Um Amor Tão Puro
UMA CANÇÃO TÃO PURA
Ana e Barretos estavam sentados no telhado de uma casa abandonada, observando o sol se pôr no horizonte. Barretos segurava seu ukulele, um presente de sua avó, e começou a tocar as primeiras notas
Barretos
(Tocando o ukulele) O que há dentro do meu coração, eu tenho guardado pra te dar…
Ana
E todas as horas que o tempo tem pra me conceder, são tuas até morrer…
Barretos
…E a tua história, eu não sei
Mas me diga só o que for bom
Ana
Um amor tão puro que ainda nem sabe A força que tem
É teu e de mais ninguém
Barretos
...Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo Te amar sem limites Viver uma grande história
Ana
...Te adoro em tudo, tudo, tudo Quero mais que tudo, tudo, tudo Te amar sem limites Viver uma grande história
Ana
Aqui ou noutro lugar
Que pode ser feio ou bonito
Se nós estivermos juntos
Haverá um céu azul
Barretos
...Um amor puro
Não sabe a força que tem
Meu amor, eu juro
Ser teu e de mais ninguém
Um amor puro
Barretos
… Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites
Viver uma grande história
Barretos
Te amar sem limites
Viver uma grande história
Ana
… Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo
Te amar sem limites
Viver uma grande história
Ana
(Sorrindo) Essa música sempre me faz sentir tão feliz.
Barretos
(Olhando para Ana) Eu também. Parece que foi feita para nós, não é?
Ana
(Com um brilho nos olhos) E eu sempre quis cantar essa música com alguém que entendesse o que ela significa para mim
Barretos
(tocando uma melodia suave) Eu também sempre quis tocar essa música para alguém especial.
Barretos
(Barretos parou de tocar por um momento e olhou profundamente nos olhos de Ana.)
Ana
(Ana sentiu seu coração acelerar. Ela sabia que aquele momento era especial, algo que ela guardaria para sempre.)
Ana
(Sorrindo) Eu também te amo, Barretos.
Eles se aproximaram lentamente e deram um selinho, um beijo puro e inocente de infância. O sol se pôs, mas a luz do amor puro que compartilhavam continuou a brilhar intensamente.
Depois do selinho, Ana e Barretos ficaram em silêncio por um momento, ambos sorrindo timidamente.
O sol já havia se posto, mas a magia daquele momento ainda pairava no ar.
Barretos
(olhando para Ana) Então, a gente se encontra no nosso lugar de sempre amanhã?
Ana
(Sorrindo) E claro seu bobinho
Eles desceram do telhado da casa abandonada e se despediram com um abraço apertado. Cada um voltou para sua casa, mas com a certeza de que o amor puro que compartilhavam era mais forte do que qualquer rivalidade.
Naquela noite, Ana escreveu no diário que Barretos havia lhe dado, registrando cada detalhe do dia especial que tiveram. Ela sabia que aquele era apenas o começo de uma linda história de amor.
REVELAÇÃO DOLOROSA
Na manhã seguinte, Barretos foi para a escola com a intenção de ver Ana novamente. Chegando lá, ele não a encontrou na entrada como de costume.
Preocupado, entrou na sala de aula de cabeça baixa, tentando entender o que poderia ter acontecido.
Enquanto isso, na casa de Ana, sua mãe, Dona Marta, havia encontrado o diário nos braços da filha adormecida. Curiosa, ela começou a ler e ficou abismada com o que descobriu.
Ao amanhecer, Ana desceu toda arrumada para tomar café e ir à escola, mas encontrou seus pais, Marta e João, a encarando com expressões severas.
Marta
(segurando o diário) Ana, o que é isso?
Ana
(assustada) Mãe, eu posso explicar…
João
(interrompendo) Não queremos ouvir desculpas, Ana. Você sabe muito bem que não pode se envolver com aquele garoto. As nossas famílias são rivais!
Ana
(com lágrimas nos olhos) Mas pai, Barretos é diferente. Ele me entende…
Marta
(firmemente) Não importa. Você está proibida de ir à escola e de sair de casa. E, principalmente, de ver esse menino novamente.
Ana sentiu seu mundo desmoronar. Ela sabia que o amor que sentia por Barretos era verdadeiro, mas agora estava presa entre o amor de sua vida e a vontade de seus pais. Desesperada, ela correu para o seu quarto, lágrimas escorrendo pelo rosto.
João
Espero que ela tenha aprendido a lição
Marta
Eu avisei que devíamos a interna num colégio integral
Ana
(chorando) Isso não pode estar acontecendo
Ela tentou procurar seu telefone para mandar uma mensagem para Barretos, mas não o encontrou. Seus pais haviam confiscado o aparelho, deixando-a completamente isolada.
Ana
(desesperada) Como vou falar com ele agora?
Sentindo-se impotente, Ana se jogou na cama, abraçando o travesseiro enquanto chorava. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de se comunicar com Barretos, mas, por enquanto, tudo o que podia fazer era esperar e torcer para que ele entendesse o que estava acontecendo.
João
Eu já falei com a corretora
João
Daqui a dois dias iremos embora
Marta
Mas e as nossas empresas, querido?
João
Eu vou ficar vindo todos fins de semanas e trabalhando em home office
João
Já está tudo resolvido, meu amor
Marta
Ainda bem só de pensar na Ana com aquele muleque me dá calafrios
BRIGA BESTA
Barretos, desce desanimado para jantar. Sua mãe, Heloísa, notou a tristeza no rosto do filho.
Heloísa
(Preocupada) Por que a tristeza, meu pequeno?
Barretos
(com raiva) Por que essa briga besta contra os Silvas e os Mellos? Por que a gente tem que ser inimigo deles?
Heloísa e seu pai, Carlos, se entreolharam, surpresos com a explosão de Barretos.
Carlos
(tentando acalmar) Filho, essas rivalidades são antigas. Não é tão simples assim…
Barretos
(interrompendo) Mas não faz sentido! Eu gosto da Ana, e ela gosta de mim. Por que isso tem que ser um problema?
Heloísa suspirou, percebendo que a situação era mais complicada do que imaginava.
Heloísa
Barretos, como você pôde fazer isso? Apaixonado pela filha do nosso maior rival?
Barretos
(Com raiva) Pai, mãe, eu amo a Ana. E não vou deixar essa rivalidade destruir o que sentimos um pelo outro.
Carlos
(batendo na mesa) Isso é inaceitável! Você está traindo sua própria família, Barretos!
Heloísa
(Com lágrimas nos olhos) Você não entende o que está fazendo, filho. Essas brigas são antigas e profundas. Não é só sobre nós, é sobre nossa honra e nosso nome.
Barretos
Eu entendo muito bem, mãe. Mas eu não quero viver preso a um passado de ódio. Eu quero construir um futuro diferente, com a Ana.
Carlos
Você está sendo ingênuo, Barretos. Essa garota nunca será aceita em nossa família, e você está colocando todos nós em risco.
Barretos
(saindo da mesa, com o rosto sombrio) Eu não vou comer nada. Boa noite.
Carlos
Barretos, volte aqui!
Heloísa
Deixe-o, Carlos. Ele precisa de um tempo para pensar.
Barretos foi para o seu quarto, mas não conseguiu dormir. A raiva e a tristeza o consumiam. Ele sabia que precisava ver Ana, precisava sentir que não estava sozinho nessa luta.
Ao amanhecer de sábado, Barretos decidiu ir até o telhado da casa abandonada onde costumava se encontrar com Ana.
Barretos
(subindo no telhado, olhando ao redor) Ana, você está aí?
Mas Ana não estava lá. O telhado estava vazio, e a ausência dela fez o coração de Barretos doer ainda mais. Ele se sentou no telhado, olhando para o horizonte, tentando encontrar alguma esperança.
Barretos
(Sussurrando para si mesmo) Onde você está, Ana? Eu preciso de você…
Enquanto isso, Ana estava em seu quarto, pensando em Barretos. Ela queria vê-lo, mas sabia que seria arriscado. Ela decidiu escrever uma carta para ele, explicando seus sentimentos e prometendo que encontrariam uma maneira de ficarem juntos.
Ana
(Escrevendo a carta) Querido Barretos, sinto muito por não estar lá hoje. Mas saiba que meu amor por você é mais forte do que qualquer rivalidade. Vamos encontrar uma maneira de superar isso, juntos. Com amor, Sua Ana.
Marta
(entrando no quarto e vendo Ana escrevendo a carta) O que você está fazendo, Ana?
Marta
(Pegando a carta e rasgando-a) Não, Ana. Você não pode continuar com isso. Arrume suas coisas, minha querida, e coloque na caixa lá na sala. Iremos nos mudar amanhã pela tarde.
Ana
(com lágrimas nos olhos) Mãe, por favor, não faça isso…
Marta
(com um tom firme, mas carinhoso) É para o seu próprio bem, Ana. Agora, vá arrumar suas coisas
Ana, com o coração partido, começou a arrumar suas coisas. Ela sabia que a mudança significaria deixar Barretos para trás, mas não conseguia pensar em uma maneira de convencer sua mãe do contrário. Enquanto colocava seus pertences na caixa, ela se perguntava se algum dia conseguiria ver Barretos novamente.
Ana
(sussurrando para si mesma) Barretos, eu prometo que encontraremos uma maneira…
Carlos
Filho? Onde você estava
Barretos
Por aí agora licença vou dormir
Heloísa
Não quero nem jantar antes?
Barretos
Não, eu já comi na rua
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