O palhaço circulava pelo salão do circo,
Fazendo piadas engraçadas,
Sua plateia não poderá conter o riso.
O palhaço segurava um balão em mãos
Estourando o mesmo,
Fez vários confetes e doces caírem ao chão,
Crianças correram para seus sapatos grandes,
Catando todos os doces do chão,
Com sorrisos exuberantes.
O palhaço continuava a sorrir,
Sua áurea brilhante e engraçada,
Sempre a se expandir,
De um modo que não se podia confundir.
Mesmo o fato de sua amada esposa,
Ter morrido à somente um dia atrás!
Seu sorriso nunca se desfaz!
Aliás aquilo não é de importância,
O importante é o sorriso na face das crianças,
Que esperam com ânsia,
Enquanto os adultos olham com ignorância.
O palhaço começou a chorar
Mas nada disso foi de importar
Então ele começou a cantar
Começou a cantar até seu corpo desabar.
Os adultos olharam com desprezo,
As crianças olharam em fúria,
Seus olhares totalmente grosseiros,
E a compaixão era totalmente nula.
E assim o palhaço percebeu
O quanto tinha sido azarado,
Por ter nascido com um coração,
Em seu peito fixado.
O palhaço se levantou envergonhado,
Limpou suas vestes e tentou sorrir,
Mas desta vez ele estava farto,
Pois não sabia como sua plateia divertir.
Então ele olhou para os lados,
E pensou em uma ideia,
Começou a tirar sarro de si mesmo,
Como uma sádica brincadeira.
A plateia sorriu novamente,
As crianças se animaram
Os adultos abriram um sorriso coerente
Meninos e meninas pulavam.
O palhaço alí agora estava,
E sempre alí esteve,
Animando sua plateia,
Com a felicidade, que nunca teve.
Tirava sarro de seu próprio sofrimento,
Enquanto apresentava seu show em tormento,
Sorrindo com sua própria desgraça,
Pois alí era onde o público podia achar a graça.
Ass – Mary.