Narração: Leandra
Passamos uns bons dias no haras, deu para se divertir e se amar um pouco. Voltamos para São Paulo e de volta a rotina entediante da cidade grande, eu não via hora de ir morar no haras. Eu secava o cabelo quando tive uma ideia, liguei para a Polaca e contei pra ela que iria até o apartamento dela.
M: Oi Preta!
L: Oi! Tu tá em casa?
M: Sim.
L: Só vou terminar de secar o cabelo e vou aí
M: Vem eu to entrando no banho, mas você é de casa.
L: Já já to aí.
M: Ok!
Terminei de secar o meu cabelo e peguei as chaves do apartamento da Polaca, na saída parei diante do espelho e acariciando a minha barriga falei.
— Meus amores, meus guris, prometo sempre fazer o melhor por vocês.
Cheguei ao apartamento da Polaca e segui direto para o banheiro, onde a encontrei depilando as pernas.
— Faxina.
Ela riu
— E aí como estão as coisas?
— Bem, os bebês estão bem.
Ela deu um sorriso aliviado, começamos a conversar e rir enquanto ela tomava banho.
— Você tá diferente. – Disse ela enrolando o cabelo com a toalha.
— Eu diferente? Justifique a sua resposta.
— Sei lá, eu vejo nos seus olhos que aquela Leandra bagunceira que adorava sair,
curtir se acalmou, tem uma nova Leandra aí, uma Leandra que eu não conhecia.
— Eu vou ser mãe né? Não dá pra ser do jeito que eu era sendo mãe.
— Ih já tá falando no passado.
Eu sorri sem jeito, ela começou a se vesti enquanto íamos conversando, até que a campainha tocou, ela terminou de ajeitar a roupa e nós seguimos até a porta.
— Deve ser o Preto.
— Por acaso ele sabe que você tá aqui?
— Nope. — Falei mexendo a cabeça em negação.
Ela passou a mão no cabelo e olhou pelo olho mágico
— É ele. — disse ela
— Deixa eu me esconder.
— Não faz isso. — Disse ela numa voz suplica
— Já to fazendo
Do quarto onde eu estava pude ouvir o Preto perguntando por mim já com um ar de preocupação na voz.
— A Preta tá aqui?
— Calma Gui.
— A Preta tá aqui? Eu sai e ela tava em casa e voltei ela não tava, e o elevador não tava trancado
Eu senti a preocupação dele aumentar e senti um nó na garganta, o que me fez resolver aparecer pra ele.
— Aqui meu Preto.
— Preta, eu cheguei e não te encontrei, vi o teu celular na cama, mas tu não tava, fiquei preocupado, pensei que o...
Ele perdeu a fala
— Desculpa, não quis te deixar preocupado.
Comecei a fazer carinho nele e ele deu um sorriso tímido.
— Não faz mais isso.
— Não vou fazer mais.
Ele me deu um selinho demorado e depois disso eu falei
— Se eu sair e o meu celular ficar em casa é porque eu tô aqui azucrinando as ideias da Polaca.
Ele me encarou com a sobrancelha erguida.
— É Gui, nós estamos sempre juntas.
Ele deu um suspiro aliviado. Nós três ficamos conversando e rindo por um bom tempo. Momentos depois seguimos de mãos dadas até o elevador, ele apertou o botão com a mão livre enquanto eu fazia carinho nas costas da mão dele, no elevador ficamos colados, ele com os braços em volta da minha cintura e eu com os dedos entre os dele, voltamos para o nosso apartamento, sim, agora é nosso, e no que nós entramos ele me deu um beijo demorado e intenso.
— Medonha. — disse ele depois do beijo.
— Brinquei, mas me arrependi quando te vi preocupado daquele jeito.
Ele sorriu e falou
— Eu sempre me preocupei contigo e sempre irei me preocupar.
Foi a minha vez de beijá-lo, depois do beijo, ficamos de rostos colados, trocando sorrisos e caricias, enquanto ele tomava banho coloquei uma lingerie especial, especial para ele, coloquei a camiseta que ele havia acabado de retirar e segui para cozinha, ajeitando o cabelo num coque improvisado comecei a pensar no que eu iria fazer para o jantar, pensei em pegar um vinho, mas também nem havia decidido qual o cardápio
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Atualizado até capítulo 37
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