Capítulo 18

Henrique estacionou em frente a um enorme edifício elegante e gigantesco, ele olhou incrédulo para o lugar em seguida olhou para Laura.

Henrique — Esse é o lugar onde vamos almoçar?

Laura — Sim, não gostou?

Henrique — Não acha meio...

Laura — Extravagante? É talvez sim, mas aqui é um bom lugar o atendimento é ótimo e ele é meu.

Henrique — Você que é dizer do seu pai?

Laura — Não, ele é meu literalmente meu pai me deu esse Hotel para administrar. Ele quer me preparar para assumir os outros negócios da família, então ele me deu o Roseberg resort, sou a CEO daqui. Não quero me gabar, mas os números subiram bastante depois que assumi.

Henrique — parabéns você merece.

Laura — Obrigada... Por ser sincero. E muito difícil encontrar pessoas como você sabia?

Henrique — Como eu?

Laura — amigos de verdade. Não parasitas que só estão interessados no que você pode dar. Sabe... No dia que nós nos conhecemos, eu estava desesperada quando soube que minha prima foi sequestrada eu liguei para várias pessoas me ajudarem, mas ninguém me ajudou a não ser um certo desconhecido que assaltei — sorri.

Henrique — Mas eu não sou o herói da história, eu podia ter deixado na fábrica e pegado a recompensa na mansão.

Laura — Mas não foi, por algum motivo voltou para me salvou, vou ser sempre grata.

Henrique e Laura trocam olhares profundos, enquanto isso um silêncio ensurdecedor toma conta do ambiente. Porém, logo é quebrado quando o manobrista surge na porta.

Manobrista — Dá licença, tira essa lata velha... — o homem congela quando vê Laura no banco do passageiro — Senhorita Laura, que bom te ver.

Laura — Você ia chamar a o carro do meu amigo... de lata velha? — ela ergue uma de suas sobrancelhas.

Manobrista — O que é isso Senhorita Roseberg, eu estava falando... — ele pega uma lata de Coca-Cola do lixo — dessa lata.

Laura — Sei... Você deve ser novato, nunca te vi por aqui, mas uma coisa você tem que saber. A regra primordial do Resort é tratar todos com respeito, considere isso como um aviso, a próxima será uma advertência e se acontecer outra vez demissão.

Manobrista — Sim Senhorita... — fala ele gaguejando.

O manobrista abre a porta do carro, Laura e Henrique saem do veículo, em seguida Henrique entrega a chaves para o homem estacionar o veículo.

Laura — Se tem uma coisa que detesto é chamar atenção de funcionário, isso devia ser função da Isadora. Preciso falar com ela e chamar sua atenção — suspira — mas que dia.

Henrique — Não precisa ficar nervosa Laura.

Laura — Preciso sim, eu estava planejando uma tarde tranquila para mim, mas pelo jeito isso vai virar uma inspeção surpresa. O bom é que finalmente vou descobrir os podres que tem por aqui quando não estou por perto.

Henrique — Eu posso te ajudar se quiser.

Laura — Nada disso, eu disse que você ia almoçar olhando para a vista do mar e é isso que você vai fazer! — Ela caminha em direção à porta giratória — Quanto a mim tenho uns assuntos para tratar com a Isadora.

Henrique a segue, mas ao entrar ele perde Laura de vista em meio às pessoas que estavam na entrada do hotel. Ele estava prestes a ampliar sua audição para localizá-la, quando um recepcionista aparece.

Raphaela — Oi bom dia, meu nome é Raphaela como posso ajudá-lo?

Henrique — Laura... Ou melhor a Senhorita Roseberg me convidou para almoçar aqui no Resort, mas quero dizer que não precisa colocar na conta dela eu faço questão de pagar.

Raphaela — Nada disso, se conhece a Senhorita Roseberg e ela te convidou a comida fica por conta da casa.

Henrique — Mas eu faço questão...

Raphaela — Nada disso, venha comigo será bem atendido pela melhor funcionária daqui eu.

Henrique olha para o lado e por ironia do destino, encontra uma foto do funcionário do mês com o nome da Isadora.

Henrique — Não é o que aquela foto diz.

Raphaela — As vezes as coisas não são o que parecem — falou em um tom meio sombrio — Mas eu não ligo. Não é uma foto na parede que pode definir o caráter de uma pessoa e nem o quanto ela se dedica para fazer o melhor.