Capítulo 15

Júlia~

Caio de bruços e tudo, e sinto meu corpo sendo tingindo por um par de músculos. Quando eu olho, me deparo com um par de olhos verdes.

Meu Deu, eu cai em cima do Jensen!

Tento pronunciar algum som, mas minha voz some, meu raciocínio se perde, quando vejo que minha boca está tão perto da dele.

Sinto minhas bochechas corarem.

--- Peerdão.

Jensen tira algumas mechas do meus cachos sobre o meu rosto.

E coro mais ainda.

Olhando assim pra ele, nem parece mais o senhor gelo que ele é.

No impulso Jensen me levanta.

Jensen- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? E COMO SABE O ENDEREÇO DA MINHA CASA?

olho assustada pela mudança de humor dele. Pronto. O senhor gelo voltou.

--- Oooo seeenhor....

Não acredito que meu gaguejo voltou, logo agora. Mas tbm com esses olhos intimindantes me olhando, impossível de eu não fica.

Jensen--- POR ACASO VOCÊ É SURDA?

Sinto uma raiva crescer em mim e também uma tristeza por ele está gritando assim comigo, vi aqui na maior paz.

--- Já que o senhor adora gritar, não vai se importar de eu falar gritando também, né?

Jensen--- Como housa sua...

Não deixo ele termina.

--- PRIMEIRO O SENHOR TEM QUE ME AGRADECER DE JOELHOS!, TÁ VENDO ESSE PAPEIS AQUI NESSA PASTA? SÃO DOCUMENTOS IMPORTANTÍSSIMO QUE O SENHOR DEVE ASSINAR HOJE MESMO! O SENHOR ARTHUR NAO PODE VIM, JÁ QUE O BAR ESTA LOTADO, E O CELULAR DO SENHOR SÓ DA DESLIGADO.

ENTÃO EU ME OFERECI A ENTREGA-LO, APESAR DE ESSA NÃO SER MINHA FUNÇÃO!

Termino de falar com o peito acelerado.

Jensen pega os papéis nas minhas mão.

--- Ogro!

Falo baixinho.

Jensen--- O que disse?

Droga, mais uma vez minha boca grande me condenando.

--- Que o senhor é bastante educado.

Vejo a expressão do Jensen mudar, enquanto ele lia os documentos.

--- Aconteceu alguma coisa senhor?

Jensen para, e me olha com esse olhar que sempre me arrepia.

Droga, porque ele tem esse controle sobre mim, porque o meu corpo se arrepia só dele olhar para mim?

--- É normal você fica toda corada, sempre que eu te olho, Julia?

Jensen se aproxima bem perto do meu rosto.

Minha respiração fica cada vez mais lenta, olho para outro lado atrás de alguma resposta.

Jensen-- Tem dificuldades de olhar nos meus olhos, enquanto eu falo com você?

Jensen puxa meu queixo de uma maneira que me faça olhar para ele.

Mais uma vez me perco naquele olhar.

Jense--- Cade sua voz afiada, Júlia?

Jensen sorri pra mim com aquele sorriso, matador dele. Com certeza ele tá se divertindo com a minha cara.

Se recomponha Julia, penso mentalmente.

--- Eu não sei a onde o senhor quer chegar com isso.

Respondo ofegante.

--- De qualquer jeito não é da sua conta o que tem nesses documentos!

Jensen sai andando, me deixando com cara de boba, mais uma vez!

Cada vez mais eu penso que ele sofre de transtorno mental..

Aaa, mas isso não vai ficar assim! Eu não vi parar aqui nesse fim de mundo, que ele chama de casa, atoa!

--- A onde o senhor vai?

Jensen continua andando, fingindo não ter me ouvido.

O que só aumenta mais a minha raiva.

--- Quer saber, Adeus! Faça um bom aproveito com seus documentos.

Falo gritando.

Pego minha bolsa com agressividade, e vou até a porta e puxo a maçaneta, mas sinto uma mão em cima da minha, me impedindo.

Jensen--- Não se atreva!

Olho para ele, mas agora com raiva! Ele vira as costas para mim, e age como se fosse tudo bem? Não é só porque ele é o meu chefe, que eu tenho ser a cadelinha fiel dele, igual a nojenta da Lana.

--- Que eu saiba o senhor não manda em mim!

Vejo o cenho do jensen se contrair.

Porém não to nem aí!

Jensen--- Eu sou o seu chefe!

--- No meu estabelecimento de trabalho! Mas como não estou, o senhor nao tem essa autoridade pra falar comigo.

Jensen-- Mas acontece que você está na minha casa!

--- Sério? Então não seja por isso.

Abro a maçaneta e saio da casa.

Vou andando até a portaria da casa.

Mas sinto uma mão me pegando de novo, agora com brutalidade.

Olho para o dono daquelas mãos.

Jensen--- O que pensa que está fazendo? Por acaso você é louca?

Jensen grita comigo, ainda segurando minha mão.

--- Me solta! Aqui o único louco é você!

Puxo minha mão.

Jensen--- Porque você tem que ser tão teimosa Julia?

--- E porque você tem que ser tão arrogante?

Jensen ri.

--- Não sou arrogante!

--- É sim!

Jensen--- Achava meus filhos birrentos, mas em comparação a você...

Jensen--- Quer fazer o favor de entrar?

--- Olha só, o senhor sabe usar a palavra "favor"

rio com ironia, o que aumenta mais a raiva dele.

--- Muito obrigado pelo convite, mas não! Só vi para entregar os documentos que o senhor Arthur pediu. Agora se me der liçenca, preciso chamar um carro.

Jensen--- Arthur, aquele idiota! Pq diabos ele teve que mandar logo você aqui? É perigoso demais! Porra.

Jensen resmunga irritado, ao ponto até de soltar um palavrão, a fera tá mesmo bravo. Ou será que? Não, até parece que seria preocupação da parte dele comigo.

Mas de qualquer jeito eu não vou deixar ele culpar o senhor Arthur! Ele não merece.

--- O SENHOR Arthur jamais será um idiota, pelo contrário, ele é um ótimo profissional, ao ponto de sempre se sacrificar para salvar a sua cervejeria! E eu que insistir para ele me deixar vim! A cervejeria estava lotado! E não tinha ninguém para dar conta, a não ser ele, como sempre né.

Jensen arqueia a sobrancelha para mim. Ignoro e continuo falando.

--- O senhor Arthur só estava fazendo o trabalho dele, e muito bem por sinal! Ao invés do senhor reclamar, deveria ser mais grato a ele.

Soltei o verbo mesmo para ele. Vocês devem está pensando: Julia, você tá louca pra falar assim com o seu chefe? Não tem medo de ser demitida não?

Tenho medo sim! Inclusive preciso desse emprego para me sustentar, assim como qualquer outro. Porém só porque ele é o meu chefe, eu não tenho que baixa a guardar e muito menos ser o seu "cãozinho submisso" Porém uma das coisas mais importantes que aprendi dentro da minha casa, foi a tratar todas as pessoas da mesma maneira, sem fazer nenhuma distinção de cargo, salário, gênero, etnia, ou qualquer outra coisa.

É como mamãe sempre diz: "Eu fui ensinado a tratar o faxineiro e o dono da empresa da mesma forma"

E errada não está!

Eu posso ficar sem o meu emprego, mas nunca sem a minha dignidade!

Jensen--- Eu quero saber quanto o Arthur te paga para defende ele assim, com tanto louvor. Jensen ri. Mas de qualquer maneira era só ele ter me ligado!

--- Mas eu já falei, o seu celular só dava desligado!

Jensen--- Foi por causa das crianças. --- Drogaaa! As crianças, esqueci delas.

--- Esquceu o que?

Pergunto sem entender.

Jensem me puxa de uma maneira que eu não esperava, e me leva na direção da casa de novo.

Jensen passa as mãos no cabelo nervoso. Mas pai amado, até nervoso esse homem é sexy.

Jensen abre a maçaneta da porta.

--- Papai, onde o senhor estava?

Jensen--- Droga, MAS O QUE VOCÊS FIZERAM? EU SAIO POR UM MINUTO, E OLHA O QUE ACONTECE?

Jensen grita irritado, decido sair de trás dele. E vejo 3 rostinho de crianças todos sujos de tinta. Inclusive as roupas e o cabelo.

Agora eu entendo a ira dele!

•Volteeeei pexuual, espero que gostem do capítulo😥🖤