4 - Teste de Virgindade

POV Isa

— Não! — respondi assustada.

— Parece que você não é muda, não é? — disse me puxando pelos braços indo em direção a casa.

Fomos andando e as pessoas foram nos acompanhando, gritando e dançando, era muito barulhento, barulhento o suficiente para não me ouvirem dizendo não ao meu marido.

Entramos na casa, passamos pela sala que era enorme e bem decorada, no meio tinha uma escada, onde o meu marido parou ao pé e me ergueu no colo, e foi subindo, comecei a tentar me debater, ele parou e disse:

— Se você continuar fazendo isso eu te devolvo para o Senescal. — imediatamente fiquei imóvel, eu sabia que se ele me devolvesse eu poderia ter um futuro pior.

Chegamos a um longo corredor e fomos andando, andando, tudo parecia durar uma eternidade, as pessoas continuavam nos acompanhando, chegamos ao quarto, ele abriu a porta, me jogou na cama e depois a trancou.

Ele tirou o paletó, a gravata e começou a desabotoar os punhos da camisa, fiquei o olhando encolhida e assustada, até que ele se virou para mim e disse:

— O que está esperando? Tire esse vestido!

Eu entendi o que ele estava querendo dizer, então comecei a negar:

— Não, não! Por favor, não faça isso, não me toque! Me deixe ir embora, por favor!

— Eu paguei caro por você, garota! Acha que vou te deixar ir assim?

— Eu não valho muito dinheiro, sou pobre e miserável, você não deve ter pago tão caro assim.

Ele tirou sua camisa, se sentou na cama e se aproximou e pegou em meu queixo, me fazendo encarar os seus olhos.

— Está me dizendo que eu fui enganado? Que você não vale o que paguei? Quer dizer que você não é virgem?

— Não, eu não sou! Você foi enganado, me deixe ir embora, por favor! — não era verdade, eu nunca me deitei com nenhum homem na vida e nunca vou me deitar com um, sinto nojo deles, falei isso porque provavelmente ele só me queria se fosse virgem.

Ele se levantou, passou a mão no cabelo com raiva.

— Eu sabia que estava sendo enganado, você me parece uma garota boba demais pra nunca ter caído na conversa de um homem! Mas agora é tarde, meu avô gostou de você, e segundo as tradições essas pessoas só vão sair dessa porta depois da prova da virgindade da noiva.

— Por favor, não me toque, eu não sou virgem, não me toque!

— Eu não vou te tocar, eu só te queria se fosse virgem e felizmente eu tenho um plano B, mas você vai ter que tirar sua roupa.

— Não, não!

— Olha, vai no banheiro, tire a roupa, e vista isso! — disse jogando as sua camisa em mim — Quando sair me dê o vestido aqui, eu não quero te ver nua!

Corri ao banheiro e fiz o que ele pediu, quando voltei lhe entreguei o vestido, após isso foi até uma gaveta de uma cômoda, pegou uma tesoura, levantou a bainha da calça e fez um corte no calcanhar, depois passou o sangue nos lençóis da cama e então pegou meu vestido e começou a rasgar, fiquei perplexa vendo ele fazer aquilo, ele me olhou e disse:

— Tem que parecer que tivemos uma noite selvagem aqui, esposa!

Após isso ele abriu a porta, e algumas pessoas entraram, viram o sangue nos lençóis e começaram a gritar de felicidade, abraçaram o noivo o parabenizando, isso durou umas meia hora, e depois nos deixaram a sós, meu marido foi para o banheiro e tomar um banho me deitei na cama e estava tão exausta daquilo tudo que acabei adormecendo em um sono pesado e sem sonhos.