Capítulo 17

~Julia~

Chego no quarto das meninas, e vou até o banheiro, decido tomar um banho de banheira, já que eu nunca tomei, vou aproveitar bastante. Pego uns sais de banhos me achando.

Só faltou as velas aqui, para ficar bem xique, penso rindo.

Tiro minha roupa, e jogo direto na lata de lixo, sem hesitar.

Entro na banheira, e gemo de prazer, que água gostosa!

Pego as espumas e jogo sobre mim, igual àquelas cenas de filmes.

Pego um roupão e coloco sobre o meu corpo. Sorrio com satisfação, nunca tomei um banho tão relaxante como esse, se eu tomei, não me lembro.

Pego na minha bolsa meu hidratante corporal, sorte minha que sempre o levo comigo.

Pego a bolsa que o Jensen me deu, e vejo uma calça jeans de qualidade, uma blusa de manga, e um vestido justo lindo, no final da bolsa, vejo uma lingerie branca de renda. Coro, imaginando que foi o Jensen que escolheu isso para mim.

No final das contas opto pela calça jeans e a blusinha, já que eu achei o vestido justo demais.

Coloca a calça mais quando chega na parte da minha bunda, ela não quer entrar, coloco toda a minha força para empurrar para cima, porém não resulta em nada.

Bufo frustrada.

Como a Keith sempre diz: "Júlia, o que você não tem de peito, tem de bunda"

Desisto na décima tentativa, olho para o vestido, e só vejo essa opção... Coloco o vestido, que ficou justinho em mim.

Já que eu acabei de lavar o cabelo, vou ter que deixar ele solto, sem creme mesmo. Oro a Deus, para não secar muito rápido, se não a juba vai ficar enorme.

Já pronta, pego minha bolsa, e vou ao encontro do Jensen e das crianças.

A medida que vou descendo as escadas, mais abaixo o vestido, droga, toda hora fica subindo em mim.

Sophia--- Júliaaaa.

Sophia grita meu nome, assim que eu apareço na sala, e agarra nas minhas pernas

--- Oi meu amor.

Falo sorrindo, pegando ela no colo.

Coloco a Sophia na chão, e vejo o Jensen no telefone distraído pedindo alguma coisa, ele ainda não notou minha presença aqui.

Quando ele encerra a ligação, sinto seus olhos cravados em mim.

Ele me olha de cima abaixo, o que me faz ficar envergonhada.

Porém, seus olhar está diferente, vejo desejos em seus olhos, acho que estou sonhando acordada, só pode.

--- Senhor Jensen..

Chamo ele.

Ele esfria e olha para mim.

--- Julia, que bom que as roupas serviram em você.

Ele me olha, mais denovo com aquele olhar, que não estou conseguindo decifrar.

--- Sim, afinal, aqui está a outra peça, a calça, bem... Não deu muito em mim.

Jensen--- É... Já devia imaginar.

Ele diz me olha mais uma vez, de cima a baixo, com aquele mesmo olhar.

Não preciso nem dizer, que os rubores da minha bochechas estão vermelhas.

Não entendi o que ele quis dizer.

Noah--- Papai, estou com fomee.

Fico aliviada, quando Noah aparece na minha frente, roubando esse clima tenso que estava.

Jensen--- Eu sei, por isso eu já pedi uma pizza, embora eu não gosto que vocês se encham com essas besteiras, porém a Mimi teve que sair às pressas, e não deixou nada pronto, e deve voltar só mais tarde.

Jensen diz irritado.

Ele pode ser tudo, mas não posso negar, de como ele é protetor com os filhos, não é daqueles pais, que fica entupindo e mimando a todo tempo, as crianças com besteiras. Ele realmente se preocupa com a saúde dos filhos.

Olho para o relógio, e vejo que já está tarde, além do mais, a namorada dele, pode chegar a qualquer momento, como ele mesmo disse.

---Senhor, já está ficando tarde, e tenho que ir, gostei muito de conhecer seus filhos, são uns amores de pessoas, fazia tempo que eu não sabia como me divertir, até conhecer eles hoje.

Digo olhando para cada um, com um sorriso sincero. --- Mas, a sua namorada já deve está vindo, e eu não quero mais interromper.

Jensen--- Namoraada??

Pela primeira vez, vejo Jensen gaguejar, algo está errado aí.

--- Sim, a Mimi, esse é o nome dela né...

-- Não, deve ser apelido carinhoso.

Essa parte eu digo baixinho.

Jesen--- Realmente, a Mimi parece ser minha namorada, já que me enche de tapas, sempre quando pego uma fatia de bolo, sem ela ver. Briga comigo sempre quando saio com a roupa toda amarrotada.

Enquanto ele fala isso, sinto um nó tão grande no meu coração, uma emoção que eu desconheço, invadindo minha razão.

Nao tenho coragem de levantar meus olhos, essa Mimi deve ser sortuda, penso.

E eu achando, que ele ainda carregava a dor da morte da sua esposa, não que ele não tem o direito de recomeçar a sua vida, mas mesmo assim... aff , o que eu estou pensando? Que essa mulher é sortuda? Está mais para azarada, por ter que aguentar esse ogro arrogante, prepotente, idiota, sexy, ridículo e mil outros chingamentos.

Aposto que essa namorada dele, deve ser essas mulheres padrões\= tudo magrinhas, com a barriga lisinha e sequinha, parecem que nem comem.

Jensen---Júlia....

--- Amm? Olho para ele, saindo do meu momento de surto.

Jensen--- Você ouviu que eu falei?

--- Que sua namorada é maravilhosa?

Meus olhos se reviram automáticos, que nem eu entendo.

Jensen ri, achando graça.

Jensen--- Maravilhosa ela é, mas não tem como sua mãe, virar sua própria namorada, certo?

Me engasgo com a minha própria saliva, pai amado, não acredito que acabei de xingar a mãe dele, em pensamento.

---Mãaaae?

Digo gaguejando.

Jensen--- Sim, de consideração, A Mimi, que cuida casa, de mim, dos meus filhos...

Ele para de falar.

---A pizza já deve estar vindo, fica para comer com a gente.

Jensen diz mudando de assunto, não entendo...

--- Quero que você fica para lanchar, com a gente!

Ele realmente não estar me perguntadando, e sim mandando eu ficar.

O Jensen arrogante voltou. Até que estava demorando para voltar.

--- Não quero incomodar senhor.

Jensen--- Se estivesse me incomodando, eu já teria mandando você ir embora a tempo, né.

Diz revirando os olhos.

Aff, grosso toda a vida!

Sophia--- Julia? Você vai ficar para comer pizza com a gente né?

Pappai hoje está bomzinho, e vai deixar a gente comer o que quiser.

Jensen--- hey, eu não disse isso!

--- Bom, princesa, euu...

Tento argumentar, mas o Jensen me interrompe.

Jensen--- Crianças, porque vocês não amostram a sala de jantar para a Julia? Papai já está indo.

Olho feio para ele.

Jensen--- Cara feia, é fome, Júlia. Mais um motivo para ficar.

Sophia e noah me agarram pelo braço, e me levam até a sala de jantar.

Chego a sala de jantar, e que mesa enorme, da até para um batalhão.

--- Nossa que enorme e linda, essa mesa.

Digo maravilhada.

Sim, eu sou uma jovem que tem fechices por tudo que envolve móveis domésticos, eletrodoméstico, enfim...

Mia--- É uma mesa de jantar, você queria que fosse de que tamanho?

Olho para o Jensen 2 em forma de mulher.

Oh meu Deus, eu acho que ela nunca viu uma mesa de pobre né?

--- Ooooi para você também, Mia!

Ela revira os olhos, e acabo achando graça desse gesto dela. Apesar de tudo, eu sei que essa postura de durona, é só uma casca que ela mesmo criou, para se proteger, no fundo eu sei que ela não é assim. E entendo perfeitamente, afinal sei examente como é isso.

---Bom, enquanto, o pai de vocês, não chegam com a pizza, podemos arrumar a mesa. Que tal? Mas sem bagunças, dessa vez.

Olho sorrindo, para os senhores bagunças, como Jensen diz.

Vou em um armário lindo, e transparente, onde fica os pratos, talheres, taças, tudo bem improvisados, e eu achei muito útil, assim não tem que ficar indo para a cozinha toda hora, pegando pratos, copos...

Estou terminando de arrumar, a mesa, quando sinto o cheiro de perfume amadeirado que tanto me atormenta, não preciso nem olhar, para saber que é do Jensen.

Sophia e Noah--- Paaapai.

Eles correm até o pai, agarrando o Jensen pelas pernas.

Jensen--- Hey, cuidado, se não a pizza vai cair, e sem pizza, sem comida, e sem comida.

Jensen olha para mim nessa hora. --- Temos rostinhos feios!

Ele solta uma gargalhada humorada.

Sei que foi para me irritar, no que conseguiu com sucesso.

Ele passa por mim, e sim, fiquei arrepiada mais uma vez.

Já com a pizza nas mesas, me sento junto com as crianças.

Olho para as pizzas, que são duas enormes, uma de calabresa e outra de frango. É nessas horas que meu estômago da vida.

Quando eu penso que o Jensen vai sentar a frente da Mia, ele vem, e senta de frente para mim.

Oh Deus, se já fico com vergonha olhando para ele, agora imagina comendo na frente dele?

E isso para mim é novo, já que eu nunca senti vergonha, e muito menos sofrer de guaguejo na frente de alguém ,mas quando estou em sua presença, parece que meus controles e principalmente meu raciocínio se perdem..

As crianças começam a pegar a fatia de pizza na mesa, e eu também pego uma bem generosa.

Como com prazer, que até esqueço de um ser sexy, sentado na minha frente.

levanto meu olhar para o Jensen, que está com uma fatia na mão. Meu Deus, até comendo ele é sexy.

Ele passa a língua pela pizza, olhando para mim, com esses olhos que me deixam hipnotizada.

Fico mole, minhas bochechas ardem.

E sinto um divermento no seu semblante.

Cretino! Ele está se divertindo com a minha cara, meu Deus, será que ele sabe o que causa em mim?

Quer saber, chumbo trocado não doi né?

Olho para as crianças, e vejo que estão bem entretidas comendo.

Que bom! Agora ação!

Pego a pizza com delicadeza, e passo a língua pelo recheio de uma forma sexy, mordo a boca, com prazer. Com os olhos cravados nele, deixo um pouco de recheio cair sobre o meu decote propositalmente.

-- Oh.

Faço um somzinho com a boca.

pego um guardanapo, e começo a esfregar naquela região do meu decote, bem lento.

Não preciso olhar para ele, pois já consigo sentir sua respiração acerelada.

Olho para ele, e vejo que está todo vermelho.

E para finalizar.

--- Ainda está sujo, senhor Jensen?

Jensen--- Porra.

Ele fala bem baixo, mas consigui ouvir...

--- Am?

Pergunto, brincando com ele.

Jensen me olha irritada.

Jensen--- NADA!

Seu grito sai tão forte, que não só eu me assustei, como as crianças também.

Jensen--- Escovam os dentes vocês, para dormi. Vou no banheiro rápido.

Sem mais, Jensen sai apressado, que nem deu para ver ele direito.

Fico sem entender o porquê dessa sua mudança de comportamento.

Junto os pratos sujos, e arrumo a mesa.

Fico com as crianças, esperando o bipolar do pai delas aparecer.

Pego a Sophia no colo, que já está com sono.

Jensen--- Já escovaram os dente?

Tomo um susto, quando Vejo o Jensen parado ali na porta.

--- Estávamos esperando você!

Jensen vem até a mim.

Jensen--- Me dá ela, que eu a coloco para dormi, enquanto isso, você pode esperar aqui em baixo, para ir pra casa.

Tento dar a Sophia para ele, mas ela não desgruda de mim.

Jensen--- Sophia, vem com o papai?

Ele tenta pegar ela denovo, mas é em vão, já que ela se alinha cada vez mais no meu colo.

Ele bufa irritado e sem paciência, e antes dele fazer um escândalo e acorda- lá.

Decido colocar ela na cama.

Jensen--- Não precisa Julia! Além do mais, eu sou o pai dela, e ela não pode se apegar a você!

--- Calma, é normal, ela só está sonolenta, não vejo problema nenhum em colocar Sophia e a Mia para dormi antes de eu ir embora. Enquanto isso, o senhor aproveita e coloca o Noah também. Tadinho, ele já está quase caindo no sono.

Olho para a cadeira que Noah está sentado.

Jensen concorda.

Chamo a Mia, e dessa vez ela não protesta, com certeza é o sono. Espero que ela fica com sono mais vezes..

Penso rindo.

Coloco a Sophia na cama, com sacrifício, já que ela não larga do meu colo de jeito nenhum. Acordo ela para escovar o dente.

--- Vamos Sophia, você tem que escovar os dentes, se não vai aparecer uma janelinha aí no seu dente.

Sophia--- Nãoo queroo.

Diz sonolenta.

--- Prometo contar uma história para você dormi depois.

Sophia--- Historiaaaas!!!

Sophia reage de uma maneira tão alegre, que nem parece que estava dormindo.

Mia já está no banheiro, escovando os dentes.

Ela sai, assim que me vê com a Sophia.

Mas a impeço.

E decido fazer o que minha mãe sempre fazia comigo, quando terminava de escovar os dentes.

Pego sua boca e abro para ver se escovou mesmo os dentes.

Mia--- O que você está fazendo?

--- Só averiguando se está com os dentinhos limpinhos para dormi.

Mia--- Você tem que fazer isso com a Sophia, eu não sou mais criança! Que droga.

Dito isso, ela sai andando.

Respiro fundo, para não pirar.

Escovo os dentinhos da Sophia, e a coloco na cama, logo em seguida.

Cubro ela com o coberto.

Sophia--- Agoraa conta a história vai!

Já tinha até esquecido, mas eu sei que a Sophia não vai dormi, enquanto eu não contar essa história.

Decido contar a história da Bela e a Fera, umas das minhas preferidas.

--- Era uma vez....

Mia--- Hey, calem a boca, eu quero dormi.

Mia resmunga.

Quase no final, olho para a Sophia e vejo que já capotou de sono.

Desligo seu abajur e dou um um beijo carinho em sua testa.

--- Dorme com os anjinhos, princesa.

Olho para a Mia que já está dormindo também, e vou até ela, vejo que está toda descoberta, cubro ela, e desligo seu abajur, e dou um beijinho em sua testa.

--- Você é mais forte do que imagina, pequenina!

Digo baixinho, ela se remexe, e eu tomo um susto achando que ela tinha acordado.

Dou mais uma olhada nelas, antes de sair, e quando eu me viro, vejo o Jensen parado na porta com os braços cruzados, me olhando, porém com um olhar diferente, um olhar de ternura.

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