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Explicação Detalhada das Habilidades de Descrição — Descrição de Ambiente

1. Ative a Percepção (3)

Estudantes 11

1.3 A partir da orientação perceptiva, a descrição pode ser dividida em descrição objetiva de percepção e descrição subjetiva de experiência.

A descrição objetiva de percepção é um tipo de descrição externa que destaca a percepção do ambiente, enquanto a descrição subjetiva de experiência se concentra na percepção do personagem. Dessa forma, o autor pode conduzir os leitores a ler o ambiente do romance através da percepção objetiva e da experiência subjetiva, seja de fora para dentro ou de dentro para fora.

1.3.1 De Fora para Dentro

O autor começa com a descrição externa e depois muda para a descrição interna, com o objetivo de guiar os leitores a passar da percepção objetiva do ambiente para a experiência subjetiva dos personagens na cena do romance. Por exemplo, no início do romance "The Gadfly", é descrito:


"Arthur estava sentado na biblioteca do Seminário de Pisa, examinando um grande maço de sermões. Era uma noite quente de junho, e todas as janelas estavam abertas apenas o suficiente para mantê-las em sombra. O padre Montanelli, o reitor do seminário, parou de escrever por um momento e deu um olhar afetuoso para a cabeça coberta de cabelo preto inclinada sobre os sermões. 


— Você não consegue encontrar, meu caro? Não se preocupe, vou reescrever essa parte. Talvez eu já tenha rasgado, fiz você passar tanto tempo em vão.


 A voz de Montanelli era suave, redonda e clara como prata, com um tom puríssimo que conferia um charme especial às suas palavras. Era uma voz de um orador nato, rica em inflexões e ritmo. Quando ele conversava com Arthur, havia sempre um tom afetuoso presente em sua fala."


O autor começa com a descrição objetiva do narrador onisciente sobre a biblioteca, onde Arthur está sentado no Seminário de Pisa, examinando um grande maço de sermões e todas as janelas estão abertas. O padre Montanelli interrompe sua escrita e olha afetuosamente para a cabeça de Arthur inclinada sobre os sermões. Após a fala de Montanelli para Arthur, a narrativa muda para a descrição interna da percepção do tom da voz do padre e do tom afetuoso presente em sua fala. É importante notar que, ao usar a descrição de fora para dentro no início do romance, o autor não apenas conduz os leitores da percepção externa do ambiente para a percepção interna das emoções do personagem, mas também os faz experimentar uma transformação sensorial da percepção visual para a percepção auditiva, como o olhar afetuoso de Montanelli para Arthur e o tom afetuoso de sua fala durante a conversa.

1.3.2 De Dentro para Fora

O autor muda da descrição interna para a descrição externa, permitindo que os leitores percebam o ambiente do romance a partir da experiência subjetiva do personagem. Por exemplo, no romance "The Gadfly", quando Arthur volta para a casa onde seu meio-irmão e cunhada moram, o autor descreve o ambiente interno que Arthur vê ao entrar em casa. Na tarde de quinta-feira da Semana Santa, Arthur deixa o seminário e volta para casa para as férias. Ao entrar na casa, o romance diz:


"Arthur entrou com um peso suprimido em seu coração.


Que casa sombria e terrível! A vida passava por ali como a maré, mas nunca chegava a tocar as paredes da casa. Nada havia mudado na casa, nem as pessoas que moravam ali, nem os retratos da família, os móveis pesados e jarras vulgares, as decorações ostentosas e tudo com uma atmosfera fria. Até mesmo as flores numa jarra de latão pareciam flores artificiais pintadas, sem o entusiasmo da juventude nem a emoção da primavera. Giulia, já vestida para o jantar, estava esperando os convidados na sala que era o centro da sua vida. Ela tinha um sorriso rígido no rosto, o cabelo em um coque de linho castanho-claro, e um cão pequeno estava aninhado em seu joelho, parecendo saído de uma ilustração de moda.


— Olá, Arthur?— ela disse de forma mecânica, apertando a mão do jovem e em seguida acariciando a pelagem brilhante do cão, como se assim se sentisse mais confortável. — Espero que você esteja bem e progredindo na escola."


Arthur estava vivendo na casa de seu meio-irmão e cunhada. Pouco tempo após o início da história, Arthur reclama com Montanelli que não quer mais ficar naquela "casa miserável" desde a morte de sua mãe, e que "Giulia está me enlouquecendo". Portanto, é com um sentimento de opressão e tristeza que Arthur retorna para casa, e o autor descreve sua experiência subjetiva do ambiente interno ao descrever a mobília pesada e jarras vulgares, as decorações ostentosas, etc. As flores em um jarro de latão parecem flores artificiais pintadas, sem o entusiasmo jovem mesmo em uma primavera acolhedora. Giulia, já vestida para o jantar, espera os convidados na sala, com um sorriso rígido no rosto, cabelo preso em um coque de linho castanho-claro, e um cachorro sentado em seu joelho, parecendo uma figura de moda. Portanto, é possível perceber que o autor usa a descrição de dentro para fora, narrando inicialmente as impressões subjetivas de Arthur ao voltar para casa e, em seguida, a descrição objetiva da saudação de Giulia a Arthur.

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