Cap. 05 Sentimento miserável...

...Samanta Antonelli...

Saio do hotel, o motorista me deixa em casa, subo para o meu quarto  e entro no banheiro e fico em baixo do chuveiro e me esfregou com o máximo de força  que eu consigo, me sinto suja, usada, hoje eu me vendi e um sentimento miserável  toma conta de mim.

Deito na minha cama o ‘flash’ do que aconteceu fica voltando a minha cabeça, embora eu tenha me deixado levar naquele momento aquilo não era algo que eu queria eu Sei que o  dia de hoje  vai me transformar para sempre.

Afundo-me em meus pensamentos e logo durmo.

Acordo me arrumo para ir à faculdade e meus pais ainda parecem preocupados.

— Pai mãe, aqui está o documento da hipoteca, consegui o dinheiro para pagar. — Falo jogando sobre a mesa o papel.

Eles me olham espantados.

— Como conseguiu tanto dinheiro? — Meu pai pergunta

— O Davi me emprestou. Ele não tinha todo o dinheiro então vendeu um carro, uma moto, juntou com o que tinha na conta  e me emprestou. — A mentira era a melhor opção naquele momento.

— Estou envergonhada. Ele vendeu seus bens para nos ajudar? Mas é muito dinheiro como vamos pagar?  —Minha mãe pergunta preocupada

— Ele tem outros carros, não  se preocupe, vamos dando pouco todo mês. Ele não está precisando  do dinheiro para logo. — Falo

— Traga ele aqui para jantar quero agradecer, pessoalmente.— Meu pai fala, agora visivelmente  mais tranquilo.

— Preciso ir se não perco a primeira aula. — Falo correndo para porta.

Chego na faculdade  e Davi me espera na entrada.

— E ai como estão  as coisas?— Ele pergunta preocupado

— Deu tudo certo, consegui o dinheiro. — Falo

Ele me olha espantado.

— Sério? Onde conseguiu tanto dinheiro?— Ele pergunta curioso.

Meu semblante cai e ele percebe que tem algo me incomodando, porém, não pretendo contar da minha noite para ele.

— Consegui outro emprego, falei que precisava desse dinheiro e recebi um adiantamento e pagarei com meus serviços.— Falo tentando ser convincente.

— Samanta você  estar mentindo.. Quem pagaria 500 mil  de adiantamento?— Ele fala me estudando.

— Esquece esse assunto, já foi resolvido, o que vai fazer hoje a noite?— Pergunto mudando de assunto.

— Não tenho planos.— Ele fala ainda contrariado.

— Então vamos sair para onde você quiser, agora você  paga porque eu não tenho dinheiro. — Falo e ele relaxa.

Nós  dois rimos, ele balança a cabeça concordando e vamos para sala de aula.

A aula acaba e Davi me leva para o café.

— volto mais tarde para te pegar.— Ele fala já no carro

— Tudo bem. — Falo sorrindo para ele.

Entro no café e Gabi já está arrumando as coisas.

— Amiga, eu e Dani vamos sair hoje quer ir junto?— Pergunto animada

— Claro, aonde vamos? — Ele pergunta.

— Não tem nada definido ainda. — respondo

— Então vamos a uma boate aqui perto que é bem badalada, só vip, quem sabe não acho meu homem rico lá.— Ela fala sonhadora

— Se é vip como vamos entrar? — Pergunto

— E você  pensa que o Davi não é vip? A familia dele pode não ter tanto dinheiro  como antes, mas nome é tudo querida. — Ela fala com o nariz espetando o ar.

— Está bem então vamos.— Falo rindo das bobagens dela.

— Na Hora do nosso intervalo, vamos comprar umas roupas. — Ela fala animada

— Roupas? — Não Gabi não tenho dinheiro.

— De forma nenhuma que você vai desarrumada, eu compro no cartão, e parcelo em 12x. — Ela fala

1 hora depois...

— Gabi você roda, roda e não compra nada. — Falo já cansada. — Já estou tonta de tanto andar. — Completo

— Acheiiii.... Perfeito.... —  ela fala eufórica

Entramos na loja e a Gabi vai até  dois vestidos que são realmente belíssimos.

um é bem comportado rosa e combina com o estilo que eu gosto o outro é vermelho acima do joelho e com um decote generoso.

Viro a etiqueta para olhar o valor.

— Nossa muito caro não podemos, não ganhamos isso nem em dois meses de trabalho. — Falo já virando de costas.

— Vai provar.— Ela fala entregando o vestido e me empurrando até o provador.

— Uauuuuu você  esta incrível.— Vamos levar esse.

— Gabii  é muito caro não, não.  — Falo puxando ela pelo braço.

— Vai logo tira o vestido que ainda temos trabalho. — Ela fala sem me da atenção.

Ela pega os vestidos paga e saímos da loja. Eu saio aflita nunca paguei tão caro em um vestido.

Terminamos nosso expediente  e nos trocamos.

— Um espetáculo é isso que estamos... — ela fala se admirando

Davi chega e buzina na frente do café.

— Estamos prontas... — Saímos correndo de dentro do café gritando.

— Uau meninas vocês estão lindas. — Davi abre a porta e nós entramos.

— Aonde vamos meninas? — Ele pergunta antes de ligar o carro

— Você conhece a boate vip que tem aqui perto? — Gabi pergunta

— Sim. — Ele fala

— Espero que você seja vip por que é para lá que nós vamos. — Ela fala com um sorriso realizado de quem esperou muito esse momento.

— Suponho que posso dar um jeito. — Ele sorrir de volta.

Chegamos na boate  Davi vai até à entrada e tirar um rolo de dinheiro  e entregando a um dos seguranças, que acena positivamente com a cabeça.

— Vamos meninas, tudo certo. — Ele fala chamando com a mão.

Gabi entra observando tudo

— Obrigada Davi você  é incrível. — Ela o abraça e sorrir animada.

— E você o que achou?— Ele pergunta olhando para mim.

— Não é um lugar que eu frequentaria normalmente. — Falo observando tudo também.

Vou andando conhecendo o lugar e vejo Gabi já conversando com um cara e Davi foi pegar umas bebidas.

— Toma peguei para você. — Ele fala me entregando

— O que é isso? Eu não tenho costume de beber. — Falo olhando o copo

— Sam (Essa era a forma que ele me chamava às vezes) se solta só uma vez na vida.— Ele fala implorando.

— Esta bem. Só  esse. — Falo o advertindo.

A bebida era doce e descia fácil. Não  me lembro quantas  tomei depois dessa, mas eu já não estava tão sóbria.

Davi me chama para dançar e eu aceito, começamos a dançar e eu julgo que Davi está bem alegrinho, ele me puxa cada vez  mais para perto e suas mãos percorrem meu corpo.

— Davi preciso ir ao banheiro.— Falo me saindo

— Quer que eu vá com você? — Ele pergunta

— Não  precisa, eu volto logo.— Respondo já saindo

Quando estou saindo do banheiro, sinto uma mão me puxando e me empresando contra a parede.

Tento me soltar, mas ainda estou sob efeito do álcool, sinto meus movimentos lentos. Ele me prende ainda mais na parede e começa a passar a mão pelo meu corpo, apertando meus s*ios, eu grito, mas ninguém me ouve...

...Continua.

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