CAPÍTULO DEZESSETE

Ela respira fundo e Ben cria uma expectativa, que não sabe ao certo pelo quê seria.

 — Eu gostei muito daqui. - ela fala depois de repensar sua frase, por poucos segundos. - Pode me trazer nesse spa mais vezes? - ela segura seu rosto entre as mãos enquanto pede com a voz carinhosa.

 — Posso te trazer mais vezes, já que está pedindo com tanto carinho. Percebi que gostou daqui pela sua atitude.

Ela sorri e o beija com uma paixão, que ele interpreta como uma tentativa de fazer o que ele pediu.

 — Obrigada, Ben. - ela sussurra deitando a cabeça em seu ombro.

Ele a sente sorrir e seu peito se enche de uma sensação e de um sentimento que ele não sabe dizer o que é, mas que o deixa com um sentimento de felicidade e plenitude no peito, então ele sorri.

 — Não precisa me agradecer, querida. Sinto que você, entendendo ou não, está tentando cumprir o que me prometeu… está tentando ser minha. Verdadeiramente minha, como te pedi nessa madrugada, e você me prometeu tentar.

 — Mas ainda preciso que você tente me explicar, Ben. - ela acaricia seu rosto.

 — Estou tentando achar uma definição, Monica. - ele suspira e muda de assunto. - Me avise quando quiser ir embora, está bem?

 — Daqui a pouco. Estou tão relaxada que está começando a me dar sono. - ele a sente sorrir novamente. - Mas não quero sair ainda.

 — Saímos quando a água começar a esfriar.

Ela assente e, em pouco tempo, adormece em seu colo, sem mudar de posição. Ben sai da banheira com ela em seus braços, a envolve em um roupão felpudo, e se arruma para ir embora, enquanto ela fica acomodada em uma chaise longue. Monica só desperta quando ele chega, mais uma vez, de madrugada, ainda envolta no roupão do spa.

 — Você tem dormido muito pouco. - ela diz quando ele se deita ao seu lado.

 — Estarei fora por alguns dias. - ele muda de assunto. - E eu quero adiantar algumas transas. - ela arregala os olhos. - Mas não quero te machucar como na última vez, e em várias outras. Não quero te machucar nem física e nem psicologicamente… não quero viajar e te deixar precisando de cuidados, entende? Consegue se soltar?

 — Eu não sei… - ela responde pensativa.

 — Vou tentar não perder o controle, está bem? - ela assente. - Ótimo.

Ele a puxa para perto, começa a beijá-la, abrindo seu roupão e suas mãos percorrem seu corpo, acariciando, provocando. Monica fica recordando a tarde que teve no spa, tentando reviver os momentos de relaxamento, para não entrar em pânico e tenta se soltar para poder apreciar cada minuto que tem com ele, antes que se ausente.

Sentindo seu corpo ser suavemente acariciado, ela leva suas mãos ao tórax musculoso de Ben, e começa a acariciá-lo também, desenhando o contorno de seus músculos definidos com as pontas de seus dedos. Seu gesto o surpreende, e ele afasta suas mãos para apenas sentir as carícias dela, se girando seu corpo lentamente, até ficar deitado de costas na cama, com a expectativa de que ela continue as carícias.

Com o corpo de Ben à sua disposição, por alguns instantes, Monica não sabe o que fazer e olha em seus olhos. Ele pega sua mão, coloca sobre o próprio abdômen e lhe dá um leve sorriso de incentivo. Ela se aproxima um pouco mais, se ajoelhando ao seu lado e passeia suas mãos por todo o abdômen, lenta e suavemente, fazendo-o se arrepiar sob o seu toque. Encantada com a resposta que obtém apenas com as mãos, ela se curva sobre ele e começa a acariciá-lo com a ponta de sua língua, percorrendo todo o seu tórax, depois subindo até seu pescoço, e desliza parte do próprio corpo sobre o dele, e beija sua boca com paixão, continuando a deslizar sua mão por ele, até alcançar sua virilha e finalmente sua ereção, que pulsa sob o comando de seu toque.

Ben a abraça girando seus corpos e fica parcialmente sobre ela, quando troca suas posições, e acaricia todo o lado do corpo de Monica, beijando-a com urgência, demonstrando toda a necessidade que tem dela. Ele a sente relaxada e receptiva, então avança com suas carícias provocando seus mamilos com a mão, depois com a boca enquanto desliza sua mão até chegar à fenda glútea e desliza seus dedos chegando à buceta que já está encharcada e sedenta por ele.

Sentindo-a pulsar, ele puxa sua coxa para cima de suas pernas e massageia seu clítoris até que ela convulsiona e geme contra sua boca, sob seu comando. Encantado, Ben abandona sua boca para ouvi-la gemer seu nome e a penetra de uma vez, massageando a borda de seu cu com os dedos.

Parado dentro dela, ele a admira se contorcer de tesão com a boca entreaberta. Ele se move e arremete com força e para novamente, vendo-a deixar escapar outro gemido forte com seus olhos fechados. Ainda parado, ele a beija introduzindo apenas um dedo em seu cu e ela começa a comprimi-lo dentro dela, seu corpo sacode sob o dele enquanto ela goza cravando as unhas em suas costas, fazendo-o também gemer de prazer.

 — Posso meter fundo em você, Monica? - ele pergunta afastando suas bocas, e ela assente seduzida por sua voz hipnotizante. - Então pede.

 — Mete fundo, Ben. - ela pede com a voz manhosa e ele mete cada vez mais fundo dentro dela, cada vez mais forte. - Está começando a me machucar…

Mas ele não a ouve. Mais uma vez foi tomado por seu ímpeto selvagem que o domina quando está com ela. Monica abre os olhos e começa a falar repetidas vezes, cada vez mais alto que ele a está machucando. Alucinado, ele não a escuta. De olhos fechados, não vê as lágrimas rolando pelas laterais do rosto dela.

 — Ben, para por favor! - ela diz em seu ouvido. - Por favor, Ben… por favor… para, por favor. - ela soluça e pede mais uma vez. - Ben, por favor, para…

Ele abre os olhos e a beija, se retirando de dentro dela devagar.

 — Quando você realmente se entregar, eu terei tudo, e não perderei mais o controle. - ele fala baixinho. - A vontade de que você seja minha por completo me domina e me enlouquece. Eu não tinha percebido isso. Talvez tenha sido um erro ter deixado você fazer aquele curso de aperfeiçoamento e começar a trabalhar. Não posso voltar o tempo, infelizmente.

 — Você vai me proibir…?

 — Não. - ele a interrompe. - O que está feito está feito. Não posso ficar me baseando em suposições do que poderia ter sido. E se eu proibi-la agora, pode surtir um efeito muito pior do que se eu nunca tivesse permitido.

 — Obrigada, Ben. - ela diz com alívio.

 — Não me agradeça, se entregue, Monica!

 — Eu ainda não sei o que você quer, Ben.

 — Por ora, eu só quero gozar. - ele fala posicionando seu pau em sua entrada.

 — Devagar, por favor. - ela sussurra, quase inaudivelmente.

 — Se eu for devagar, vai demorar muito mais…

 — Ben… - um soluço escapa de seus lábios.

 — Fique olhando para mim quando eu recomeçar. - ele a beija profunda e suavemente. - Olhe para mim agora, Monica. Se eu ver pânico nos seus olhos eu diminuo, está bem?

 — Está bem. - ela responde depois de respirar fundo.

Ben recomeça seus movimentos rápidos, mas não tão fundo a ponto de machucá-la. Ele goza mas sente a necessidade de continuar. Monica continua olhando para ele até que um orgasmo intenso domina a ambos e ele se sente satisfeito… por ora.

Ele a envolve em seus braços, aconchegando-se ao seu lado.

 — Ben, posso fazer algumas perguntas?

 — Faça. Mas não prometo que eu as responda. O que quer saber?

 — Por que vai viajar?

 — Negócios. Vou desfazer a Império Holding e ficar só com a joalheria.

 — Vai sozinho?

 — Dois dos meus gerentes vão comigo. Mais alguma coisa?

 — Já consegue explicar o que você quer de mim? Como quer que eu me entregue ou o que isso significa?

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