...Will narrando....
Aos poucos fui recobrando a consciência, a cabeça girava muito, sentei-me, a minha visão estava um pouco turva, um zumbido no ouvido me impedia de me concentrar no que estava a minha volta.
Fazendo leves pressões vi que só haviam algumas escoriações leves pelo meu rosto e corpo, sentia o corpo dolorido, mas nenhuma fratura exposta.
Olhei em volta não vi nenhum rosto conhecido do meu batalhão, será se estou enlouquecendo, deve ter sido o impacto da explosão querendo me pregar uma peça.
Rastejei a procura de sobreviventes, alguns dos reféns ainda estavam com vida, respirei aliviado.
Não tão longe dali, ouvir um sussurro, corri para perto era o Tom, sem hesitar fui até ele.
Prestei os primeiros socorros ele sangrava muito, fiquei com medo, mas tentei manter a calma e tentar ajudar o meus amigo e sai a procura do ferimento para ver se conseguia conter a hemorragia.
A todo o momento eu falava com ele tentando o distrair.
Will_ Ei.. ei, calma, respira fundo estou aqui.
Tom_ Jones, seu filho da pu'ta é você.
Ele não nunca me chamava pelo nome.
Will_ Sou eu sim, feliz em me ver.
A respiração dele estava pesada, ele se esforçava muito para pronunciar cada palavra.
Tom_ Fomos atingidos, o que aconteceu?
Will_ Fomos sim, não se preocupe com isso agora. Deixa eu ver esse ferimento.
Ele estava quase perdendo a consciência.
Will_ Tom.... Tom, oh seu filho da mãe eu preciso que você fique acordado.
Eu estava desesperado, conseguir encontrar o ferimento, havia um objeto alojado no tórax lado esquerdo dele, e pela dificuldade que ele expressava ao falar creio ter perfurado o pulmão.
Retirei minha jaqueta e fiz pressão sob o ferimento.
O tempo todo eu conversava com ele para mantê-lo acordado, olhando em volta para ver se via sinal do Dan.
Tom_ Jones, estou sentindo muita dor, cara não estou aguentando.
Will_ Não fala isso, você precisa resistir o resgate vai chegar logo, vice precisa resistir.
Tom_ Não tenho certeza disso irmão, está doendo muito. Sinto muito filho da pu'ta, acho que você vai comer a mulherada toda sem mim.
Will_ Como você consegue brincar numa hora dessa.
Tom_ É a verdade. Jones, aqui no meu bolso de trás tem uma carta a última que escrevi para os meus pais, me prometa que você vai cuidar deles.
Porque sinto que isso é uma despedida.
Will_ Você vai sair dessa, vamos voltar para casa juntos eu você e o Dan.
Tom_ Não seja tolo, me deixe morrer, eu não tenho muito tempo, vai procurar o Dan, ele pode estar precisando de ajuda. - Cara não fode, ele vai ser pai não deixe que ele se vá, você tá perdendo seu tempo aqui.
Will_ Tá... vou procurá-lo. Promete que ficará acordado.
Porque em momentos como esse, mesmo sabendo o desfecho o nosso cérebro mente para nos mesmo.
Me levanto olhando em volta, e avisto o Dan, quando eu estava prestes a ir até ele, o Tom segura a minha perna.
Me abaixo para ouvi-lo melhor.
Tom_ Seu filho da pu'ta, quero lhe dizer que foi um enorme prazer servir com você e o Dan, irmãozinho sinto muito mas estou indo embora, não se preocupe eu quero isso, não da para lutar mais, estou esgotado, me perdoe cara.
Will_ Do que você está falando você não vai morrer.
Meus olhos tomados pelas lágrimas, eu ainda não estou preparado para perder o meu irmão.
Tom_ Cara não chora, você fica tão feio quando chora, prometa que vai se casar com uma linda mulher e ter dois filhos, estou lhe pedindo isso, promete para mim.
Will_ Eu prometo.
Tom_ Não seja um babaca eu lhe conheço não deixe ela escapar de você mano, não assute ela com o seu jeito grosso, eu sei que a guerra fode com o nosso psicológico, mas não deixe que o pós guerra destrua você irmão, tú é um cara legal merece ser feliz.
Will_ Tom... acorda Tom, fique acordado cara, não faz isso.
Meu Deus eu tenho que achar ajuda.
Pela última vez ele abre os olhos dando um sorriso e fala.
Tom_ Jones seu Bastardo, a ajuda não vai vir, sinto mui.....
Will_ Não... não... Tom acorda, você não pode morrer, temos que cumprir nossa promessa meu amigo, vamos abra os olhos.
Ele não respondeu mais aos meus chamados, estou agoniado e agora? Eu nunca sentir isso antes, olho mais uma vez para o corpo falecido do meu irmão.
Isso não pode estar acontecendo, com dificuldade levantei-me e sair a procura do Dan, me doeu muito ter que deixá-lo aí.
Olhei pela última vez, na esperança de que ele viesse abrir os olhos, ma agarrando a última esperança, mas isso não aconteceu.
Andei mais alguns quilômetros a frente e reconheci o Dan de longe.
......Continua...........
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Atualizado até capítulo 92
Comments
Silvaneide de lima barbosa Silvinha
emocionante
2023-07-26
0
vivi
Que capítulo foi esse muito triste
2023-06-28
0
Telma Oliveira
e quem é que está preparado?
2023-03-21
0