Um Dia de trabalho
Num dia em que o sol estava escaldante, vemos um ônibus passar por uma estrada asfaltada, deixando um rastro de poeira. De repente, o ônibus para, e dele sai um grupo de operários. Enquanto se afastam do veículo, avistamos uma criatura gigantesca com escamas duras como pedra e um cheiro terrível aproximando-se dos trabalhadores. Um jovem, equipado com uma máquina semelhante a uma motosserra, avança para cortar a pele do monstro.
Exaustos, o jovem e seus colegas descansam sob uma árvore, conversando:
**Operário 1:** *— Um dia quente como esse, e ainda nos mandam dissecar um monstro desse tamanho...*
**Operário 2:** *— Realmente acho que querem nos matar. O que você acha, garoto?*
**Jorge:** *— Já tivemos dias piores. Vou lá terminar o trabalho.*
**Operário 1:** *— Cuidado para não morrer de trabalhar, garoto.*
Jorge se aproxima da criatura morta enquanto os outros se afastam. Com um pano, ele recolhe partes do monstro, amarrando-as com barbante e escondendo a sacola improvisada sob sua blusa — onde se vê o logo da empresa *"Recolha e Reconstrução"* (R&R).
No entardecer, caminhões carregam os restos do monstro cortados pelos operários. O ônibus segue para uma região pobre, com casas precárias e mal construídas. Ao entrar na garagem da empresa, outros ônibus estacionados revelam a escala da operação. Jorge desce e dirige-se a um alojamento de quartos individuais, onde um grupo debate:
**Pessoa 1:** *— O aluguel vai aumentar de novo!*
**Pessoa 2:** *— O quê? Querem nos deixar sem nada?*
**Pessoa 3:** *— É mais fácil cortarem nosso salário logo.*
A empresa que os contrata (*R&R*) também cobra o aluguel, descontando-o diretamente do pagamento — sobrando apenas para comida ou remédios. Jorge ouve a conversa e segue para seu quarto: um cômodo sem janelas, com uma mesa de café, uma cama velha, uma TV, um forno micro-ondas e um banheiro sem porta (vaso sem tampa, chuveiro sem água quente).
Lá, ele despeja o conteúdo da sacola: ossos, carne e pele do monstro.
**Jorge (pensando):** *— Vamos ver o que consigo com esses materiais.*
Ele sai e dirige-se à feira local, onde monta uma barraca com caixotes velhos e um cartaz: *"Especiarias de Monstros Autênticas"*. A tarde passa com vendas lentas, mas, ao anoitecer, uma figura encapuzada surge:
**Encapuzado:** *— O senhor aceitaria uma troca?*
**Jorge:** *— Depende do que você quer... e do que tem.*
**Encapuzado:** *— Tenho este livro.* (Estende um volume com capa marrom-avermelhada.)
De repente, uma **sirene** ecoa no ar A sirene ecoa no ar, cortando o silêncio da feira como uma faca. Os vendedores se agitam, recolhendo apressadamente seus produtos ilícitos. Jorge estica o braço para pegar o livro, mas o encapuzado recua, os olhos brilhando sob o capuz.
— É a fiscalização da R&R! — alguém grita.
O mercado se transforma em caos. Caixotes tombam, pessoas correm em todas as direções. Jorge agarra sua sacola de partes de monstro e se agacha atrás de uma barricada improvisada. Suas mãos tremem enquanto tenta esconder o material ilegal sob um pedaço de lona.
A sirene se aproxima, acompanhada pelo ronco de motores a diesel. Dois caminhões da R&R entram na praça, com homens armados com tasers pulando da carroceria.
— Inspeção de rotina! — anuncia um deles, o emblema da empresa cintilando no peito. — !
(tô fazendo uma revisão aqui para organizar os capítulos caso vocês virem algo errado só avisar)