Capítulo 17

Nalla acordou já estava quase escurecendo, Heitor não estava mais na cama, então ela vestiu uma roupa confortável, pois estava frio e desceu, ela escutou ele nervoso no telefone, mas quando a viu suavisou o semblante e a voz, depois de um tempo ele desligou o celular e foi até ela.

_ Oie, algum problema? perguntou Nalla.

_ Não, alguns assuntos da empresa. Falou ele beijando sua testa e lhe entregando um remédio.

_ Que isso? Perguntou ela.

_ Pra você tomar, esqueci o preservativo e não queremos um bebê agora né. Falou ele .

_ É, respondeu ela tomando o remédio.

Ela não queria um filho agora mas Heitor ficava apavorado com a ideia e isso a magoava muito, ele não precisava ter tanto medo.

_ Está com fome? Perguntou ele.

_ Um pouco, respondeu ela.

Heitor esquentou o restante da lasanha do almoço e eles comeram em silêncio.

_ Por qual motivo você tem medo que eu fique grávida? Perguntou Nalla.

_ Você é muito nova, tem que terminar a faculdade e eu não quero filhos, não nasci para ser pai, tenho muitas questões mal resolvidas, e não quero um filho.

_ E se acontecer de eu ficar grávida? perguntou Nalla.

_ Isso não vai acontecer e não pode acontecer, filhos não estão nos meus planos, quer ir ao cinema? perguntou ele.

_ Quero sim, respondeu ela.

_ Charlotte e Pedro também vão, vou me arrumar, falou ele saindo da cozinha.

Nalla não entendia por qual motivo Heitor era tão resistente a ideia de ter um filho, ele foi criado em um lar cheio de amor, um ótimo pai.

Ela arrumou para ir ao cinema, Charlotte e Pedro foram também, a noite foi super agradável, eles estavam felizes juntos, mas Heitor estava aéreo, não estava participando muito das conversas. Depois que ele recebeu uma ligação foi pior, aí que ele azedou de vez.

_ Nalla vou pra casa, falou ele levantando-se.

_ Vou com você, falou ela levantando-se também.

_ Não, pode ficar, eu vou sozinho, falou ele.

_ Eu vou com você, falou ela.

_ Ja disse que não, eu vou voltar sozinha, deixa de ser teimosa. Falou ele saindo e deixando todos na mesa sem entender nada.

Nalla sentou-se novamente, ela ficou sem entender nada, Heitor estava nervoso a tratou mal sem motivo. Então ela terminou de comer seu lanche, ninguém comentou sobre o assunto, Antôny havia os encontrado no shopping ele estava namorando com Priscila.

_ Amiga você está bem? Perguntou Priscila preocupada com Nalla.

_ Estou ótima, pessoal o papo está bom, mas preciso ir, amanhã tenho reunião cedo com meu orientador da semana de advocacia. Falou ela levantando-se.

_ Eu te levo, falou Antôny.

_ Não precisa, vou de táxi, respondeu ela levantando-se.

Nalla chegou na saída do shopping, não tinha nenhum taxista, então ela resolveu ir andando, afinal não estava muito tarde e não estava longe de casa.

Ela estava caminhando distraída, quando escutou passos atrás dela, eram dois homens.

Ela começou a correr quando eles estavam se aproximando, mas com ela é pequena não conseguia correr muito, os homens logo a alcançaram.

_ Olha o que temos aqui, uma princesinha, Falou um dos homens a segurando pelo cabelo.

_ Bem gostosinh@ e cheirosa.Falou o outro a apalpando.

_ Por favor moço não faz nada de mal comigo não, pediu ela.

_ Quem disse que vamos fazer mal a você gracinha, vamos te dar pr@zer, falou o homem barbudo e tatuado.

Nalla começou a chorar de desespero quando eles a arrast@ram pelo beco, eles tamparam sua boc@ e ela não conseguia gritar e is homens se divertiam com sua agonia.

Quando chegaram no beco escuro eles a jog@ram contra a parede, mas ela levou uma forte pancada na cab&ça e desmaiou.

_ Caraca meu mat@mos a loirinha, falou o homem barbudo.

_ Vamos embora daqui, não posso voltar para a cadeia, falou o outro homem.

Eles fugiram deixando Nalla desmaiada no beco sujo,e cheio de ratos.

Um homem que passava por ali viu a cena e correu para ajudá-la, constando que ela ainda esta viva ele correu com ela para o hospital.

Chegando lá ele contou como a encontrou no beco.

Depois de um tempo Nalla acordou, ela estava com uma forte dor de cabeça, e confusa não sabia onde estava a última coisa que se lembrava era dos homens a agarrando.

_ Que bom que acordou princesa, falou um homem bonito a sua frente.

_ Quem é você e onde estou? perguntou ela.

_ Sou Daniel Lancelotte e voce está no hospital, te encontrei em um beco, você estava desmaiada. Respondeu o homem.

_ Obrigada Daniel, eu estava saindo do shopping, quando dois homens me arrastaram para um beco, eles me fizeram mal? Perguntou ela.

_ Não, eles não fizeram nada com você, respondeu ele.

_ Graças à Deus, falou Nalla suspirando aliviada.

_ Seus primos já estão vindo lhe buscar, eu vou indo tenho que ir para o trabalho, adeus princesa, falou Daniel beijando sua testa e indo embora.

O médico deu alta para Nalla e Charlotte foi buscá-la junto com Heitor.

_ Passei a noite preocupada com você, faliu Charlotte a abraçando.

_ Descupa prima, falou Nalla chorando.

_ Vamos embora, ainda tenho que trabalhar, falou Heitor.

_ Vamos sim, faliu Nalla saindo abraçada com sua prima.

_ Liga não ele está de mal humor, mas quase morreu de preocupação, ficou a noite rodando em delegacias e hospitais a sua procura. Falou Charlotte.

_ É, talvez se eu tivesse morrido ele estaria mais feliz, falou Nalla triste.

_ Não fala assim, eu não viveria sem você. Falou Charlotte a abraçando.

Heitor

Passeia a noite procurando Nalla, depois que ela não voltou fiquei preocupado, então quando hoje de manhã um tal de Daniel ligou no meu celular falando do paradeiro dela fiquei super feliz.

Quando cheguei no hospital e vi ela fiquei aliviado, mas quando olhei para seu corpo e vi ela com uma camisa de homem, meu sangue ferveu e acbei sendo grosso com Nalla.

Deixei Charlotte na faculdade e estou levando Nalla para casa, ela não tem condições de estudar hoje.

_ Fico feliz que está bem, não faz mais isso tá bom.

_ Obrigada não vou fazer, se Daniel não me acha nem sei o que teria acontecido, respondeu Nalla.

Heitor fechou a cara novamente, não conhecia esse Daniel, mas só de ouvir seu nome já ficava irritado.

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