Meu Marido Tirano [+18]

Meu Marido Tirano [+18]

Autor(a):Sebby on ice

Capítulo 1

– Barão Phillipe Lawillee... Você deve imaginar que pedi a presença do senhor, da senhora e da senhorita com único intuito. - O rei dizia com tranquilidade segurando a xícara pela alça com toda calma, segurava o pires na outra mão cruzando as pernas de forma elegante.

– Receio que vossa majestade tenha ouvido os boatos de que nossa Selene é a mulher mais bela entre os continentes. - Disse o barão receoso.

– Sim, exatamente esse o caso. A dama tão bela que os olhos lembram uma tempestade no oceano, os cabelos são como fios de platina e a voz como o soar dos anjos. Não houve um único homem que não tenha pedido a mão dela desde a maturidade no reino gelado do Norte. - Apoiava a xícara no pires. - Devo dizer que a vendo pessoalmente devo concorda que os boatos não exageraram.

– Obrigada, vossa majestade. - A moça se inclinou de forma respeitosa segurando o vestido.

– Por qual razão a dama não aceitou se casar ainda? - Perguntou o rei intrigado.

– Eu estava em busca de um amor verdadeiro, majestade. - Apertou os dedos no vestido.

– Nenhum homem foi capaz de conquistar vosso coração? - Apoiou a xícara na mesinha diante de si.

– Sim... Todos eram vazios demais. - Suspirou em tristeza.

– Eu tenho uma proposta... Como sabem eu não tive filhas. Meu único filho já está jurado para a filha do rei do oriente. Nossos maiores inimigos são da ocidente atualmente. - Se levantou. - Ocidente nos invadiu e dizimou nosso povo por dezenas de vezes no passado. O rei está beirando a morte agora e para nossa sorte ou azar o filho dele, arquiduque de Veilmont é um homem centenas de vezes mais cruel, porém solteiro. O rei do Ocidente nos enviou uma extensa carta pedindo para que juntassemos nossos reinos em um. Contanto que uma esposa fosse providenciada para o arquiduque. - Rei passou caminhando pela moça olhando cada mínimo detalhe de sua pele, olhos e cabelos longos que batiam abaixo do quadril. - Mas parece que nenhuma mulher gera interesse no arquiduque, ele gosta de bebidas, negócios, música e luta, mas nada de mulheres. O rei do Ocidente está desesperado para que o filho tenha herdeiros. Mas todas as esposas que ele manda para ele são mandadas de volta sem nem se quer ver o arquiduque. Pensamos então que tamanha beleza seja algo pelo qual o arquiduque será incapaz de recusar.

– Entendo, mas senhor nossa... - Antes que Phillipe terminasse Selene o interrompeu.

– O que nossa família ganharia? - A jovem dizia com as mãos para trás.

– Além de ter a futura arquiduquesa do Ocidente e futura princesa do norte? Eu os darei o título de conde e condessa. - Disse o rei com sorriso de canto.

– Nossas terras estão afundando em pobreza o povo morre de fome, como poderiam cuidar de ainda mais terras? - Disse olhando o rei nos olhos.

– Eu cuidarei disso se a dama desejar. Mas também colocarei minhas regras para que tudo seja concretizado. Você jamais deve voltar ao Norte sem ser oficialmente arquiduquesa. Seu marido não deve lhe devolver de forma alguma e precisa consumar o casamento com ele. Pela índole dele jamais voltaria atrás depois de desonrar uma dama. Então precisará consumar o casamento. - Cruzou os braços olhando para a mulher de longos fios platinados.

– Só preciso consumar o casamento e então serei oficialmente arquiduquesa do Ocidente e princesa do norte? Como saberão que houve a consumação do casamento? - Apoiou a mão no queixo.

– No reino do ocidente eles expõem para fora do castelo do ducado os lençóis da primeira noite, para que todos saibam que o herdeiro está a caminho. - O rei dizia gesticulando. - Os boatos vão circular todo o reino e logo chegarão até mim quando isso acontecer.

– Tudo bem. Por um título oficial, pelos meus pais, nosso povo e pela paz entre os reinos. Eu, Selene Lawillee aceito o casamento arranjado com o arquiduque do ocidente. - Se Inclinou apoiando a mão no oeito.

– Excelente, faça suas malas! A carruagem sai ao amanhecer. - O rei dizia animado. - Teremos um casamento!

✧(>o<)ノ✧

Selene caminhava com ambas as mãos diante do corpo até a carruagem.

– Você não precisa se casar se não quiser, nós daremos um jeito. Nem que eu venda meu título. - Phillipe dizia repleto de tristeza ao acompanhar a filha.

– Eu estou bem com o casamento. Eu já notei a um certo tempo que amor é algo de histórias apaixonadas escritas por pessoas que vivem de sonhos e ilusões. Eu devo honrar o que acredito então. Acredito que o senhor será um conde e se caso o rei não cumprir sua palavra serei arquiduquesa e ajudarei nossas terras. - Sorriu juntando as palmas das mãos. - Serei a princesa dos dois maiores reinos, sinto que como mulher esse é o único jeito que serei ouvida. Estou ansiosa por toda grandeza que me espera. Não se preocupe comigo. - Segurava na mão do pai subindo na carruagem. - Quando eu for arquiduquesa quero que venham me visitar.

– Claro que iremos. - Lúcia Lawillee se pronunciou pela primeira vez apoiando as mãos na carruagem. - Me escreva, se houver problemas fuja até nós.

– Pode deixar mamãe, se cuidem. - Abanou o lenço delicado pela janela da carruagem.

– Tchau nossa menina. - Ambos se abraçavam acenando, enquanto a carruagem saía.

Selene se ajeitou no banco da carruagem só então percebendo a presença da mulher de cabelos castanhos ali. - Céus! - Se assustou apoiando a mão no tórax.

– Lady Lawillee, sou a conselheira real do rei do Ocidente. Vim para lhe guiar até o ducado. Também para lhe explicar como as coisas funcionam no reino ao qual pertencerá e suas futuras obrigações. - A mulher de roupas negras dizia com expressão seria. - Sou Delanay.

– Prazer em conhecê-la. - Se inclinou de forma respeitosa.

– De agora em diante não deve se inclinar perante a ninguém que não seja o rei. Arquiduquesa é o equivalente a princesa do reino. Ninguém está acima de vossa graça. - Disse cruzando as pernas. - Vossa graça já parece fina e extremamente elegante, então vamos pular para suas obrigações como arquiduquesa. Como arquiduquesa você deve se juntar com o arquiduque para fazer a contabilidade do ducado. Reuniões, casamentos, tratados de paz, deve saber sobre os aliados e o básico do castelo e abastecimento...

– Delanay e o Arquiduque? Como ele é? - Interrompeu para clarear sua curiosidade.

– Entendo sua curiosidade. A personalidade do Arquiduque é difícil. Ele é um homem cabeça dura. Com todo respeito. - Inclinou a cabeça. - Ele é um guerreiro feroz e não só no campo de batalha. No cotidiano por mais inteligente que ele seja, ainda tem a paciência extremamente limitada. É ranzinza e muito duro com os soldados. Por essa razão o ducado dele é impecável.

– Oh céus. Ele devolveu muitas esposas? - Perguntou curiosa.

– Sim, cerca de dez esposas voltaram para as terras de nascimento. Algumas ele nem as olhou antes de mandar de volta. - A conselheira deixava sua exaustão totalmente visível.

– Entendo. - Apoiava as mãos no vestido. - Eu não serei devolvida. Tenho certeza!

– Esperamos mesmo que ele se encante com tamanha beleza vossa graça. Já que é nossa última esperança. - Disse com olhar repleto de esperanças.

– Até hoje nenhum homem me recusou. - Apoiou as mãos nas coxas.

(゚ο゚人))

– Vossa graça prometeu... - O assistente e mordomo andava desesperado atrás do homem.

– Prometi não mandar ela embora na primeira frase. Não prometi me casar e servir como marido. - Abanou a mão por cima do ombro caminhando.

– Arquiduque Veilmont, por favor. Tenha piedade desse mordomo. - O homem juntava as mãos diante do corpo. - Vá ao seu próprio casamento.

– Não. Mande o procurador. - Apoiava as mãos na nuca.

– Como explicarei ao rei sua ausência em seu próprio casamento? - Andava atrás do patrão desesperado.

– O rei estará lá? - Parou erguendo uma das sobrancelhas.

– Sim! - Mordomo disse animado.

– Hm. - Apoiou a mão na nuca.

– Graças aos céus ele está repensando sobre isso. - Agradeceu aos céus. - Não vai se arrepender, dizem que sua esposa será a mulher mais bela entre os continentes. Olha que sorte a de vossa graça.

– Ela pode se parecer como o sol de tão bela que eu não me importo. - Abanou a mão e voltou a andar. - Mais uma que se vende, não gosto de mulheres assim.

– Mas vossa graça é amante de uma ex concubina. - Disse erguendo as sobrancelhas surpreso.

– Se repetir essa frase outra vez, te puxarei com meu cavalo por centenas de quilômetros pela... Língua. - Os olhos dele brilhavam em um brilho assassino.

(‘◉⌓◉’)

Selene caminhava de uma lado para o outro impaciente. Estava prestes a entrar no altar e seus pais não haviam nem autorização para pisar naquele continente, enquanto tudo não fosse oficializado.

– Futura vossa graça, tudo está pronto. - Delanay se inclinou.

– Sim... - Segurou o imenso vestido rodado de ombros caídos. Várias damas seguravam o véu, enquanto ela caminhava repleta de elegância.

Com o início da música ela pode ver o altar e nele estava um homem velho na casa dos 60 anos, com uma barba grisalha e os cabelos penteados para trás. Tinha um bigode denso e expressão de insatisfação. Ao lado no altar estava o rei, ela reconhecia pelas pinturas. Cabelos negros e olheiras, uma expressão de cansaço e desespero.

Apertou os dedos no buquê ao o receber e caminhou sozinha até o altar. Era terrível, ela imaginou que no máximo o arquiduque teria uns 40 anos. Mas era óbvio que só um homem de idade seria capaz de herdar um ducado e o título de arquiduque mesmo sendo filho do rei.

Parou diante dele, se inclinou para ele e o rei.

A cerimônia aconteceu e pode ver o quão constrangido o homem ao seu lado estava no altar. Ela sorria timidamente, no fundo não parecia um monstro cruel como diziam os boatos. Seria fácil conviver com aquele homem.

Depois da assinatura dos papéis, Selene levantou o véu com intuito de ser beijada, mas em troca o homem se inclinou de forma extremamente respeitosa.

– Meu trabalho está feito. - Entregou a aliança na palma da mão da moça e saiu apressado do altar.

A de cabelos brancos ergueu as sobrancelhas encaixando a aliança no próprio dedo. Definitivamente aquilo foi extremamente rude, será que sua beleza o amedrontou? Nenhum homem havia agido dessa forma.

– Peço perdão pela situação arquiduquesa. - O rei a olhava com ternura estendendo o braço para a ajudar a descer do altar.

– Fiz algo de incorreto majestade? Eu desrespeitei alguma tradição? - Olhou questionadora apoiando a mão sobre o braço dele.

– Não. Foi perfeita, sua beleza, sua elegância e cada mínimo gesto impecável. Meu filho sempre foi assim, odeia obrigações. Mas isso fugiu do esperado. Jamais imaginei que Castiel fosse mandar um procurador se casar no lugar dele. - Suspirou em tristeza.

– Oh! Era um procurador. Achei por um segundo que fosse o arquiduque. - Apoiou a outra mão no tórax. - Ele autorizou um procurador a se casar comigo para representar ele? Que rude.

– Peço perdão no lugar dele. Mas ainda espero que seja você a se aproximar dele. Só um herdeiro me bastará. Não me importa o gênero. - Caminhavam até a carruagem.

– Farei o melhor que conseguir majestade. - Forçou um sorriso e entrou na carruagem. - Obrigada por me acompanhar, fico grata. Espero que eu possa esperar do arquiduque um terço da gentileza de vossa majestade.

O rei deu um sorriso constrangido.

Após acenar, viu a carruagem sair. - Arquiduque já quer que eu desista antes de começar. Vai precisar de muito mais se quer que eu desista. - Retirou o véu.

⋋✿ ⁰ o ⁰ ✿⋌

Desde a chegada de Selene ao ducado, ela estava tendo pesadelos terríveis onde um homem idoso extremamente pervertido a atacava pelas noites. Por essa razão, ela despertava desesperada todas as noites.

Ela não havia pensado na hipótese do arquiduque ser um velho pervertido e que dizia que as mulheres foram mandadas embora, quando na verdade fugiram dele. Podia ser a cabeça fértil de uma mulher jovem e que lê muitos livros. A ideia de um pervertido a desejar era repulsiva para ela, que era uma romântica.

Então o plano era claro, enquanto o arquiduque não viesse ver ela, ela não iria atrás dele, viveria pacificamente e levaria uma vida de luxos e poder. Se o pior acontecesse e ela se recusasse a dormir com ele, voltaria para casa e pediriam ao pai para que mudassem de país.

Com tudo milimetricamente planejado em sua cabeça, a nova arquiduquesa se sentia livre para jogar, comer, dormir e caminhar. Como o casamento não havia sido consumado até então, não havia nenhuma obrigação como herdeira para ser cumprida. Estava aproveitando a vida boa.

– Ocidente é um lugar extremamente quente. - Estava sentada diante da janela.

Usava um espartilho tão apertado que sua cintura parecia uma ampulheta. Os cabelos estavam presos em um coque, como era regra das mulheres casadas, o vestido era verde musgo que ela havia trago consigo do norte. Última moda LÁ, já que era o que a rainha Catarina, a grande usava.

As quatro damas ficaram observando em silêncio.

– Podem falar... - Olhou para as jovens garotas.

– Se vossa graça me permite perguntar... Por que não foi conhecer vosso marido ainda? - Uma das damas de cabelos ruivos e olhos azuis perguntou.

– Hm. Por que ele não veio até mim? - Ergueu uma das sobrancelhas. - Nós dois estamos na mesma situação. Acho plausível que nos evitemos mutuamente.

As damas continuaram em silêncio, mas a expressão de perplexidade foi clara nos quatro rostos.

– Eu gostaria de uma bebida refrescante. - Olhou para ela apoiando as mãos suavemente nas coxas.

As quatro se abaixaram, mas somente duas saíram.

– Podem se retirar, eu gostaria de um tempo a sós para refletir. - Continuou olhando para as duas.

Imediatamente as duas damas se retiraram.

Selene deitou a cabeça para trás suspirando. Se sentia tensa, mesmo que agora estivesse mais calma com relação a isso, arquiduque claramente tinha zero interesse por ela, o que era reconfortante... Porém isso indicava também que ela teria que ir embora, ou que seria expulsa em breve.

As damas trouxeram um suco de cereja com alguns biscoitinhos e saíram em seguida.

A cor vermelha imediatamente chamou a atenção dela, que se sentou diante da mesa para beber. O gosto doce e delicado combinava perfeitamente com os biscoitos. Era prazeroso comer, sentimento que ela nunca sentiu em sua terra natal.

Apoiou a mão nos lábios sorrindo. - Divino!

Se levantou animada com o copo e saiu pela porta, caminhou em busca da cozinha e só então lembrou que nem um tour pela mansão fizeram com ela. Como se todos só esperassem que ela fosse embora. Então seria difícil chegar até a cozinha.

Caminhava confusa, quando ouviu algumas empregadas fofocando.

– Ela é nortenha! Um povo bárbaro e ignorante. Me surpreende que ela seja tão refinada. Dizem que ela era a flor da sociedade deles... Imagine só com aquele vestido... Essa não tem nem chance de ser a arquiduquesa. - Dizia uma delas.

– Cale a boca. Temos que implorar para que ela seja nossa arquiduquesa... Ela é belíssima, gentil, nos trata melhor do que todas as outras noivas do arquiduque. Vamos rezar aos céus para que ela seja nossa senhora. - Disse a outra.

Selene olhou rapidamente para ver quem havia falado bem dela e era aquela empregada ruiva de olhos azuis de mais cedo. Ela se lembraria disso.

Demorou, mas ela encontrou a cozinha.

– Vossa graça poderia ter nos chamado! - Outra dama veio correndo.

– Não, eu realmente quis vir. Quem fez essa bebida? - Perguntou curiosa.

– Fui eu. - Cozinheiro imediatamente abaixou a cabeça.

– Em todos meus 24 anos de vida, essa foi a melhor bebida que já bebi. Eu agradeço por me mostrar! Receio que será meu refresco favorito eternamente. Pode me dizer os ingredientes? - Entregava o copo com um imenso sorriso.

– Oh! Cereja, açúcar, água gelada, um pouco de gelo triturado e algumas gotinhas de limão. - Dizia segurando o avental, parecia empolgado.

– Essa receita é típica daqui ou você a inventou? - Olhava curiosa. - Eu aceitaria mais um pouco.

Imediatamente serviram um copo novo com o refresco para ela.

– Fui eu quem inventei. - Assentiu.

– Entendo, o cozinheiro do arquiduque tem que ser incrível. Eu adorei! Estarei ansiosa pelas próximas receitas do nosso chefe. - Sorria unindo as mãos.

– Agradeço imensamente a arquiduquesa. - Se inclinou respeitosamente.

– Pode se erguer, eu que agradeço. - Abanou a mão e saiu da cozinha, andando pelo corredor.

Por mais que houvesse fofoca, as pessoas ali sabiam retribuir gentileza, ÀS VEZES, já era um bom sinal.

♡⁠(⁠Ӧ⁠v⁠Ӧ⁠。⁠)

– Vossa graça, pelo menos olhe para a garota que o rei trouxe até você. - Mordomo dizia andando atrás do arquiduque.

– Não. Na verdade... Diga a ela que as mulheres do ducado de Veilmont são obrigadas a saber cavalgar e lutar com espadas. - Disse com tranquilidade caminhando.

– Senhor, ela é uma dama muito fina jamais fará essas coisas. - Olhou para o mestre.

– Que pena. Mande de volta para o norte então. Não tenho tempo a perder. - Retirava o sobretudo bordado com fios de ouro no tecido preto, jogando na poltrona do escritório.

– Vossa graça, uma mulher cavalgando? O vestido não permitiria que ela montasse. Poderia cair e até se ferir gravemente. - Tentava explicar para o herdeiro do trono.

– Que ela use calças então. - Se sentou em sua poltrona diante da mesa.

– Uma mulher vestindo calças? Arquiduque seja razoável. Isso causaria desonra ao ducado... - Mordomo dizia suspirando.

– Quem dita o que é ou não é desonra? Se isso é desonroso, faça um pronunciamento dizendo que todas as mulheres nobres do ducado de Veilmont devem saber montar a partir de hoje. Satisfeito? - Disse olhando para o mordomo.

– Pelos céus. Farei como vossa graça deseja. - Soltou um intenso suspiro se retirando.

Depois de providenciar o pronunciamento, o mordomo foi obrigado a se dirigir até a arquiduquesa para a informar. Já esperava um escândalo, já esperava que ela pegasse suas malas e imediatamente fosse embora pelo desrespeito do arquiduque.

Bateu cuidadosamente na porta.

Sentiu um leve alívio ao se lembrar que o arquiduque não comentou mais nada sobre luta com espadas, por isso não enviou no pronunciamento e nem diria a arquiduquesa, ainda havia esperança.

– Entre. - A bela mulher disse com tranquilidade.

– Boa noite, vossa graça. - Se inclinou diante da mulher. - Trago comigo algo que me foi comunicado pelo arquiduque.

Selene engoliu seco a saliva, apoiando a mão no tórax, era a primeira vez que o arquiduque mandava qualquer coisa que fosse. Se fosse um pedido para ir à noite no quarto dela? Gelou por um segundo.

– Pode dizer... - Olhou para o mordomo.

– A partir de hoje se vossa graça desejar ser arquiduquesa, terá que aprender a... Cavalgar. - Disse receoso.

– Cavalgar? - Ergueu as sobrancelhas perplexa.