Uma Possibilidade

Poderia estar enganado, mas talvez ela fosse a solução de seus problemas. Sua nova colega de turma mostrava-se bastante simpática, uma garota simples e alegre, a positiva Uraraka-san parecia a

candidata perfeita para a mãe do filho de Todoroki.

Não sabia bem como apresentaria a ideia ao alfa, no entanto estava animado, por isso tratou logo de mandar uma mensagem para o bicolor dizendo que precisava falar com ele urgentemente. E como esperado, o alfa o estava esperando na saída da faculdade; seguiram para um café próximo, antes que o horário de trabalho de Midoriya começasse.

Haviam de certa forma se tornado amigos, talvez por isso o esverdeado não se importasse de ser visto com o maior, fora que já havia desistido de pedir para o outro deixar de segui-lo. Agora o que precisava era aproveitar o tempo que tinha até que o café ficasse pronto e o mais alto voltasse para a mesa de ambos.

- Aqui! - falou entregando o copo e sentando se na frente do outro.

- Obrigado! bebericou um pouco.

-Sabe,Todoroki-kun, creio que finalmente depois desses dois meses, encontrei a pessoa certa para você, ela é uma garota que se transferiu ao nosso departamento, é bem bonita e tenho quase certeza que ela irá aceitar a sua proposta, não que eu já tenha perguntado, mas analisando as nossas últimas conversas, ela veio para está universidade tentar conseguir dinheiro e ajudar nos negócios do pai e... Ah m-me desculpe, eu fiz de novo, não é?

- Tudo bem, eu meio que acho isso fofo em você. - o lupino riu soprado.

- Hum... e o que acha de conhece-la? - estava visivelmente envergonhado com o comentário alheio, porém tentou permanecer indiferente, ainda que suas orelhas um pouco rubras o denunciasse.

- Bom, esse é o trato, se você está dizendo, irei crer na possibilidade. não era muito de seu agrado, entretanto, deveria manter sua palavra, ainda que soubesse ou melhor, já planejava maneiras de que não desse certo. Me informe quando for possível esse encontro. - falou já se levantando e sendo seguido pelo ômega para fora do local.Bem, até mais, Todoroki-kun. recebeu um aceno em resposta. Tinha sido mais fácil do que imaginava, agora só precisava fazer com que a morena aceitasse.

[...]

Midoriya havia usado a noite quase toda para pensar em uma forma de abordar Uraraka, e ainda que estivesse cansado da noite mal dormida, respirou fundo tomando coragem e se dirigindo ao encontro da garota que estava sentada em um banco na faculdade a alguns metros de si. Acenou para a mesma ao se aproximar.

- Bom dia, Deku-kun. - sorriu para o amigo, em menos de um mês já haviam conversado sobre suas famílias e até sobre o passado e em umas dessas conversas, Izuku havia revelado que fora chamado ofensivamente de ômega inútil, ganhando o apelido de Deku. Buscando mudar o significado, a jovem resolver o chamar da mesma forma, mas agora como uma maneira de o inventar a conseguir o que quisesse.Bom dia, Uraraka-san, eh, sabe, queria falar com você sobre algo. sentou-se ao seu lado, ganhando sua atenção. - Tem outra pessoa além de você que sabe que sou ômega nessa universidade.

Aquilo sim prendeu a garota, já que aquele parecia até um segredo de Estado para esverdeado.

- Ele está buscando alguém para ter um filho dele e... eu, hum, meio que pensei que... talvez você pudesse ser essa pessoa.

A morena ficou estática, arregalou os olhos e abriu a boca sem emitir qualquer som, diante da face inerte da amiga resolveu explicar melhor.

-E-eu sei que é algo absurdo para algumas pessoas, e se para você também for, por favor esqueça completamente o que acabei de falar, m mas se puder considerar, gostaria que ao menos falasse com ele. Quem sabe se você o conhecer e conversar com ele possa entender melhor. abaixou a vista, já estava ficando desconfortável com a situação.

Ochako respirou fundo, vendo o jeito desconcertado do outro, percebeu que o assuntonão era brincadeira.

-Primeiro de tudo, quem é ele? como se fosse aceitar, mas estava curiosa. não era

-Eu preciso que você prometa que não contará a ninguém. - ela assentiu. O Todoroki Shouto. - era quase um sussurro segredando o nome alheio.

- O príncipe To... foi calada do quase grito pelas mãos ágeis do esverdeado. Oh, me desculpa, só que é uma grande surpresa - Midoriya concordava - Mas por que ele precisa achar alguém para isso? Tenho certeza que se ele estalar os dedos caí ômega até do céu. Izuku teve rir, seus pensamentos eram bem parecidos.

-Acho que tem algo haver com seu pai e com o fato de que não pode ter complicações depois, por isso está oferecendo uma boa soma pelo filho.

- Hum... - mesmo que precisasse de dinheiro não se interessou, um filho era um filho, e ainda que muitos fizessem isso, não sabia como as pessoas faziam para não se apegar ao bebê em nove meses de gestação. Desculpa, Deku-kun, mas não acho que sirva para isso.- Você poderia pelo menos conversar com ele? Quem sabe assim não mude de opinião? não achava que fosse mudar algo, porém a pessoa a sua frente parecia tão desesperada que resolveu aceitar.

-Ok, só me avisa quando. falou se levantando e sendo acompanhada pelo outro. Ambos seguindo para a aula.

- Obrigada, Uraraka-san, assim que resolvido te avisarei. - suspirou aliviado.

-Agora me conta, por que é você que está buscando por ele? - engoliu seco, porém pensou rapidamente e resolveu contar a mesma história que havia falado a Mina.

O ômega agora só precisava confirmar com Todoroki e torcer para que tudo desse certo, apesar que passou a se sentir mal com a possibilidade, só não sabia se a sensação ruim era por culpa de estar jogando para outra pessoa algo que não queria para si, ou se por saber que provavelmente não teria mais nenhuma ligação com o bicolor após o fechamento do contrato com a morena.

Não podia negar que o lúpus era um jovemlegal, e que se talvez fosse em outras circunstâncias, poderiam ter sido bons amigos. Sentia que o heterocromático escondia algo de si quando falava sobre isso de ter um filho, e ainda que não concordasse com os métodos que o rapaz estava usando, sabia que todos tem seus próprios motivos e não deveria impor sua própria moral sobre ninguém.

No fim, pedia somente que seus amigos não saíssem machucados e que essa possível futura criança não viesse a sofrer. Seu coração se apertou com tantos pensamentos, mas havia tanto para se preocupar, manter a meta era tudo que podia fazer no momento. Ainda que seu quase inexpressivo lobo interior o dissesse que estava errado.

Contínua no próximo capítulo.

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