né? Não dá pra ser do jeito que eu era sendo mãe.

— Ih já tá falando no passado.

Eu sorri sem jeito, ela começou a se vesti enquanto íamos conversando, até que a campainha tocou, ela terminou de ajeitar a roupa e nós seguimos até a porta.

— Deve ser o Preto.

— Por acaso ele sabe que você tá aqui?

— Nope. — Falei mexendo a cabeça em negação.

Ela passou a mão no cabelo e olhou pelo olho mágico

— É ele. — disse ela

— Deixa eu me esconder.

— Não faz isso. — Disse ela numa voz suplica

— Já to fazendo

Do quarto onde eu estava pude ouvir o Preto perguntando por mim já com um ar de preocupação na voz.

— A Preta tá aqui?

— Calma Gui.

— A Preta tá aqui? Eu sai e ela tava em casa e voltei ela não tava, e o elevador não tava trancado

Eu senti a preocupação dele aumentar e senti um nó na garganta, o que me fez resolver aparecer pra ele.

— Aqui meu Preto.

— Preta, eu cheguei e não te encontrei, vi o teu celular na cama, mas tu não tava, fiquei preocupado, pensei que o...

Ele perdeu a fala

— Desculpa, não quis te deixar preocupado.

Comecei a fazer carinho nele e ele deu um sorriso tímido.

— Não faz mais isso.

— Não vou fazer mais.

Ele me deu um selinho demorado e depois disso eu falei

— Se eu sair e o meu celular ficar em casa é porque eu tô aqui azucrinando as ideias da Polaca.

Ele me encarou com a sobrancelha erguida.

— É Gui, nós estamos sempre juntas.

Ele deu um suspiro aliviado. Nós três ficamos conversando e rindo por um bom tempo. Momentos depois seguimos de mãos dadas até o elevador, ele apertou o botão com a mão livre enquanto eu fazia carinho nas costas da mão dele, no elevador ficamos colados, ele com os braços em volta da minha cintura e eu com os dedos entre os dele, voltamos para o nosso apartamento, sim, agora é nosso, e no que nós entramos ele me deu um beijo demorado e intenso.

— Medonha. — disse ele depois do beijo.

— Brinquei, mas me arrependi quando te vi preocupado daquele jeito.

Ele sorriu e falou

— Eu sempre me preocupei contigo e sempre irei me preocupar.

Foi a minha vez de beijá-lo, depois do beijo, ficamos de rostos colados, trocando sorrisos e caricias, enquanto ele tomava banho coloquei uma lingerie especial, especial para ele, coloquei a camiseta que ele havia acabado de retirar e segui para cozinha, ajeitando o cabelo num coque improvisado comecei a pensar no que eu iria fazer para o jantar, pensei em pegar um vinho, mas também nem havia decidido qual o cardápio

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