[Capítulo 6] Em processo de revisão

Depois de alguns minutos finalmente cheguei em casa. Me transformei em minha forma humana e entre escondida dentro de casa. Não queria que meu pai visse aquele vestido rasgado, provavelmente ele iria se preocupar, e eu não quero que isso aconteça.

Passei pela porta como um raio e subi os degraus da escada até o meu quarto. Assim que entrei tranquei a porta atrás de mim, e tentei recuperar meu fôlego.

– Meu Deus o que aconteceu com você?! – Fala Mary olha para meu estado completamente espantada.

" Droga por essa não esperava. Eu pensei que a Mary já estava lá em baixo "

Respiro profundamente tentando me acalmar. Assim que isso acontece decidi contar para Mary o que aconteceu.

- O Clã Reizer, foi isso que aconteceu.

- O Clã Reizer ?! – Mary quase salta de susto ao ouvir o nome desse clã – Eles fizeram alguma coisa, você está bem? aqueles covardes fizeram alguma coisa com você?!

- Eles tentaram me violentar, mas...

As memórias e imagens do misterioso alfa invadem minha mente sem qualquer cerimônia.

- Mas... – Mary fica impaciente – fala logo Verônica! Congelou?

– Um alfa, ele me ajudou.

– Um alfa? Tem certeza de que era um alfa?

– Sim.

– De que Clã?

– Não sei, mas ele era... – sinto minhas bochechas queimarem sem explicação alguma.

– Hmmm... Entendi – Ela abre um sorriso malicioso.

" Aff... Lá vem ela de novo. "

– Não sei do que está falando – fico séria.

– Fala ele era lindo? – ela começa a gargalhar – Para quem disse que não iria suportar a perda do Gabriel até que você foi bem rápida, não é mesmo maninha? – Mary pisca para mim.

– Escuta aqui Mary, eu não estou interessada naquele desgraçado, mal educado... Grrrr!!! – tento me controlar para não explodir de raiva.

– Ele mexeu mesmo com você, quem quer que seja.

Lanço um olhar matador como resposta ao comentário inadequado da Mary. Ela não sabe o que aconteceu, o modo como aquele... foi tão mal educado comigo, me deixou sozinha na floresta falando sozinha.

" Tudo que sinto por ele é ódio, nada mais! "

– Está bem – Ela levanta as mãos se redendo – Não está mais aqui quem falou.

Mary sai do quarto passando por mim com um sorrisinho debochado. Assim que ela fecha a porta, suspirei completamente irritada com a atitude infantil dela.

Porém de certa forma ela estava certa, aquele alfa tinha mexido comigo de alguma forma que não sabia explicar. Era como se nossas vidas estivessem destinadas um ao outro.

" Preciso esquecer isso. Eu não quero ver aquele lobo mal educado, sem classe nem pintado de ouro "

Tirei o vestido rasgado que estava usando e fui para o guarda-roupa, peguei um vestido dourado elegante e o vesti. Depois me sentei novamente em frente ao espelho e comecei a me maquiar. Enquanto fazia isso, mas lembranças e fragmentos da imagem do alfa invadiam minha mente sem qualquer cerimônia.

"Porque não consigo tirar ele da cabeça? Ele foi um verdadeiro filho da p&## comigo! Não merece ser lembrando por mim "

Eu já estava angustiada com essas memórias insistentes. Porque elas poderiam significar algo, que tive um imprinting pelo alfa. O que significa que ele e eu estamos destinados a ficar juntos.

" Não! Isso é bobagem, eu já parei de acreditar nisso a muito tempo. Eu pensei que Gabriel era minha alma gêmea, mas o que ele fez só foi me abandonar. "

Balancei a cabeça para afastar aqueles pensamentos sem sentido e voltei meu foco na maquiagem. Tinha que me esforçar muito para esconder as marcas vermelhas no meu corpo, causadas pelo Clã Reizer.

Levou um bom tempo, mas terminei. Olhei para o espelho e abri um largo sorriso de satisfação. Em seguida levantei da cadeira, e sai do quarto para participar da festa de noivado da minha irmã.

Assim que cheguei no último degrau da escada, levei um susto. Os convidados já estavam na sala de estar todos reunidos, bem vestidos, bebendo e conversando entre si. Entre eles estava meu pai e minha irmã.

- Trocou de vestido querida? - pergunta meu pai assim que me ver.

Respiro fundo torcendo para que ele não descobrisse os hematomas em minha pele e então segui andado normalmente em sua direção e da minha irmã.

-– Estava enjoada daquele vestido, ele não combinava muito comigo.

– Mas ele não era seu favorito? – rebate ele.

Mary e eu trocamos olhares rápidos. Era possível ver em seus olhos a mensagem escrita "por favor Verônica, seja mais convincente! "

– Sim, você falou bem pai. Aquele vestido era meu favorito, mas não é mais. Ele está muito velho.

– Está bem, se você diz... De qualquer forma você está linda.

– Obrigada.

Enquanto conversamos, um homem com mais ou menos a idade de 57ou 59, aparece. Ele usava um terno cinza elegante bem caro, mas não era isso que se destacava nele, e sim sua cara amarrada e séria.

– John Albany

- Nick, seja bem-vindo – Ele abre um sorriso amistoso para o homem.

– Obrigado, mas... Quem são elas? – ele coloca os seus olhos sérios sobre nós duas.

– São minha filhas – Responde meu pai.

– Claro... – Nick olha confuso para nós duas, revezando inclusive olhares – Qual delas é a Mary?

– Sou eu – Mary se identifica, mas não tinha nenhuma simpatia em seu rosto.

– Então você é a noiva do meu filho – ele aperta a mão da minha irmã, em seguida lança um olhar sobre mim – E ela quem é ?

– Minha outra filha, Verônica, ela e Mary são gêmeas – reponde meu pai.

– E você criou essas duas ?! – ele fica impressionado.

– Sim.

– Deve ter sido difícil – argumenta Nick.

- Nem me fale. quando elas eram pequenas, faziam muitas travessuras. Como não sabia quem tinha aprontado, tinha sempre que colocar as duas de castigo, para ter certeza que a verdadeira culpada seria castigada.

" E isso era tão injusto, nunca me conformei em pagar por algo que não fiz, mas Pelo menos a Mary pagava comigo "

Nick chama atenção de um rapaz, que estava conversando.

- Agora quero que conheçam meu filho – ele abre um largo sorriso – Andrios!

Quando o rapaz se vira, meus olhos crescem e meu coração começa a disparar acelerado. Era ele... Era o... O alfa!

" Ele não! Ele não! O que ele está fazendo aqui?! "

– Não pode ser, você?! – falo quase dando um salto para trás.

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