Quem lhe disse que ti é odiável?
Como alguém ousa lhe caluniar com este horror?
Infelizmente cegos podem falar...
De um ser com tão incrível esplendor,
o louvor de tanta beleza sempre a dispor.
Como podes dizer ser sujo minha beldade?
Está cometendo pecado contra si mesmo?
Assim, com tanta facilidade?
Tua alma não é impura,
Teu ser não é imundo,
Teu coração é profundo,
Tão profundo, que qualquer um poderia cair sem querer,
Seduzidos por tuas palavras majestosas,
Ficando em um limbo eterno de puro prazer.
Você não é nojento, quem lhe disse tal calúnia?
Você convive com invejosos ao seu lado,
E isso me deixa em fúria,
Pois não quero que seu coração se destrua...
Por uma base de mentiras cruas.
Perdão, lindo Ser Celestial...
Não sou essa Deusa que você citou,
Sou apenas mais uma dentre muitas deste mundo podre,
Que querem dentre os seus maiores desejos
Seu precioso amor nobre...
Sou aquela que você disse ter um brilho único,
Isso não é possível...
Pois não chego nem a rasteira de teus calçados
Estou ciente que tenho um corpo fraco,
Ao ponto de não conseguir nem mesmo carregar meu próprio fardo.
Mas... Eu irei me ajoelhar à você,
Pegarei suas mãos, se eu puder fazer tal ousadia.
E irei implorar com todo meu ser,
Implorar com toda a minha alma,
até eu mesma morrer.
Mas se isso acontecer,
Bem eu irei partir,
Pois eu louvei à você até eu me desfazer.
Eu segurei as suas mãos sagradas,
Até a última essência da minha alma se esvair.
Pelo menos, assim eu não irei sangrar,
E não irei te sujar,
Com o meu sangue impuro que irá jorrar.
Ass – Mary.